quinta-feira, 21 de julho de 2011

O QUE FAZER PARA NÃO REPETIR OS ERROS DO PASSADO?

O QUE FAZER PARA NÃO REPETIR OS ERROS DO PASSADO?


Ao assistir o filme “Another Brick in the Wall” (mais um tijolo no muro) tema musical de Pink Floid, minha mente foi arremetida às lembranças de meus primeiros anos escolares. Desde o primeiro dia de aula até concluir o segundo grau com o curso profissionalizante Técnico em Contabilidade no ano de 1967, a escola Duque de Caxias foi à mesma, conduzida pelos, ”Freis Capuchinhos”, cujo lema ainda é Caráter e Brasilidade. Realmente eram professores severos e austeros, mas como educadores extremamente competentes quanto ao conteúdo. Jamais cometeram a imprudência de ensinar que um acre é a área de um retângulo, cujo comprimento é um oitavo de milha. Um acre é uma medida agrária de área usada nos Estados Unidos equivalente a 4.046,85 m².
O filme mostra professores opressores, prepotentes, que impedem a criatividade do educando. Retrata também mestres extremamente reprimidos em seus lares, com um refrão que nos deixa extremamente angustiados. “Professor, deixe as crianças em paz!” ou “não precisamos de educação nem que controlem nossos pensamentos”. Retrata jovens andróides que se revoltam destruindo “os tijolos”. Educação: processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração social e individual. Conhecimento e prática dos usos de sociedade: civilidade,, delicadeza, polidez, cortesia. Conhecimento: ato ou efeito de conhecer, prática, noção, informação, notícia, ciência. (Aurélio B de Holanda – Novo Dicionário Aurélio). O que busca o aluno na escola? Educação ou conhecimento, quem sabe os dois, embora educação seja um dever da família, para que o jovem tenha capacidade e discernimento de absorver o conhecer que a escola proporciona. A Revista Veja em sua edição 2074 de 20 de agosto paginas 72 a 87, aborda a educação de uma forma preocupante, ela aponta os melhores educandários do país como estabelecimentos incapazes de formar alunos preparados para enfrentar o mundo competitivo. No entanto os egressos do Anchieta são a maioria daqueles, que sem freqüentar cursinhos pré-vestibulares conseguem vagas na UFRGS. A reportagem cita uma quantidade enorme de obras, possivelmente aprovadas pelo MEC, com textos dúbios, errôneos, tal qual a explicação do “mestre” sobre o que é um acre. A folha on line coloca a realidade de nossas escolas da seguinte forma:
“25/09/2008 - 08h40”.
1 em cada 4 docentes estaduais de Campinas foi alvo de violência
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MAURÍCIO SIMIONATO
Da Agência Folha, em Campinas.
Pesquisa da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) com docentes da rede estadual em Campinas (93 km de SP) mostrou que um em cada quatro professores ouvidos disse já ter sido agredido por alunos.
O levantamento foi realizado de abril a maio. Dos 580 entrevistados, 24% sofreram violência física, 43% foram alvo de xingamentos, 30% sofreram humilhações, 20% foram vítimas de agressões verbais e 7%, de outros tipos de agressão, como intimidação.
O levantamento questionou sobre as causas da violência. Para 39%, o principal motivo é a estrutura familiar. Também foram citados fatores como impunidade, falta de funcionários e a política de governo para a educação (sem especificar quais seriam os problemas).
Na semana passada, três alunos da quinta série de uma escola estadual em Campinas colaram uma professora na cadeira. A docente teve queimaduras de 1º grau nas pernas.
A Secretaria da Educação do Estado questionou a metodologia da pesquisa. Disse que o levantamento não tem qualidade porque foi feito por conselheiros do sindicato. A secretaria também afirmou que o número de professores ouvidos é baixo em relação ao total. Em nota, o órgão informou que os casos de violência contra professores estão caindo "ano a ano em todo o Estado". Disse que houve 217 em 2006, 180 em 2007 e 36 no primeiro semestre de 2008.
25/09/2008 - 08h38
Professor defende punição severa a aluno, diz pesquisa.
