LEODÁRIO SCHUSTER
Câmeras de vídeo em Lagoa Vermelha
Como não compareci à audiência
pública sobre a instalação de câmeras na cidade, meu conhecimento do que foi
tratado na reunião tem o embasamento do que foi publicado na imprensa. Em tese
não devemos ser contra esse tipo de procedimento, pois é uma das boas
ferramentas que existem para inibir a criminalidade, monitorar o trânsito
dentre outras finalidades. Porém cabem algumas ponderações, indagações e
exposições de dúvidas.
Nossa cidade não tem um centro
comercial, financeiro e de serviços agrupado o que dificulta a implantação do
sistema. E qual o índice de assaltos às lojas? Pedestres? Existem punguistas?
Batedores de carteiras que agem em locais pré-determinados? Nada disso consta
nos registros. Tais fatos ocorrem esporadicamente e nos mais diversos locais,
portanto câmeras públicas terão pouca eficácia, por não cobrirem todos os
locais.
As dúvidas existentes: quem e o que
queremos proteger? O maior risco que enfrentamos é a chegada em casa, ao
recolher o carro na garagem e é quando acontece a grande maioria dos assaltos e
invasões a residências. Isso está fora do alcance de qualquer monitoramento
público.
Portanto, não existem reais motivos
para um investimento da monta que foi noticiado para a proteção do nada, a não
ser para monitorar alguns casais namorando e pequenos abalroamentos entre
veículos, pichações e depredação do patrimônio público. Certamente não é esse o fundamento da ação. Caso
contrário cada empresa vai desejar uma câmera para sua proteção, então serão
centenas, algo completamente impraticável.
Certamente os órgãos de Inteligência
da segurança pública podem apresentar outra forma de proteger a cidade com
maior eficácia e menos complicada. Sim, pois o videomonitoramento pode ser
glamoroso, mas dada a geografia da cidade difícil de ser posto em prática.
Amado Batista afirma ter sido torturado
pela Ditadura porque "mereceu"
Interessante a entrevista concedida pelo cantor Amado
Batista com a entrevistadora Marília Gabriela. Como não houve grande
divulgação, talvez por não interessar ao poder momentâneo, vamos transcrevê-la,
até por que tais fatos têm tomado corpo nas mídias sociais.
Em entrevista ao programa De Frente com Gabi, do SBT,
que foi ao ar na madrugada de segunda (27), o cantor Amado Batista revelou ter
sido torturado durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), mas disse não
se sentir vítima do Estado e comparou seus torturadores a “uma mãe que corrige
um filho”.
Batista contou à jornalista Marília Gabriela que
antes de se tornar músico profissional, quando tinha entre 18 e 19 anos,
trabalhava em uma livraria. O emprego facilitou o acesso de intelectuais a
livros considerados subversivos na época.
O artista disse também ter aceitado enviar somas de
dinheiro a um professor universitário do Maranhão. Mais tarde, Batista
descobriu que o professor estava envolvido em ações clandestinas de grupos
esquerdistas.
De acordo com o cantor, quando os militares
investigaram seus clientes na livraria, acabaram chegando até ele. Batista foi
preso por dois meses e torturado. “Me bateram muito. Me deram choques
elétricos”, disse.
“Um dia me soltaram. Fiquei tão atordoado. Queria
largar tudo, virar andarilho.”
Questionado se teria vontade de confrontar seus
torturadores, o cantor foi enfático. “Não. Eu acho que mereci. Acho que eu
estava errado por estar contra o governo e ter acobertado pessoas que queriam
tomar o país à força”.
O músico revelou, ainda, ter sido procurado pela
Comissão da Verdade, que investiga violações de direitos humanos praticados
durante a ditadura. Batista recebe uma indenização do governo. “Recebo um
salário de cerca de R$1 mil, mas acho desnecessário.” Fonte: Folhapress
Que homem estranho esse
quando tantos outros acham que aquele era o momento de “comunisar” o país única
forma de alcançar o progresso.
Agricultura
empresarial se aproxima de R$ 100 bi em financiamentos
Os financiamentos obtidos
pela agricultura empresarial entre julho de 2012 e abril deste ano somaram R$
96 bilhões, alta de 30% sobre os R$ 73,9 bilhões obtidos no mesmo período da
safra anterior. Os números do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13 foram
divulgados nesta segunda-feira, 27 de maio, pelo Departamento de Economia
Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o secretário
de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, a perspectiva é que os R$ 115,25
bilhões disponibilizados para a safra atual sejam contratados. “O Governo
espera um volume histórico de empréstimos com base na confiança do produtor
rural. O agronegócio tem perspectivas de ganhos recordes este ano e o reflexo
está no volume de financiamentos, especialmente nas modalidades de
investimento”, explicou.
Destaque desde o início da
safra, os empréstimos para investimento aumentaram 88,5% em relação à temporada
2011/12. O crédito liberado para custeio e comercialização também apresentou
alta expressiva no período, de 81,6%.
Os programas de Sustentação
de Investimento (PSI-BK) e o Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural
(Pronamp) seguem como os principais em volume de liberação de crédito. O
primeiro alcançou R$ 9,4 bilhões, ultrapassando em 56,6% os recursos previstos
para a safra atual. Já o Pronamp somou R$ 8,9 bilhões no período.
Pelo Programa Agricultura
de Baixa Emissão de Carbono (ABC), restam R$ 800 milhões dos R$ 3,4 bilhões
disponibilizados na safra 2012/13. Esse é o maior volume já contratado para o
financiamento de técnicas sustentáveis na agricultura e representa alta de 202%
sobre os mesmos meses da temporada anterior.
A avaliação atualizada
mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de
Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política
Agrícola Fonte: (SPA/Mapa).
Para
reflexão
"A
adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis,
teriam ficado adormecidas." Horácio