terça-feira, 26 de agosto de 2008

FOLHA

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br
Um antigo problema enfrentado pelos educadores, talvez agora tenha um final feliz. Os professores (as) quando ocupam cargos de direção passam a pagar pedágio, ou seja, a aposentadoria prevista para a profissão de professor a idade é de 25 anos. Porém se assumir cargos que impliquem ficar fora da sala de aula são penalizados. Como é um assunto de extrema relevância abordamos o tema.

STF vai apressar decisão sobre aposentadoria de professores

Embora tenha aprovado na Câmara e no Senado a lei que garante aposentadoria especial (25 anos) também para supervisoras e diretoras de escola, benefício que já contemplava professores em sala de aula, a vantagem vem sendo negada sistematicamente por municípios e Estados.. “É que o STF examina uma Adin (Ação direta de inconstitucionalidade) ela está em vigor”, A Agência Brasil noticiou essa semana que parlamentares com essa medida tentam corrigir uma distorção aplicada pelos Estados porque em muitos casos a professora em sala de aula é guindada à posição de supervisor (a), vice-diretor (a) ou diretor (a), perdendo então o direito à aposentadoria especial. O pedido dos parlamentares ao STF é para que reinclua na pauta o julgamento da Adin, suspensa por um pedido de vista do ministro Eros Grau.

Schincariol entra no mercado de franquias com marcas Premium

A Schincariol anunciou sua entrada no mercado de franquias. A intenção da cervejaria é explorar suas marcas Premium, segmento no qual tem investido significativamente desde o ano passado, com a aquisição de marcas como Devassa, Eisenbahn e Baden-Baden. No longo prazo, a intenção é que as franquias e lojas próprias representem 10% do faturamento da companhia.
Avaliando o mercado de cervejas Premium brasileiro em 4,5% do volume total da bebida, a Schincariol acredita que há muito espaço para crescer nesse segmento. "Em regiões como o Leste Europeu, a proporção das cervejas Premium sobre o mercado total chega a 35%. Há muita oportunidade de crescimento no Brasil", afirma José Augusto Schincariol, integrante do conselho de administração da empresa fundada por sua família.
Embora não informe qual exatamente é sua participação nesse segmento no Brasil, a cervejaria afirma ter 13,6% do mercado total de cervejas no país. "Nossa fatia em cervejas Premium é significativa", afirma o conselheiro da empresa.
Neste ano, a Schincariol irá investir R$ 1,5 milhão na construção de mais duas lojas próprias (com a Devassa, a companhia comprou também a rede de cervejarias da marca carioca). Até 2012, o plano é ter 106 pontos de venda no país, concentrando-se principalmente na região Sudeste e no interior de São Paulo. De acordo com o diretor de Franquias da cervejaria, Francisco Duarte, serão construídas cerca de duas lojas próprias por ano nesse período.
"Teremos três, talvez quatro, formatos de loja", explica Duarte. "Casas nos moldes das Cervejarias Devassa,"`lancheterias", quiosques e um outro conceito que estamos avaliando: o de um restaurante `casual´", acrescenta.
Para as lojas maiores, as cervejarias, a Schincariol estima em R$ 900 mil o investimento inicial para o franqueado, além do pagamento de uma taxa única de franquia de R$ 75 mil. Após a implantação, o associado terá de pagar mensalmente royalties de 5% sobre o faturamento bruto, além de contribuir com 1% de sua receita bruta com um fundo de propaganda, gerido pela Schincariol, e que ficará responsável pelas campanhas de marketing.
Pelas contas da Schincariol, baseadas em dados obtidos com os franqueados "herdados" da Devassa, o faturamento mensal médio por loja pode atingir R$ 200 mil. A margem restante para o associado, afirma, pode chegar a 15% da receita. O retorno sobre o investimento, afirma Duarte, ocorre após um período de cerca de 30 meses para essas lojas maiores. Fonte: valor Online
Com essa atitude da cervejaria constatamos o impressionante poder da cerveja, mesmo em pleno vigor da famigerada “Lei seca” que segundo últimos dados estatísticos reduziram em 45% os acidentes nas rodovias.

Agronegócios

Nos últimos dias não temos tido muitas novidades no segmento de agronegócios. As lavouras de inverno no Brasil estão ainda em fase de desenvolvimento, embora o Paraná tenha iniciado sua colheita, ainda não existem estimativas de produtividade de trigo. Soja e milho aguardam o mês de setembro para o início do plantio. Agora nos Estados Unidos, período de pré colheita, o clima tem muita influência, tanto é que o mercado tem tido um comportamento compatível com o momento, notícias de chuvas despenca o preço. Caso não ocorram as chuvas, ou sejam fracas ocorrem as altas das cotações. Enquanto isso o agricultor brasileiro espera os agentes financeiros se ajustarem às normas de renegociação das dívidas oriundas de duas frustrações de safras. Embora o governo esteja colocando na mídia que teremos uma derrama de recursos, a coisa não é bem assim. Os financiamentos serão liberados com os recursos oriundos das liquidações dos custeios passados e, para a agência do Banco do Brasil local, a aplicação está prevista para 80% do volume do ano anterior. Embora os insumos tenham praticamente dobrado de preços essa medida somente terá reflexo na próxima colheita. Se com lavouras bem conduzidas, a atividade é temerária, com poucos recursos mais ainda.

Saúde integra cirurgia de mudança de sexo a procedimentos do SUS

Portaria publicada na edição desta terça-feira do "Diário Oficial" da União integra a cirurgia de mudança de sexo a procedimentos bancados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A medida oficializada hoje já havia sido anunciada no mês de junho deste ano pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O SUS realmente está um primor, não existem filas de espera para cirurgias de emergência e os municípios não enfrentam nenhum problema para gerir a “saúde”. Vivemos realmente num país de decisões difíceis de serem compreendidas.