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FÁBIO TAKAHASHI
Da Folha de S.Paulo
Os professores brasileiros querem punições mais duras aos alunos, na busca por disciplina, aponta uma pesquisa nacional feita pela Organização dos Estados Ibero-americanos e pela Fundação SM. Chegam, inclusive, a defender a expulsão de estudantes.
As conclusões estão presentes no estudo "A Qualidade da Educação Sob o Olhar dos Professores", que entrevistou 8.773 docentes da educação básica no país e que será apresentado hoje, em São Paulo.
Do total, 83% defenderam medidas mais duras em relação ao comportamento dos alunos, índice que chega a 94% se analisada apenas a rede pública.
O estudo não detalha o que são "medidas mais duras", mas outra questão apresentada indica uma possibilidade: 67,4% disseram que deveria chegar a haver expulsão de alunos.
"As escolas brasileiras são espaços desorganizados, pouco propiciadores de um ambiente facilitador para estudo e reflexão. Isso se deve a problemas de comportamento dos alunos e a problemas de gestão e organização [das escolas]", disse Maria Malta Campos, que coordenou o trabalho, ao citar o que pode influenciar na posição dos docentes.
Campos afirma que é contra a expulsão de alunos. "Muitos fatores precisam ser superados, mais abrangentes do que simples medidas punitivas."
Educadores afirmam que um dos principais problemas nas escolas, principalmente das públicas, é a falta de regras claras. Nos regimentos, por exemplo, existe a possibilidade de expulsão, mas ela é pouco aplicada. Fonte: Folha On Line
"Somos agredidos verbalmente pelos alunos diariamente. Não há mecanismo para impedir indisciplina. O professor e a supervisão conversam com alunos e pais, mas não adianta", disse Ricardo Pinto, 41, que leciona história na rede estadual e municipal de São Paulo”.
"Em tese, sou contra a expulsão, mas não tem outro jeito. Um aluno indisciplinado prejudica outros 40", completou.
O presidente da CNTE (confederação que representa os profissionais da educação), Roberto Franklin de Leão, diz que a pesquisa mostra "um pedido de socorro" dos professores.
"Estamos abandonados pelo Estado, sem condições adequadas de trabalho. Não há, por exemplo, ajuda psicológica para os alunos e os educadores." Tema também abordado pelo programa Fantástico da rede Globo transmitido domingo dia 28 passado. Com depoimentos dos pais ou ambíguos ou defendendo as atitudes dos filhos.
Poderá parecer estranho abordar desta forma o tema, mas para tudo existe uma explicação: A rápida evolução do mundo contemporâneo em alguns aspectos não teve a contrapartida adequada pela sociedade. Vamos retornar aos anos 60 do século passado. Os professores eram respeitados como tais, transmitiam conhecimentos, a educação era responsabilidade da família, apenas complementada na escola. Se o aluno sofresse algum castigo ou reprimenda pelo professor no educandário, certamente seria também repreendido no lar, caso os pais tomassem conhecimento. De nada adiantaria desenvolver o presente raciocínio se não fosse conclusivo. O filme aponta os alunos como andróides e os mestres como carrascos repressores e reprimidos, será essa a verdade atual? Não nos parece ser, salvo engano crasso de interpretação o fato é outro, os alunos não estão motivados por diversos fatores: estrutura familiar que procura cada vez mais transferir ao Estado suas responsabilidades; o Estado que não se preparou para absorver o problema criado; o Estado que não motiva o professor, não podemos esquecer que é o Estado o detentor da educação, citar escolas particulares seria fugir à regra e à legislação.
Escolas pichadas, professores agredidos, armas em sala de aula, drogas, uma estrutura jurídica inadequada, medo, esse é o retrato atual. O que fazer para não repetir os erros do passado? Penso que o erro é do presente.
Abordando os fundamentos da EaD e o sistema no ensino superior, para não incorrer nos erros do ensino presencial é necessária uma avaliação das Instituições com uma rápida depuração. Durante o curso muitos foram os elogios, poucas as críticas. É consenso, atualmente, que aparatos eletrônicos não são suficientes para enfrentar a complexidade de transmitir conhecimentos com a qualidade esperada, “o dinheiro é o lubrificante do universo”, e o ensino virtual se presta muito para que algumas instituições se aproveitem da facilidade tecnológica que evolui rapidamente e oferecer ensino sem o devido comprometimento ético que o sistema requer.
