segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

FOLHA DO NORDESTE ed. 13.01.2012 - Ruas, ruelas e mobilidade urbana.

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br


Iniciamos o ano com a Secretaria Municipal de Obras trabalhando a pleno vapor, notadamente em algumas ruas transversais da Avenida Presidente Vargas, no Bairro São Sebastião. O asfalto está chegando ao bairro. Mas, se enganam os faceiros lagoenses que lá residem se algum dia a própria Avenida Presidente Vargas será beneficiada com qualquer melhoria, ou terá a conclusão do asfalto até a BR 285, acostamento (passeio) ou a tão almejada duplicação. População, políticos e vereadores, por favor, me corrijam se estou errado, ninguém faz asfalto em ruas para posteriormente ser demolido. Vejam como as transversais chegam à Avenida, não se nota a mínima preocupação em deixar mostras de expectativas quanto à possível construção de acostamento. Elas simplesmente chegam ao sofrido pavimento da avenida com a antiga inclinação, a não ser que inventem algum tipo de acostamento com algum grau de inclinação ou degraus. O tempo nos mostrará se as promessas não serão sempre “promessas”.

Mobilidade urbana



Não tive oportunidade de ouvir o Secretário Cassiano Castellano em sua manifestação radiofônica, mas, li e reli o que foi publicado na Folha do Nordeste, contracapa da última edição, me detendo em especial ao que se refere à mobilidade urbana. Secretário Castellano, nós, povo, reclamamos da tranqueira que é o trânsito local, carros mal estacionados, falta de estacionamento, trânsito lento, ultrapassagens pela direita uma vez que os veículos transitam à esquerda em baixíssima velocidade, a cruel intransigência de ser revista a velocidade máxima de 40 km/h que só serve como arrecadadora e não educadora ou disciplinadora e não de falta de equipamentos. Que equipamentos, mais lombadas eletrônicas? Aonde? Na única via em que o trânsito flui com normalidade, ou seja, a Rua Nívio Castellano. Tenho tido a disciplina de transitar pela referida artéria diuturnamente e como diz a Presidente Dilma, noturnamente também, com a velocidade medida de 40 km/h. Estou convencido que ninguém transita com velocidade muito superior. Nela o trânsito flui, será que é devido à faixa amarela que divide a rua? Portanto os equipamentos que certamente serão instalados não são bem vindos. Nutrimos um grande afeto e admiração pelo Secretário Cassiano e particularmente conhecemos sua competência, mas pensamos serem pertinentes essas observações e desabafo.
Para encerrar, podemos notar que alguém continua privatizando o espaço público de estacionamento com cones, inovando com a ligação entre eles com corda. Pode?

Trigo terá nova classificação e agregará valor à safra 2012


Os produtores brasileiros ofertarão a partir do próximo ano um trigo mais adequado às exigências da indústria moageira nacional. Isso ocorrerá por força de uma instrução normativa do Ministério da Agricultura, que, para reduzir os gastos com apoio à comercialização do cereal, decidiu adotar nova classificação, remunerando melhor quem produz grãos efetivamente demandados pelos moinhos.

A idéia do governo é desestimular o cultivo de trigo brando, que tem baixa força de glúten e uso limitado pela indústria - se destina à produção de biscoitos. O cultivo do tipo brando se concentra no Rio Grande do Sul. Neste ano, os gaúchos conseguiram colher mais trigo pão (alta força de glúten) graças ao clima favorável ao longo de todo o ciclo e se dizem preparados para atender às novas exigências. Já os paranaenses defendem a adoção gradual das novas regras, apontando dificuldade para segregação do cereal. O plantio no Sul do País começa em maio.
O agrônomo e pesquisador Sergio Roberto Dotto, diretor geral da Embrapa Trigo, destaca o avanço que a medida traz para a produção nacional. Ele lembra que até 1990 o governo era o único comprador do trigo nacional e ao produtor bastava entregar ao governo o resultado da colheita. "Com a privatização do setor, os agricultores precisaram aprender a vender", disse.
Desde então, acrescenta, a pesquisa vem trabalhando em melhoramento genético para ofertar variedades com maior qualidade e alta força de glúten, demandadas pelo mercado. Hoje a exigência é por trigo com força de glúten (W) entre 230 e 280, para uso na panificação e o Brasil produz trigo com W entre 180 e 300. Com a nova regra, o cereal precisará ter W mínimo de 220 para ser classificado como tipo pão, que representa 70% da demanda nacional.
Dotto calcula que as variedades existentes hoje vão atender a 60% da demanda no Rio Grande do Sul por trigo com W superior. Quanto ao trigo brando, ele acredita que a tendência é de que passe a ser produzido sob encomenda. Para o pesquisador, o Paraná está preparado para conviver com as novas regras, pois 95% de sua produção já é de trigo pão e melhorador.
Entretanto, o gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Flávio Turra, alerta para as dificuldades na segregação das várias variedades e defende um "tempo adicional" para cumprimento da medida. Para ele, o ideal seria a segregação do trigo por região, respeitando, no caso do Paraná, basicamente duas áreas produtoras distintas - o norte, oeste e noroeste paranaense e o centro-sul do Estado. "Mas sem engessar", enfatiza, acrescentando que a tendência é de cada cooperativa escolha duas ou três variedades e concentre o plantio nelas. O pedido para que a adoção dos novos critérios seja "gradual" já foi apresentado ao Ministério da Agricultura.
Lawrence Pih, diretor presidente do Moinho Pacífico, o maior do País, critica qualquer atraso na introdução das mudanças. "Há anos tentamos implementar e sempre surge algum imprevisto. Não entendo. Parece não haver vontade para isso", reclama. O industrial diz que o plantio de variedades não demandadas é um "vício" do produtor. "É mais fácil. Produto (variedade) de menor qualidade tem produtividade maior." Para ele, se o governo atender ao pedido de adiamento continuará comprando o cereal não demandado pelo mercado. "O governo sempre acaba pagando a conta", diz. Fonte: Agência Estado. - Existe controvérsia quanto às afirmações do Sr. Lawrence Pih, embora seja ele um grande conhecedor de trigo e moagem.

Para reflexão


"Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença." Benjamin Franklin