terça-feira, 9 de dezembro de 2008

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br



Na sociedade contemporânea, as ações de Responsabilidade Social e Cidadania correspondem a uma série de iniciativas e práticas corporativas que procuram diminuir desigualdades e ajudar no aprimoramento da cidadania, envolvendo o governo Federal, Estadual e Municipal, como agentes fomentadores de desenvolvimento, afinal é para isso que são pagos. É de responsabilidade dos agentes governamentais tomarem a iniciativa visando minorar qualquer desequilibro sócio econômico das Nações. É inacreditável que empurrados por alguns aventureiros no mundo das finanças o mundo todo venha a cair num penhasco de desespero. O mundo todo se preocupa com o sistema financeiro, imobiliário, automotivo. Mas não temos visto nenhuma ação efetiva para proteger os milhões de famílias que passarão as “Festas de final de ano” amargurando uma demissão, ou em férias coletivas, já sabendo que o retorno será marcado por um aviso prévio. Os economistas são categóricos, em termos de Estados Unidos, caso não haja um aporte astronômico de recursos, a Ford a GM e suas subsidiárias, simplesmente quebram. Quebrando lá, também quebram aqui! Mundo incompreensível, há menos de um ano apenas os Estados Unidos apresentavam algumas dificuldades, talvez uma pequena recessão, A bola de neve cresceu, a marola se tornou onda e, caso não haja por parte de nosso governo uma profunda modificação estrutural, teremos na economia o que o clima costuma fazer com certas regiões da terra. Parece-nos que os tempos de bonança para o governo estão chegando ao fim. Durou muito, oito anos de estabilidade, conseguida com muito sacrifício e de certa forma com a marcação cerrada que a oposição fez para não existirem atitudes desvairadas, como compra de aerolula, perdão de dívidas a alguns países, entrega de patrimônio a outros. Ah! O que virá depois do Natal?
A festa continua
Talvez já existam algumas respostas para a pergunta. A Polícia Federal prendeu o “empresário” Enivaldo Quadros, desembarcando no aeroporto de Guarulhos, numa madrugada, com 361 mil euros não declarados à Receita. Antes os dólares saiam nas cuecas, agora os euros entram em maços de dinheiro vivo escondidos nas meias, ma cintura, na cueca e em uma pasta de mão. O rico importador de euros é um dos 40 réus do escândalo do mensalão. Ao descobrirem os maços de euros os policias prenderam o empresário sócio da corretora Bônus-Banval em flagrante pelo crime de “falsidade ideológica”. Coisa estranha, os euros eram verdadeiros! Será que vai acontecer com ele o mesmo que aconteceu com a Bispa Sônia e seu marido quanto tentaram entrar nos Estados Unidos com dez mil dólares não declarados? Duvido! Afinal estava apenas repatriando um pouco daquilo que tinha sido levado nos tempo de abundância. Quando estourou o mensalão, a Bônus-Banval teria sido uma das corretoras que intermediou os repasses de dinheiro para parlamentares em troca de apoio político ao governo federal.
Soja transgênica avança na União Européia
Quase 80% da soja que será consumida na União Européia em 2008 será transgênica, aponta levantamento da consultoria brasileira Céleres com base em dados oficiais do bloco e de seus principais fornecedores do grão no exterior - Brasil, Argentina e Estados Unidos, nesta ordem. Em 2007, o percentual atingiu 77%. A partir desse diagnóstico, Anderson Galvão, diretor da Céleres, sente-se seguro para afirmar que "não existe restrição ao consumo de soja transgênica" nos 27 países-membros da UE, apesar da sobrevivência de alguns focos de resistência aos organismos geneticamente modificados (OGMs) no velho continente. Nesse contexto, a consultoria alerta que o Brasil, como principal exportador do grão para o bloco, "precisa avaliar com critério suas posições nas discussões internacionais, como no caso do Protocolo de Biossegurança que trata, entre outros itens, do comércio internacional de produtos transgênicos". A sugestão, aqui, é que se o país aceitar travas rígidas a esse comércio, pode acabar prejudicado. "É claro que sempre haverá um nicho que desejará consumir soja não transgênica, mas a verdade é que, hoje, mais de três quartos da população daqueles países [da UE] estão consumindo soja transgênica e vêm fazendo isso de forma estável nos últimos dez anos", Para chegar às conclusões apresentadas, Anderson Galvão cruzou dados de produção, exportação, importação e consumo. Ele mostra, por exemplo, que as exportações brasileiras de farelo de soja - e de grão posteriormente convertido em farelo dentro do bloco - deverão saltar de 3,155 milhões de toneladas, em 2003, para 9,697 milhões em 2008. Nesse mesmo intervalo, a participação da soja transgênica no plantio total do grão no país passou de 18% para 62%. São semelhantes os comportamentos envolvendo as vendas argentinas e americanas para a UE. Para a Céleres, "isso significa que a indústria de ração animal da UE está gradualmente substituindo o uso da soja convencional pelo da soja transgênica, sem prejuízo para o mercado, visto que a produção total de rações no bloco encontra-se estabilizada". Apesar do avanço, há espaço para todo mundo. Recentemente foi criada no Brasil a Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), justamente para explorar, sobretudo o apetite europeu por grãos convencionais. Fonte: Valor Econômico
Levantamento divulgado pelo IBGE da Safra 2008
A produção brasileira de grãos registrou em novembro 145,7 milhões de toneladas, resultado 9,4% superior ao obtido em 2007 (133,1 milhões de toneladas). Segundo levantamento divulgado nesta segunda, dia 8, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o volume é apenas de 86,61 mil toneladas superior ao previsto em outubro. O IBGE também realizou em novembro o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2009, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos Estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. A produção de grãos em 2009 está estimada em 140,2 milhões de toneladas, 3,8% menor que a de 2008. Com a redução de crédito aos agricultores, talvez os números não sejam tão otimistas, outro fator muito importante é o clima que tem se mostrado extremamente adverso à agricultora.
Para reflexão
Dedicado a nossos vizinhos Catarinenses.
"A esperança é o único bem comum a todos os homens: aqueles que nada mais têm ainda a possuem." Tales de Mileto