domingo, 5 de maio de 2013

FOLHA DO NORDESTE - ed. 03.05.2013 - Reflexão sobre o trânsito em geral


LEODÁRIO SCHUSTER
                                                                                  Leodario.schuster@terra.com.br

Organização do trânsito e estacionamento

Por surpreendente que seja inúmeras são as cidades que conseguem disciplinar o trânsito, assim como o estacionamento de veículos, sem a necessidade de onerar os condutores com pagamentos extras. Na última edição da Folha do Nordeste, Luciano Andrade abordou com propriedade e expressou a preocupação de todos nós pelo nosso trânsito e estacionamento de veículos. Notamos que as cidades que adotaram o uso da demarcação dos espaços de estacionamento, pintando o espaço a ele destinado o tamanho  de um veículo, impede pelo bom senso que dois automóveis muitas vezes ocupem o lugar de cinco (fato citado pelo colunista) e corriqueiro em nossa cidade. Também a demarcação de espaços para motos é importante, eis que uma moto, da forma como é estacionada, ocupa o espaço de um automóvel, pela difícil manobra que o condutor deve fazer ao estacionar seu veículo.
Quanto a “nossa mania” incurável de transitar em velocidade baixa pelo lado esquerdo, ou pelo meio das avenidas, pode ser muito bem disciplinado pela divisão da pista, aos moldes da Avenida Nívio Castellano, demarcando na própria pista a velocidade e as manobras permitidas.
Naturalmente essas são as observações de um leigo no assunto, mas o bom senso indica que tudo pode ser melhorado sem muito desgaste, principalmente do poder público para com o cidadão. Um trânsito organizado facilita a vida de todos, inclusive melhora a saúde do bolso impedindo muitas vezes pequenos abalroamentos que não aconteceriam se fossemos mais disciplinados e houvesse uma sinalização mais organizada.

Faixas de segurança

            Aos poucos estamos começando a respeitar essa importante sinalização, tanto os pedestres quanto os motoristas. É importante que elas sejam sempre bem demarcadas e visíveis e não haja indecisão por parte dos usuários, notamos que inúmeras vezes ficam o pedestre e o motorista num “vai não vai”, um perigo quando os dois decidem ir ao mesmo tempo. Mas o comentário que desejamos fazer é o seguinte: Estávamos na recepção de um hotel e ouvimos o diálogo entre um nativo e um casal de turistas, dizia o primeiro, após explicar o local em que os turistas desejavam ir, “tomem cuidado com o trânsito, principalmente com as faixas de segurança, aqui elas funcionam, a maior incidência de acidentes são trombadas traseiras, pois o pedestre coloca o pé na faixa e o veículo para, os distraídos e incrédulos batem na traseira do carro.”

Turismo: Rota das Araucárias e o relacionamento com as outras rotas

            Praticamente todas as rotas já dispõem de seus mapas com os pontos de atração bem demarcados, não é o que acontece com a Rota das Araucárias, o mais surpreendente é que inexiste um relacionamento entre elas. Outro dia estava em um restaurante rodeado de campos e pinheirais, no município de Jaquirana. Na entrada um poderoso mapa, indicando tudo o que existe na Rota dos Campos de Cima da Serra. Surpresa, a rota além de dizer exatamente o local onde estávamos indicava o seu final em direção oeste, o município de Muitos Capões e a seguir a cidade de Passo Fundo.
Lagoa Vermelha saiu novamente do mapa. O fato de não constarmos no mapa foi um dos motivos de ter ocasionado um grande movimento quando foi criado o primeiro Conselho Municipal de Turismo. Colocar Lagoa Vermelha no cenário turístico, ao menos no mapa do Rio Grande do Sul. É pertinente repensar reuniões aos moldes da última realizada no Lagoa Parque Hotel para tratarmos deste  assunto junto a Secretaria do Turismo, com referência a confecção de um mapa da Rota das Araucárias e um lugar no mesmo, ou a nossa inclusão na Rota dos Campos de Cima da Serra, o que ao nosso ver é mais coerente com a nossa realidade. Opinião esta da qual comunga o hoteleiro Nédio Atolini.

Estudo identifica o uso da Agricultura de Precisão no Brasil

Para promover políticas públicas que impulsione a inovação tecnológica pela adoção de Agricultura de Precisão (AP), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), elaborou um plano de ação que estabelece as etapas do trabalho a ser desenvolvido. A primeira fase já está em andamento com o apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e tem a finalidade de identificar quais indústrias, propriedades agrícolas e serviços de assistência técnica, utilizam a ferramenta.
O plano de ação propõe entre outras coisas, a criação de uma linha de apoio para AP, capacitação, difusão e extensão das técnicas, assim como, aprimorarem os trabalhos que já são realizados pela Conab. Já está em curso, um levantamento estatístico que avalia o perfil dos agricultores que utilizam a ferramenta, quantos a emprega, qual área utilizada e quantos equipamentos são comercializados no país. No Mapa, os dados são organizados pela Coordenação de Acompanhamento e Promoção da Tecnologia Agropecuária da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (CAPTA/SDC/Mapa) sob orientação da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP).
Criada em setembro de 2012, a CBAP tem o objetivo de difundir e fomentar o conceito e as técnicas da AP. A agricultura de precisão utiliza equipamentos e máquinas que fazem análise de solo e distribuem os insumos em taxas variadas. Sensores de rendimento mostram as áreas com melhor rendimento do solo e orientam para a melhor maneira de plantar. Aparelhos de GPS mapeiam e ajudam a monitorar a propriedade para adubação e uso de agroquímicos em quantidade certa para cada local. Isso evita o desperdício de fertilizantes, otimiza a colheita e proporciona sustentabilidade e competitividade ao pequeno, médio e grande agronegócio brasileiro.
Segundo o secretário da SDC, Caio Rocha, a meta do Mapa é difundir pelas lavouras, as técnicas da Agricultura de Precisão. “Queremos levar esse conhecimento, de forma ampliada e adequada por meio da tecnologia, até os agricultores para que utilizem, cada vez mais, essas ferramentas. Está comprovado que o método melhora a gestão da unidade produtiva, aumentando a competitividade, fazendo uso de técnicas sustentáveis”, disse. Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Mapa

Para reflexão
            Escrevo esta no dia do trabalho, impossível não fazer referência, embora seja uma data um tanto requentada, será que é justa a comemoração? Parabéns a nós todos trabalhadores, principalmente aqueles que trabalharam,  aposentaram e continuaram trabalhando sob o risco de passar necessidades.
A reflexão do dia é do sábio poeta gaúcho Mário Quintana.

"Somos donos de nossos atos, mas não donos de nossos sentimentos." Mario Quintana