Disso decorre um processo interativo entre tutor e aluno, numa complexidade muito grande, pois a EaD ainda está sendo o grande instrumento para levar o conhecimento a adultos, por isso foi abordado o tema andragogia e tutoria. Uma forma muito inteligente de despertar nos tutores seus papéis e sua atuação junto ao público adulto, aquele que timidamente retorna aos bancos escolares de uma forma completamente divergente daquela que estava acostumado. Teleaulas, estudos intensivos fora da unidade e tutores em sala de aula. O professor está distante, mas pela interatividade conectada tão próximo quanto antigamente. Só que num processo diferente, moderno, de certa forma futurista.
Não encontrei nada mais elucidativo sobre interatividade e desenvolvimento tecnológico do que nos depoimentos de Eduardo Chaves da Microsoft “... investimento na educação é mais do que simplesmente o exercício de uma responsabilidade social...”. (pelo raciocínio desenvolvido nesse trabalho o termo a ser usado seria: o investimento no conhecimento), e da Professora Drª. Lea Fagundes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), quando ela apropriadamente diz “... o conhecimento é o único bem que precisa ser distribuído para ser multiplicado, porque no momento em que você dá todo seu conhecimento, a outra pessoa pode copiar tudo, você não perde (...). No momento em que você distribui você multiplica e aumenta, por causa do uso que a outra pessoa vai fazer. Quero dizer o conhecimento no momento que você tem aquele produto e pode oferecer já está competente para fazer melhor e você não pode ser aquilo (...). É o feedback de melhorar o que está desenvolvendo. Então eu acho que nós estamos no limiar de uma nova sociedade que tem muita chance de conseguir um outro mundo possível, que é o mundo em que a tecnologia que foi inventada para guerra pode servir para o desenvolvimento humano. Para o desenvolvimento da sociedade. Então isso que nós estamos fazendo em nosso laboratório é estudar essa interação com o ser humano e a tecnologia para abrir possibilidades”.
Foi muito importante à reflexão proporcionada, principalmente quando tivemos a oportunidade de refletir sobre a teoria e a prática, a discussão com os colegas o trabalho em dupla foi de uma interação ímpar.
Quanto ao curso, sinceramente foi difícil! Procurei dar o máximo em minhas participações, muita pesquisa foi feita e até alguns livros que já há muito estavam esquecidos na biblioteca voltaram a ser pesquisados. Autores como Skinner e Pavlov na teoria do comportamentalismo. Paulo Freire, Philippe Perrenoud dentre outros, sites na internet e até anotações do cotidiano foram necessários para acompanhar o desenvolvimento lógico dos temas apresentados.
Todos os colegas com quem tive interatividade mostraram extrema competência no que estão se propondo a fazer, muitos surpreenderam, pois, se revelaram verdadeiros mestres na arte tutorial. As unidades da UNOPAR têm tudo para crescer e acompanhar a Instituição.
Desde minhas primeiras intervenções, sempre deixei claro que, um dos pontos a ser melhorado é a divulgação da Instituição e de suas Unidades. Instituições com tecnologia inferior, com filosofia e propósitos diversos acabam aproveitando o espaço aberto pela UNOPAR para atrair clientela. Já me referi anteriormente que “o dinheiro é o lubrificante do universo”, não estou reclamando dos valores da UNOPAR, mas sim tentando dizer que sem divulgar o que realmente somos, acabamos sendo comparados com outro tipo de tecnologia. Estou certo de que poderemos melhorar nossa participação na arte de compartilhar conhecimentos, desde que a mídia seja mais bem explorada.
Quanto aos cursos que podem ser desenvolvidos, podemos notar que no setor industrial, agroindustrial, alimentos, agronegócios e mercado exterior são extremamente interessantes, embora o curso de agronegócios já tenha sido tentado e em nível de Brasil não teve a aceitação prevista, interessante cerca de 40% do PIB brasileiro advém do Agronegócio e não despertou interesse do público alvo.

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