terça-feira, 28 de maio de 2013

FOLHA DO NORDESTE ed 31.05.2013 - Câmeras de Vídeo em Lagoa Vermelha e entrevista Amado Batista à Gabi

LEODÁRIO SCHUSTER
                                                                                  Leodario.schuster@terra.com.br

Câmeras de vídeo em Lagoa Vermelha

            Como não compareci à audiência pública sobre a instalação de câmeras na cidade, meu conhecimento do que foi tratado na reunião tem o embasamento do que foi publicado na imprensa. Em tese não devemos ser contra esse tipo de procedimento, pois é uma das boas ferramentas que existem para inibir a criminalidade, monitorar o trânsito dentre outras finalidades. Porém cabem algumas ponderações, indagações e exposições de dúvidas.
            Nossa cidade não tem um centro comercial, financeiro e de serviços agrupado o que dificulta a implantação do sistema. E qual o índice de assaltos às lojas? Pedestres? Existem punguistas? Batedores de carteiras que agem em locais pré-determinados? Nada disso consta nos registros. Tais fatos ocorrem esporadicamente e nos mais diversos locais, portanto câmeras públicas terão pouca eficácia, por não cobrirem todos os locais.
            As dúvidas existentes: quem e o que queremos proteger? O maior risco que enfrentamos é a chegada em casa, ao recolher o carro na garagem e é quando acontece a grande maioria dos assaltos e invasões a residências. Isso está fora do alcance de qualquer monitoramento público.
            Portanto, não existem reais motivos para um investimento da monta que foi noticiado para a proteção do nada, a não ser para monitorar alguns casais namorando e pequenos abalroamentos entre veículos, pichações e depredação do patrimônio público.  Certamente não é esse o fundamento da ação. Caso contrário cada empresa vai desejar uma câmera para sua proteção, então serão centenas, algo completamente impraticável.
            Certamente os órgãos de Inteligência da segurança pública podem apresentar outra forma de proteger a cidade com maior eficácia e menos complicada. Sim, pois o videomonitoramento pode ser glamoroso, mas dada a geografia da cidade difícil de ser posto em prática.
Amado Batista afirma ter sido torturado pela Ditadura porque "mereceu"

            Interessante a entrevista concedida pelo cantor Amado Batista com a entrevistadora Marília Gabriela. Como não houve grande divulgação, talvez por não interessar ao poder momentâneo, vamos transcrevê-la, até por que tais fatos têm tomado corpo nas mídias sociais.
Em entrevista ao programa De Frente com Gabi, do SBT, que foi ao ar na madrugada de segunda (27), o cantor Amado Batista revelou ter sido torturado durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), mas disse não se sentir vítima do Estado e comparou seus torturadores a “uma mãe que corrige um filho”.
Batista contou à jornalista Marília Gabriela que antes de se tornar músico profissional, quando tinha entre 18 e 19 anos, trabalhava em uma livraria. O emprego facilitou o acesso de intelectuais a livros considerados subversivos na época.
O artista disse também ter aceitado enviar somas de dinheiro a um professor universitário do Maranhão. Mais tarde, Batista descobriu que o professor estava envolvido em ações clandestinas de grupos esquerdistas.
De acordo com o cantor, quando os militares investigaram seus clientes na livraria, acabaram chegando até ele. Batista foi preso por dois meses e torturado. “Me bateram muito. Me deram choques elétricos”, disse.
“Um dia me soltaram. Fiquei tão atordoado. Queria largar tudo, virar andarilho.”
Questionado se teria vontade de confrontar seus torturadores, o cantor foi enfático. “Não. Eu acho que mereci. Acho que eu estava errado por estar contra o governo e ter acobertado pessoas que queriam tomar o país à força”.
O músico revelou, ainda, ter sido procurado pela Comissão da Verdade, que investiga violações de direitos humanos praticados durante a ditadura. Batista recebe uma indenização do governo. “Recebo um salário de cerca de R$1 mil, mas acho desnecessário.” Fonte: Folhapress
Que homem estranho esse quando tantos outros acham que aquele era o momento de “comunisar” o país única forma de alcançar o progresso.

Agricultura empresarial se aproxima de R$ 100 bi em financiamentos

Os financiamentos obtidos pela agricultura empresarial entre julho de 2012 e abril deste ano somaram R$ 96 bilhões, alta de 30% sobre os R$ 73,9 bilhões obtidos no mesmo período da safra anterior. Os números do Plano Agrícola e Pecuário 2012/13 foram divulgados nesta segunda-feira, 27 de maio, pelo Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, a perspectiva é que os R$ 115,25 bilhões disponibilizados para a safra atual sejam contratados. “O Governo espera um volume histórico de empréstimos com base na confiança do produtor rural. O agronegócio tem perspectivas de ganhos recordes este ano e o reflexo está no volume de financiamentos, especialmente nas modalidades de investimento”, explicou.
Destaque desde o início da safra, os empréstimos para investimento aumentaram 88,5% em relação à temporada 2011/12. O crédito liberado para custeio e comercialização também apresentou alta expressiva no período, de 81,6%.
Os programas de Sustentação de Investimento (PSI-BK) e o Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) seguem como os principais em volume de liberação de crédito. O primeiro alcançou R$ 9,4 bilhões, ultrapassando em 56,6% os recursos previstos para a safra atual. Já o Pronamp somou R$ 8,9 bilhões no período.
Pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), restam R$ 800 milhões dos R$ 3,4 bilhões disponibilizados na safra 2012/13. Esse é o maior volume já contratado para o financiamento de técnicas sustentáveis na agricultura e representa alta de 202% sobre os mesmos meses da temporada anterior.
A avaliação atualizada mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola Fonte: (SPA/Mapa).

Para reflexão


"A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas." Horácio