terça-feira, 20 de abril de 2010

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br
A realização dos fóruns entre Índia, Brasil e África do Sul (Ibas) e Brasil, Rússia, Índia e China (Bric), na semana passada, em Brasília, comprovou que o País consegue aplicar uma política de diversificação comercial com outras nações, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Lula, esses países têm muitas semelhanças e os encontros foram "extremamente importantes" porque permitiram que se aperfeiçoasse a relação estratégica. Lula lembrou que os países emergentes foram os primeiros a sair da crise e previu que o Brasil deve encerrar o ano com dois milhões de novos empregos formais.
"Nós estamos querendo cada vez mais desenvolver as nossas economias, cada vez mais gerar empregos, cada vez mais distribuir renda. Isso é muito importante", afirmou, no programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que foi ao ar na segunda-feira. O fruto dessas reuniões acredita o presidente, virão nos próximos meses e anos. "... porque a política internacional é assim. Você planta e demora a começar a colher", afirmou. Essas são as palavras do Presidente, divulgada pela agência Câmara. Maravilha o Presidente ter compreendido que quem planta colhe, foi o que os governantes brasileiros fizeram desde o descobrimento, mesmo no tempo de colônia Dom João VI abriu os portos às nações amigas, na Nova República Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e finalmente em termos de abertura de mercado quem deu o ponta pé inicial foi o Fernando Collor de Melo, ao dar abertura à informática e chamar nossos veículos automotores de carroças, despertando o brio das Multinacionais Automotivas. Um grande caixeiro-viajante foi seu antecessor, embora ele não o reconheça. Mas enfim, não importa o Brasil segue firme. É forte, capaz de agüentar muitos mensalões, sustentar um reinado e seus vassalos, dentre tantas outras coisas que para os comuns mortais mais parecem um miragem em pleno deserto.
Relatório do USDA
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 15,729 milhões de bushels na semana encerrada no dia 15 de abril, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 14,723 milhões de bushels (número revisado). No ano passado, em igual período, o total foi de 21,787 milhões de bushels. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 1. 285,185 milhões de bushels, contra 994,075 milhões de bushels no acumulado do ano-safra anterior.
Quanto às exportações o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou o cancelamento de uma venda, feita por exportadores privados, de 165 mil toneladas de soja para a China. A operação tinha entrega prevista para 2009/10. O USDA também divulgou a venda de 165 mil toneladas para o país asiático, com entrega em 2010/11. Toda operação envolvendo a venda ou cancelamento de volume superior a 100 mil toneladas do grão, feita para o mesmo destino e no mesmo dia tem que ser reportada ao USDA. – fonte Lavras Corretora.
China planeja comprar 7,3% a mais de soja
A China, maior comprador de soja do mundo, deve importar um recorde de 44 milhões de toneladas da oleaginosa em 2009/2010, uma alta de 7,3% contra a temporada anterior, de acordo com previsões do Centro Nacional de Informação de Grãos e Óleos (CNGOIC) do país. As plantas chinesas devem também processar um recorde de 47,5 milhões de toneladas de soja, incluindo a safra doméstica, acrescentou o instituto do governo.
A restrição de Pequim sobre as importações de óleo de soja da Argentina ajudou a elevar a estimativa para aquisições da oleaginosa em dois milhões de toneladas e pode estimular importações de óleo de colza, previu a entidade em relatório nesta quarta-feira.
O centro revisou para baixo as projeções para importação de óleo de soja no ano até setembro de 2010 para 1,8 milhões de toneladas, 500 mil toneladas abaixo da previsão anterior. Já o prognóstico para as importações de óleo foi revisado para cima em 50 mil toneladas, para 450 mil no ano.
Para evitar surpresas durante a visita do presidente da China Hu Jintao ao Brasil, o governo reviu nos últimos dias os processos de inspeção nas cargas de soja exportadas para o mercado chinês. O pente-fino mostrou que os critérios exigidos por Pequim estão sendo cumpridos e que não há problemas nas cargas embarcadas. "O clima das relações comerciais entre Brasil e China é bom. E queremos que continue assim", disse um exportador. Fonte: Diário Comércio, Indústria & Serviços.
