quarta-feira, 5 de maio de 2010

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br
No passado, em certos momentos mantive um envolvimento intenso com alguns projetos que foram desenvolvidos em nossa cidade. Dentre tantos o acompanhamento do processo no que diz respeito a negociação efetuada com a UPF para a criação do Campi de Lagoa Vermelha. Naturalmente que isso demandou inúmeros encontros, por fim, depois de alinhavados os últimos pontos, um dos requisitos era a confecção do projeto da praça central que foi decidido em reunião com o Departamento de Urbanismo da UPF, um coordenador, uma arquiteta e outra arquiteta e engenheira florestal. A mim foi atribuída a tarefa de mostrar a praça que seria remodelada. A reunião foi na Prefeitura Municipal, dali saímos e de pronto o primeiro canteiro. Como já havia sido rabiscado um anteprojeto, estava certo que o banheiro público seria retirado, mas salvo algumas exceções o resto seria mantido, o calçamento deveria ser recuperado, assim como os ladrilhos, e as exuberantes essências florestais ali existentes. No lugar do banheiro seria criado um espaço de contemplação, com uma rosa-dos-ventos, enfim em toda extensão da praça, desde o Banco do Brasil até a BR 285, somente seriam criados novos recantos, obedecendo a novos critérios urbanísticos aqueles canteiros que ainda estavam sem nenhuma organização. Os “petites pierres” (pedras pequenas) que também fazem à diferença no visual da praça e foram inspirados no calçamento da praia de Copacabana no Rio de Janeiro seriam recuperados e mantidos. Enalteci o trabalho do Rotary Club, que ao longo de mais de 50 anos se esmerou em trazer espécies exóticas de diversos países. As sementes sempre vieram no bolso ou na bagagem de rotarianos e cultivadas pelos companheiros Lauro Ruschel e pelo saudoso Heitor Domingues, quando da comemoração ao dia da árvore e mais recentemente ao dia do meio ambiente, o plantio era feito por rotarianos e pessoas da comunidade, principalmente por estudantes que alegres iam colocando as mudas em covas abertas antecipadamente por funcionários municipais. Das arquitetas recebi elogios e reprimendas. Elogios tornam-se desnecessário dizer o motivo, mas a reprimenda cabe esclarecer. Depois de mostrar e dizer que ultimamente tínhamos passado a plantar árvores frutíferas nativas veio o comentário: “Jamais se planta frutíferas junto a avenidas, rodovias ou qualquer outro espaço onde haja intenso tráfego de veículos, o motivo é a contaminação dos frutos pelos gases poluentes dos carros e, pelo vandalismo, até de certa forma involuntário do homem ao retirar os frutos contaminados para consumir”. Na oportunidade foi constatado que diversas cerejeiras, pitangueiras e outras frutíferas apresentavam galhos quebrados. Em uma praça queríamos árvores para sombra e nos espaços ensolarados, gramados verdejantes e flores, muitas flores. Lembro que por ocasião da adoção do canteiro defronte ao posto ponteio, o adotante apresentou um projeto que foi submetido ao poder público. Acompanhado do Secretário Municipal de Planejamento e do Presidente do Conselho Municipal de Turismo, em reunião com o interessado na adoção da praça esclarecemos que o calçamento não poderia ser substituído e que somente uma ou duas árvores poderiam ser retiradas por estarem visivelmente danificadas. Não fosse o vandalismo lá estaria a praça com lixeiras, iluminação, bancos e o passeio recuperado. O Plano Diretor em que muitos de nós fizemos parte deve ser cumprido, principalmente no que diz respeito ao aspecto histórico da praça, ou então entregar a bandeira e nos curvar a idéia popular de que “Lagoa Vermelha não tem memória”.
Leite: Alta no ano é a maior desde 1995
O preço do leite pago ao produtor em abril (referente à produção de março) teve novo salto significativo. Na média nacional do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, que abrange os estados de RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA, o valor bruto do leite subiu 8 centavos por litro (ou 11,8%) frente ao mês anterior, passando para R$ 0,76/litro. Neste ano (janeiro a abril/10), o aumento no preço do leite chega a 27% – essa foi a maior elevação já observada pelo Cepea para o período, desde 1995. Em relação a abril de 2009, o acréscimo foi de 21,4%, em termos nominais.
No Rio Grande do Sul, houve alta de 11,8% no valor pago ao produtor (7,7 centavos por litro), com a média a R$ 0,7274/litro em abril. Em Santa Catarina, a média foi de R$ 0,7455/l e, no Paraná, de 0,7494/l, aumentos de 8,5% (5,8 centavos por litro) e 10,7% (7,3 centavos por litro), respectivamente. Na Bahia, o preço médio foi de R$ 0,6616/l no mês, acréscimo de 10,3% (de 5,1 centavos por litro) frente a março. As informações são de assessoria de imprensa da Esalq.
Receita com exportação da soja tem significativo aumento em abril
A receita obtida pelo Brasil com as exportações de soja, segundo a Agência Estado, cresceu 16,60% em abril, para US$ 1,79 bilhão, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados no início do mês pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado deve-se ao aumento do volume embarcado no período. O País embarcou aproximadamente 4,91 milhões de toneladas do grão, volume 9,3% maior do que o registrado em Abril de 2009.
Área plantada de trigo no Paraná vai diminuir
Produtores paranaenses de trigo colheram 2.480 milhões de toneladas de trigo em 2009. Com a proximidade da estação mais fria do ano, o inverno, os produtores paranaenses já começam a se preparar para as culturas tradicionais deste período. A principal delas é o trigo. O Paraná é o maior produtor nacional deste produto. Mesmo com esse título, as condições econômicas ruins que afetam este gênero alimentício estão deixando os agricultores bem desanimados. A produção nacional do trigo, em 2009, foi de 5.026 milhões de toneladas e só o Paraná colheu praticamente a metade deste valor. Assis Chateaubriand, no oeste do Estado, é a cidade com maior produção de trigo e o norte é onde se concentra a maior área de produção: 39% de todo o cereal é cultivado nesta região.
O agricultor do Rio Grande do Sul ainda tem algum tempo para definir o plantio, embora a previsão seja de diminuição de área também. O zoneamento agrícola para nosso estado é completamente diferente dos Paraná. Nós, em especial nossa região somos os últimos a semear as culturas de inverno, o período considerado ótimo fica entre 20 de junho e 20 de julho.
O ano de 2009 marcou pelo excesso de chuvas na época do florescimento e colheita devido ao efeito “el niño”. Hoje o maior problema são os altos estoques que estagnaram os preços em níveis muito baixos, não remunerando adequadamente o produtor, outro fator responsável para manter os preços baixos foi o excesso de chuvas gerarem um produto de qualidade inferior.
Para reflexão• "O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano." Isaac Newton.