quarta-feira, 5 de agosto de 2009

FOLHADO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br

Escrever artigos para um jornal é um pouco mais complexo do que dialogar. Em meu último assunto iniciei transcrevendo exatamente o que foi noticiado pela TV Globo no programa Bom dia Brasil. Na televisão foi apenas um diálogo entre uma repórter e o âncora do Programa Renato Machado, foram poucos segundos, mas transcritos tomou um bom espaço. Digo isso para enfatizar o quanto é difícil transformar o pensamento ou as palavras em textos escritos. Toda essa explicação tem um objetivo, tentar me desculpar junto aos leitores da Folha do Nordeste, quando um artigo fica longo demais. Assim, muito obrigado àqueles que se manifestaram sobre “ainda bem que faltou luz”. Realmente a opinião e principalmente a crítica do leitor é que faz da Folha do Nordeste um grande jornal e coloca seus colaboradores voltados para seu principal motivo de existir, seus leitores.
Realmente os meios de comunicação audiovisual tem tomado tempo demais do povo brasileiro, ora com escândalos políticos, ora com notícias catastróficas. Certa oportunidade alguém comentou que, num determinado noticiário somente duas matérias tinham real importância e eram otimistas. As demais se igualavam ao bate boca dos Senadores. Bem, depois que ressuscitamos o Collor de Melo e o presenciamos de dedo em riste como se fosse o paladino da moralidade, que mais podemos esperar?
Presidente Luizinho ameaça importar computadores para as escolas
Durante a semana num de seus pronunciamentos o Presidente da República afirmou que se a indústria nacional não reduzir o preço dos computadores, o governo vai providenciar na importação dos equipamentos para as escolas públicas. “- Eu sou o maior defensor da indústria nacional, mas se a indústria nacional não conseguir fazer a um preço acessível, nós vamos ter que importar alguns para poder fazer com que a política (de inclusão digital) chegue à população mais pobre deste país”, afirmou Lula.
Ao fazer a entrega de computadores às escolas em Piraí-RJ, o Presidente disse que cada um estava custando R$ 700,00, mas que o objetivo era pagar entre cem e duzentos reais por cada equipamento, no entanto ninguém ainda conseguiu tal façanha. Realmente presidente, produzir barato no Brasil com o custo da máquina administrativa tomando cinco meses de trabalho de cada um de nós será uma verdadeira mágica.
Notícia auspiciosa às professoras e professores.
Nossa Governadora tem se inspirado muito em alguns governadores, principalmente de São Paulo e Minas Gerais, como forma de governar, pois bem vamos transcrever a notícia exatamente como ela consta na newsletter de Diego Casagrande: “O governador de São Paulo, José Serra, lança nesta terça projeto para que um professor da rede estadual tenha salário de até R$ 7 mil e um diretor, R$ 8 mil. É o dobro do que essas categorias recebem atualmente no topo da carreira. Contudo, para que isso aconteça, os professores terão de se submeter a vários testes, não faltar às aulas e ficar pelo menos três anos na mesma escola. O objetivo é reduzir a rotatividade e o absenteísmo, além de estimular a formação”.
O processo todo deve demorar 12 anos, dividido em quatros exames a cada três anos. Se aprovado, o candidato terá um aumento de 25% no salário a cada etapa. Mas a nota exigida será maior a cada exame, indo de 6 a 9, tornando mais difícil atingir o salário máximo. Além disso, nenhum professor será obrigado a fazer os exames. Os que não quiserem realizar continuarão submetidos aos aumentos regulares, baseados em tempo de serviço e diplomas. A noticia como um todo talvez até não tenha muita graça e nem agrade à classe ou ao seu sindicato, mas tem um trecho realmente interessante, vou destacá-lo: “É o dobro do que essas categorias recebem atualmente no topo da carreira”. Terça-feira, dia 4, Jô Soares entrevistou o governador de S.Paulo, que teve a oportunidade de explicitar esse assunto. Para quem está iniciando no magistério até que é interessante, mas como ficam àqueles mestres que já estão em final de carreira?
Junta Comercial
Não saberia precisar o tempo, mas talvez há uns cinco anos atrás, oportunidade em que presidíamos a CICAS, o assunto foi tratado junto ao Prefeito da época, Moacir Volpato. A entidade colocou não só espaço físico, mobiliário, equipamentos, levantamento do percentual do movimento que Lagoa Vermelha tem junto ao posto da JC em Sananduva, as condições de trafegabilidade da rodovia que liga os dois municípios, mas também funcionários a disposição do Executivo municipal. O prefeito Moacir Volpato imediatamente tratou do assunto com o presidente da Junta Comercial, pois é o Poder Executivo quem pode fazer convênio com a Junta. No entanto fomos derrotados pela exaustão. Todos sabem da obstinação do Volpato. Certa oportunidade faltava apenas à assinatura no despacho. Bem, estamos esperando até hoje, começaram as desculpas, os recessos e o assunto acabou morrendo. Por isso quando li: “Vereador manifesta sua indignação e declara ser absurdo que o nosso município não disponibilize de um escritório da Junta Comercial acoplado a nossa Administração Pública. Lagoa Vermelha não fornece à população um escritório local para atender a demanda, o que acaba por encarecer os atos aqui praticados tendo que se deslocar até o município de Sananduva”. Parabéns Clóvis Rech. Vamos voltar à luta, desengavetar processos e novamente sonhar.
Avenida Presidente Vargas
É forte o movimento para a conclusão de tão importante via pública. Já escrevi nesse espaço que ela não passa da antiga BR 43, a famosa faixa. Nada mudou a não ser a camada de asfalto que recobre certo trecho. Hoje grande parte do comércio, indústrias e prestadores de serviços nela estão situados. A circulação de veículos é intensa. Com a falta de acostamento os pedestres são obrigados a transitar na pista de rolamento. Muitas vezes fico pensando como os Anjos da Guarda devem ter trabalho para não acontecerem mais acidentes. Uma equipe de topógrafos e outros profissionais na terça-feira faziam levantamento daquela via, talvez tenhamos, em breve, boas notícias.
Um pouco de mercado agrícola
Após sucessivas e expressivas altas na bolsa de mercadorias de Chicago, a posição setembro atingiu na segunda-feira o maior patamar desde 12 de junho. O bom desempenho de outros mercados e preocupações com as projeções de clima prejudicial ao desenvolvimento das lavouras americanas deram suporte ao mercado. Certamente teremos um mercado acima de 11 US$ por bushel, mesmo com a pequena queda de terça-feira.
Para reflexão
"Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito." Cardeal de Retz