Para reflexão

"Ninguém é bom por acaso; a virtude deve ser bem aprendida”.
Chico Xavier

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Sucatas da educação, por Flávio Tavares *

24 de agosto de 2008 | N° 15705
ARTIGOS
Sucatas da educação, por Flávio Tavares *

O futebol é a cara do Brasil, seu rosto mais autêntico. Nem a telenovela das oito o supera. A telenovela expressa melhor do que tudo a psicologia social das expectativas e sensações, mas é ficção e fica no mundo dos desejos. O futebol, porém, é realidade mesmo.

Ou o que vimos no jogo com a Argentina, nas Olimpíadas, não foi nossa habilidade e destreza tornar-se brutalidade truculenta (e inútil) pela incapacidade dos dirigentes? Só inconfessáveis interesses dos chefetes da CBF podem ter transformado em técnico da Seleção o nosso Dunga, correto, mas inexperiente no posto. Soldado raso não chega a general só por ter sido herói em antigas batalhas!

A improvisação descaracteriza tudo e leva ao desastre. Na vida, perder não é indecoroso. Mas, com o prestígio que tem, nosso futebol não pode usar a violência para superar a descaracterização. Muito menos quando o “espírito olímpico” é o da confraternização.

No vôlei, arrasamos a China, mas o belo, mesmo, foi ver os derrotados jogadores chineses abraçando os vencedores e pedindo fotografar-se com eles.

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No ensino, a improvisação é, obviamente, mais nefasta que no futebol. Educar é preparar o futuro, sem outra gratificação que o futuro em si. Um sacerdócio. Mas a exigência de diploma para quase tudo massificou a educação superior e desorganizou as faculdades públicas. No ensino privado, em vez de escolas surgem “empresas” com visão mercantil.

Dias atrás, este jornal noticiou a preocupação dos setores educacionais gaúchos com a ação da Anhangüera Educacional Participações SA, grupo mercantil do interior paulista que comprou faculdades em Pelotas, Rio Grande e Passo Fundo e busca “mais negócios” na área metropolitana. O grupo paulista (com ações na Bolsa) é empresa abertamente comprometida com o lucro, daquelas de diploma certo, sem muitas exigências além das mensalidades.

Outra é a tradição de nossas instituições privadas sérias, voltadas para o ensino, não para o lucro, dirigidas por entidades religiosas ou comunitárias. A PUC, a Unisinos, a Feevale ou a Unijuí são os melhores exemplos.

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Na mesma data, Paulo Brossard (do alto da sua experiência no governo e na Justiça) advertia para a precariedade do ensino no Brasil. “Quando se fala em curso superior, supõe-se que realmente seja superior”, escreveu neste jornal. Mas, “pelo número de cursos superiores que surgem, pode-se imaginar a qualidade de boa parte deles”, frisou, lembrando que dos 508 avaliados por especialistas como “não satisfatórios”, 64 são públicos (23 federais) e “os restantes particulares”.

Agora, para agravar o quadro, a educação se transforma em brechó que compra e vende tudo, do usado ao novo. Criar uma universidade pressupõe um programa profundo e diferenciado, em que ensino e pesquisa se complementem. Por isso, as instituições de Ensino Superior não se compram como carro ou refrigerante, pois cada uma delas é única.

Programa de ensino não é garota de programa, que passa de mão em mão como se estivesse sempre numa só mão.

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O conhecimento é universal, não tem dono. Já pensaram nos bisnetos de Einstein cobrando dividendos pela aplicação da Teoria da Relatividade? Ou se um grego descendente de Pitágoras cobrasse pelo uso do teorema da soma dos quadrados dos catetos e da hipotenusa?

Se o Ministério da Educação continuar inerte face à realidade do ensino, corremos até esse risco no Brasil! Em busca de dinheiro, o ensino virou gazua para abrir cofre e encher o bolso em troca de diploma fácil.

Há anos, não há exigência de projeto pedagógico, até porque o ministro da Educação não parece ter projeto algum. Não sai do gabinete em Brasília, como se o ensino estivesse nos papéis, não no conteúdo real dos programas nas faculdades públicas e privadas.

O ministro Haddad é como o Dunga. Correto e interessado, mas sem passado. Uma sucata jovem.

* Jornalista e escritor

domingo, 24 de agosto de 2008

Educação a distância

Quando dava aulas com quadro negro e giz, sempre ficava imaginando, um dia cada alun o terá seu computador e poderá desenvolver suas pesquisas e comparilhá-las com os demais.
Até que um dia, quando munha esposa era diretora de uma escola apareceram os divulgadores da UNOPAR. na época eu era Presidente do Conselho Executivo da CICAS Câmara Empresarial e Cultural de Lagoa Vermelha, sucessora da Associação Comercial e Industiral, ocasião em que também fui visitado pelo pessoal da EDUCOM. Bem, nós já haviamos formado parceria com a UNOPAR, e senti que a coisa iria além do que eu imaginava. Hoje sei que existem inúmeras formas de EAD. Algumas com um trabalho sério a exemploda UNOPAR, outras nem tanto. Penso que se não for depurado o sistema muitas instiruições simplesmente estarão presentes pelo dinheiro. Uma vez que é uma forma barata de produzir educação, tamém fica bastante acessivel aos educandos. Muitos se frustram, pois não o que lhes é apresentado não é realmente o divulgado.
Mas penso que esse forum nos dará oportunidades de trocar experiências. O ideal seria um conhecimento maior sobre outras instituições. As que eu conheço, deixam muito a desejar.