Brasil o eterno país dos contrastes e surpresas
No Brasil, agricultura familiar responde por 74% do total das ocupações rurais, essa foi a afirmativa do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, quando esteve reunido na última terça, dia 13, com o ministro de Desenvolvimento Rural da Índia, C.P. Joshi, na primeira das três reuniões bilaterais previstas para acontecer em Nova Delhi. Enquanto isso, a Estância Bahia, de Água Boa (MT), realizou o remate de 31 mil bovinos, sábado passado quando os lotes já estavam na propriedade e foram ofertados por criadores do Araguaia. O pecuarista gaúcho Rui Gessinger, de Unistalda, acompanhou o evento. "Estou impressionado. É um Brasil que eu não conhecia."
Revitalização da Praça Marechal Floriano
Certo dia, na semana passada presenciei o início das obras de remodelação da Praça Marechal Floriano. Com a velocidade de um relâmpago me veio à mente meus tempos de criança, quando as árvores defronte ao Clube Comercial eram ricamente iluminadas com lâmpadas pintadas à mão e figuras de sóis, luas, estrelas, anjos e Papais Noéis de lata eram dependurados formando uma árvore de Natal para encanto da garotada (coisa de criança ou de “idoso” com boa memória e saudosista). Realmente a praça precisa de um remodelamento, principalmente depois que foi desativado o Banheiro Público. Mas, será que aquele pinheiro exótico, se não me engano de origem caucasiana, não poderia ser preservado? Certamente a praça ficará um encanto, não fugindo muito do projeto feito pela UPF, pelo qual o município pagou um bom valor. Ansiosos vamos aguardar, pelo que sabemos ficará muito bonita e compensará o sacrifício de algumas essências florestais que realmente precisavam ser retiradas.
Para reflexão
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br
Normalmente abordamos assuntos pertinentes ao país em geral, o que não é de todo errado, pois é no Brasil que vivemos, trabalhamos, criamos nossos filhos, enfim, o Brasil é nossa pátria amada. No entanto, é bom lembrar que, a cidade que habitamos é nossa árvore, nossa casa nosso ninho. Portanto tudo o que diz respeito a ela é de interesse comum. Nessa vida agitada nem sempre observamos pequenos detalhes, que estão fora do lugar e se arrumados nos farão mais felizes. É com essa vontade que selecionamos alguns itens para tratar. Muito deles estão sendo debatidos no poder Legislativo, talvez fazendo eco a muitos artigos publicados na Folha do Nordeste. Vamos aos fatos: desde o mandato do ex-prefeito Moacir Volpato o assunto sobre a forma como o lixo é estocado e recolhido esteve em pauta e sempre discordamos. Criou-se uma mentalidade de que a cidade não pode ter lixeiras e que os dejetos domésticos devem ser colocados em determinado dia e hora para serem recolhidos pela empresa contratada para essa atividade. Bem, entre minha residência e a de meu vizinho, existe há muitos anos, uma lixeira para ser compartilhada. É uma lixeira simples foi colocada em certa oportunidade em que o Rotary Club fez uma campanha, visando melhorar o visual da cidade. Igual àquelas adotadas por São João da Urtiga. Pois bem, nela é colocado o lixo, bem acondicionado, reciclado, por sinal em sacolas de supermercado, pois elas também servem para isso, não se faz necessário comprar sacos destinados exclusivamente ao lixo. À tardinha, passa um Gari, recolhe todos os sacos, como é feito em toda cidade, amontoa em determinado local, geralmente no meio da rua, para o caminhão recolher. Entre esse intervalo de tempo, os catadores, os cachorros e principalmente as chuvas torrenciais se encarregam de espalhar tudo, ficando uma imagem terrível, além dos problemas naturais decorrentes do acontecido. Vejo que o Legislativo está preocupado com isso. Ponto para eles.
Correios, é lamentável ter que abordar esse assunto, para encaminhar uma carta ou um sedex, enfrentamos uma extensa fila, morosa, para ir ao correio temos que nos preparar psiquiatricamente. Quanto a entrega de correspondências, cartas trocadas de endereço, documentos devidamente endereçados, que ficam na posta restante, enfim, uma empresa que era tida como uma das mais eficientes transformou-se num suplício. Também existem preocupações por parte do Legislativo, mas não estamos vendo nenhum efeito real.
