LEODÁRIO SCHUSTER
Organização do trânsito e estacionamento
Por surpreendente que seja inúmeras são as cidades
que conseguem disciplinar o trânsito, assim como o estacionamento de veículos,
sem a necessidade de onerar os condutores com pagamentos extras. Na última
edição da Folha do Nordeste, Luciano Andrade abordou com propriedade e
expressou a preocupação de todos nós pelo nosso trânsito e estacionamento de
veículos. Notamos que as cidades que adotaram o uso da demarcação dos espaços
de estacionamento, pintando o espaço a ele destinado o tamanho de um veículo, impede pelo bom senso que dois
automóveis muitas vezes ocupem o lugar de cinco (fato citado pelo colunista) e
corriqueiro em nossa cidade. Também a demarcação de espaços para motos é
importante, eis que uma moto, da forma como é estacionada, ocupa o espaço de um
automóvel, pela difícil manobra que o condutor deve fazer ao estacionar seu
veículo.
Quanto a “nossa mania” incurável de transitar em
velocidade baixa pelo lado esquerdo, ou pelo meio das avenidas, pode ser muito
bem disciplinado pela divisão da pista, aos moldes da Avenida Nívio Castellano,
demarcando na própria pista a velocidade e as manobras permitidas.
Naturalmente essas são as observações de um leigo no
assunto, mas o bom senso indica que tudo pode ser melhorado sem muito desgaste,
principalmente do poder público para com o cidadão. Um trânsito organizado
facilita a vida de todos, inclusive melhora a saúde do bolso impedindo muitas
vezes pequenos abalroamentos que não aconteceriam se fossemos mais
disciplinados e houvesse uma sinalização mais organizada.
Faixas de segurança
Aos poucos estamos começando a respeitar essa
importante sinalização, tanto os pedestres quanto os motoristas. É importante
que elas sejam sempre bem demarcadas e visíveis e não haja indecisão por parte
dos usuários, notamos que inúmeras vezes ficam o pedestre e o motorista num
“vai não vai”, um perigo quando os dois decidem ir ao mesmo tempo. Mas o
comentário que desejamos fazer é o seguinte: Estávamos na recepção de um hotel
e ouvimos o diálogo entre um nativo e um casal de turistas, dizia o primeiro,
após explicar o local em que os turistas desejavam ir, “tomem cuidado com o
trânsito, principalmente com as faixas de segurança, aqui elas funcionam, a
maior incidência de acidentes são trombadas traseiras, pois o pedestre coloca o
pé na faixa e o veículo para, os distraídos e incrédulos batem na traseira do
carro.”
Turismo: Rota das Araucárias e o
relacionamento com as outras rotas
Praticamente todas as rotas já dispõem de seus mapas
com os pontos de atração bem demarcados, não é o que acontece com a Rota das
Araucárias, o mais surpreendente é que inexiste um relacionamento entre elas.
Outro dia estava em um restaurante rodeado de campos e pinheirais, no município
de Jaquirana. Na entrada um poderoso mapa, indicando tudo o que existe na Rota
dos Campos de Cima da Serra. Surpresa, a rota além de dizer exatamente o local
onde estávamos indicava o seu final em direção oeste, o município de Muitos
Capões e a seguir a cidade de Passo Fundo.
Lagoa Vermelha saiu novamente do mapa. O fato de não
constarmos no mapa foi um dos motivos de ter ocasionado um grande movimento
quando foi criado o primeiro Conselho Municipal de Turismo. Colocar Lagoa
Vermelha no cenário turístico, ao menos no mapa do Rio Grande do Sul. É pertinente
repensar reuniões aos moldes da última realizada no Lagoa Parque Hotel para
tratarmos deste assunto junto a Secretaria
do Turismo, com referência a confecção de um mapa da Rota das Araucárias e um
lugar no mesmo, ou a nossa inclusão na Rota dos Campos de Cima da Serra, o que
ao nosso ver é mais coerente com a nossa realidade. Opinião esta da qual
comunga o hoteleiro Nédio Atolini.
Estudo identifica o uso da Agricultura
de Precisão no Brasil
Para promover políticas públicas que impulsione a
inovação tecnológica pela adoção de Agricultura de Precisão (AP), o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), elaborou um plano de ação que
estabelece as etapas do trabalho a ser desenvolvido. A primeira fase já está em
andamento com o apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e tem a
finalidade de identificar quais indústrias, propriedades agrícolas e serviços
de assistência técnica, utilizam a ferramenta.
O plano de ação propõe entre outras coisas, a criação
de uma linha de apoio para AP, capacitação, difusão e extensão das técnicas,
assim como, aprimorarem os trabalhos que já são realizados pela Conab. Já está
em curso, um levantamento estatístico que avalia o perfil dos agricultores que
utilizam a ferramenta, quantos a emprega, qual área utilizada e quantos
equipamentos são comercializados no país. No Mapa, os dados são organizados
pela Coordenação de Acompanhamento e Promoção da Tecnologia Agropecuária da
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (CAPTA/SDC/Mapa)
sob orientação da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP).
Criada em setembro de 2012, a CBAP tem o objetivo
de difundir e fomentar o conceito e as técnicas da AP. A agricultura de
precisão utiliza equipamentos e máquinas que fazem análise de solo e distribuem
os insumos em taxas variadas. Sensores de rendimento mostram as áreas com
melhor rendimento do solo e orientam para a melhor maneira de plantar.
Aparelhos de GPS mapeiam e ajudam a monitorar a propriedade para adubação e uso
de agroquímicos em quantidade certa para cada local. Isso evita o desperdício
de fertilizantes, otimiza a colheita e proporciona sustentabilidade e
competitividade ao pequeno, médio e grande agronegócio brasileiro.
Segundo o secretário da SDC, Caio Rocha, a meta do
Mapa é difundir pelas lavouras, as técnicas da Agricultura de Precisão.
“Queremos levar esse conhecimento, de forma ampliada e adequada por meio da
tecnologia, até os agricultores para que utilizem, cada vez mais, essas
ferramentas. Está comprovado que o método melhora a gestão da unidade
produtiva, aumentando a competitividade, fazendo uso de técnicas sustentáveis”,
disse. Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Mapa
Para reflexão
Escrevo esta no dia do trabalho, impossível não fazer
referência, embora seja uma data um tanto requentada, será que é justa a
comemoração? Parabéns a nós todos trabalhadores, principalmente aqueles que
trabalharam, aposentaram e continuaram
trabalhando sob o risco de passar necessidades.
A reflexão do dia é do
sábio poeta gaúcho Mário Quintana.
"Somos donos de nossos atos, mas não donos de nossos
sentimentos." Mario Quintana