Trânsito, sinalização e velocidade. Assunto já abordado anteriormente, qual a dificuldade de rever a velocidade dos veículos nas vias públicas de Lagoa Vermelha? Qual a dificuldade de humanizar o tráfego de veículos, principalmente nos finais de semana? Todas as Farmácias da cidade ficam no centro, muitas vezes precisamos nos deslocar com um pouco mais de agilidade, mas isso é impossível. Qualquer cidadão tem que acompanhar o cortejo fúnebre. Se existe uma velocidade a ser respeitada a mínima é a metade da máxima. Temos orgulho de Lagoa vermelha ter excelentes clínicas de fisioterapia, no entanto, não raras vezes os automóveis que transportam as pessoas para se submeterem à fisioterapia precisam ficar em fila dupla, pois não raro são os casos em que o paciente necessita de uma cadeira de rodas ou ser amparado por outras pessoas. Qual a dificuldade de existir um espaço destinado ao embarque e desembarque dos pacientes? Apenas boa vontade para tornar a vida mais digna. Quem usa esse tipo de especialidade médica já está estressado emocionalmente. Legisladores olhem para isso.
Calma, ainda tem mais. Lembram quando os trevos de acesso à cidade, na BR 285, eram uns matagais? Pois é! Algumas empresas adotaram os canteiros, gramaram e plantaram flores, com o direito de ter uma pequena placa de publicidade e mostrando aos passantes e visitantes que Lagoa Vermelha está mudando. Pergunto: onde estão às placas de publicidade e porque não podemos mais cultivar nossos canteirinhos de flores?
Para concluir, certamente a sinalização da rodovia BR 285 é de responsabilidade do DENIT. Será que os funcionários encarregados de espalhar as placas indicativas sabem onde fica o Hospital São Paulo? Notem caros leitores que a placa está no trevo do estádio de futebol, quando o mais racional, ao menos penso eu, seria estar no trevo da Rua Protasio Alves que fica a meia dúzia de quadras do Hospital, facilmente encontrável desde que exista uma sinalização adequada como em todas as cidades.
The Economist critica 'Estado forte' defendido por Lula
A revista The Economist critica a postura do governo Lula ao afirmar que o País está "se apaixonando novamente pelo Estado". Na edição que chega às bancas nesta semana, a publicação britânica questiona se o Brasil está aprendendo as lições erradas da recuperação econômica, diante do papel mais forte assumido por empresas estatais após a crise.
A revista destaca declarações da presidenciável Dilma Rousseff sobre o desempenho de instituições como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES após a quebra do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers, que impediu um mergulho da economia brasileira. A publicação reconhece que o País reagiu rápido e a breve recessão de 2009 foi como um "pulo no trampolim", já que a previsão é de crescimento de 6% neste ano.
Para a The Economist, as afirmações de Dilma podem ser vistas como retórica pré-eleitoral, para obter votos dos membros do Partido dos Trabalhadores. "Durante muito tempo, o PT acreditou em um socialismo fora de moda. Foi somente depois de seu fundador, Luiz Inácio Lula da Silva, ter descartado isso que ele foi eleito presidente, após a quarta tentativa, em 2002", diz a publicação.
Apesar do discurso de Dilma, a revista não acredita em mudanças no atual balanço entre os setores público e privado no Brasil, já que o Estado não tem recursos suficientes para construir estradas, rodovias e aeroportos. "Mas há muita evidência de que Lula, que muitos esperam continue no poder atrás do trono, se Rousseff ganhar, acredita que um maior papel para o Estado pode ser bom para o Brasil", escreve.
Conforme a The Economist, Lula criou oito novas estatais, lançou recentemente uma proposta para reviver a Telebrás, "o defunto do monopólio estatal de telecomunicações", e anunciou que a Eletrobrás deve ser ampliada para se tornar a "Petrobras do setor elétrico". Além disso, a Petrobras ampliou a presença na petroquímica Braskem e o BNDES e fundos de pensão de estatais aumentaram as participações em diversas empresas privadas.
A revista reconhece que foi útil o papel de instituições como o Banco do Brasil quando o crédito secou, no fim de 2008. Mas avalia que os bancos privados também passaram bem pela crise, sem a necessidade de resgate pelo governo.
Para a publicação, a pressão para reinventar estatal "também ignora o sucesso da privatização". A Petrobras só se tornou líder em exploração em alto-mar depois que dois quintos (2/5) de suas ações foram listadas em Bolsa, acredita a The Economist. Além disso, avalia, a Vale passou de um conglomerado de tamanho médio para uma das maiores mineradoras do mundo após a sua venda para o setor privado.
Abordo o artigo publicado na revista por entender ser importante para nossas reflexões sobre o Estado que queremos. Aliás, devemos urgentemente rever o pacto Federativo, esse está velho e mofado, assim como a forma de Federação.
Para reflexão
"A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes", Adam Smith