segunda-feira, 30 de março de 2009

JANTAR DIA INTERNACIONAL DA MULHER

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br


De onde surge o dinheiro? Os EUA lançam plano de até US$ 1 trilhão para ajudar bancos. A Agência de notícias BBC noticiou na segunda-feira passada que o Governo dos Estados Unidos conseguiu aprovar um plano de compra de ativos tóxicos (podres) de bancos que pode movimentar até U$S um trilhão. O projeto foi batizado de “Programa de Parceria de Investimentos Público-Privado” e visa estimular investidores a adquirir os ativos, retirando-os do balanço dos bancos. O plano oferece subsídios na forma de empréstimos a juros baixos para investidores privados a fim de incentivá-los a comprar hipotecas de mutuários em vias de inadimplência. Sabe-se que os bancos centrais europeus também injetaram somas fantásticas nas instituições financeiras, reduziram os juros, assim como o Brasil também vem fazendo. Mas o dinheiro, esse trilhão de onde surgiu? Será que voltamos a viver o fantasma das quintas-feiras, quando um guru financeiro dizia, meu Deus vamos quebrar! E tudo despencava. Mas um trilhão de dólares será que o Departamento do Tesouro americano tem disponível? Ou serão mais dólares virtuais a circularem no mercado numa enganação globalizada. E as montadoras de automóveis, inexplicavelmente de um momento para outro foram à bancarrota. Simplesmente anunciam: - Se não houver empréstimo a fundo perdido, estamos perdidos!
Talvez o tempo nos dê notícias de onde veio e para onde foi o dinheiro.
A reação das commodities agrícolas
Até o momento as principais commodities agrícolas, soja e trigo tem apresentado um bom suporte, tanto de preços como de prêmios, os analistas tem vinculado a movimentação do petróleo nas bolsas e aos movimentos na Argentina, onde cresce a tensão e o mal-estar nas rodovias argentinas. No terceiro dia de lockaute agropecuário o país começou com enfrentamentos, pancadarias e empurrões entre produtores rurais e caminhoneiros. Nos primeiros três dias, os produtores realizaram bloqueios intermitentes que produziram longas e demoradas filas de automóveis e caminhões. Depois de algumas horas, o trânsito foi liberado. Na manhã de terça-feira, na rodovia 14, também chamada de rodovia do Mercosul, a 240 quilômetros de Buenos Aires, a situação se complicou ainda mais com a forte reação nos transportadores de cargas.
Exportação brasileira de manufaturados cai 34%
A crise de crédito e de consumo derrubou as exportações dos manufaturados brasileiros. As vendas externas desses produtos encerraram o primeiro bimestre com a maior queda em 20 anos, aponta a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Em janeiro e fevereiro, a receita de exportação de manufaturados recuou 34% na comparação com o mesmo período de 2008. A última queda anual ocorreu em 1999 e foi de 7%. Da perda de US$ 6,6 bilhões nas exportações no primeiro bimestre de 2009 na comparação anual, quase 70% provêm dos manufaturados. Já os produtos básicos tiveram retração de 9,7% no bimestre. "O quadro é preocupante", diz o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro. Ele destaca que os manufaturados tem forte efeito multiplicador no emprego e na renda. Até os anos 90, a cada US$ 1 bilhão de manufaturados exportados eram gerados 50 mil empregos. Nos básicos, esse número não passava de 20 mil. O nível das exportações continua abaixo da média de 2008. No primeiro bimestre, os manufaturados que apresentaram maiores quedas de exportação foram automóveis, com US$ 345,6 milhões; máquinas (US$ 192 milhões); bombas e compressores (US$ 163,6 milhões); aviões (US$ 119,9 milhões) e celulares (U$ 105,6 milhões), mostra o levantamento do economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro. Ele observa que, se fosse pelo câmbio que se desvalorizou 20,8% nos últimos seis meses, a exportação de manufaturados deveria subir: "O tipo de crise que estamos vivendo baseada na falta de crédito, tende a afetar investimentos e bens de consumo". Fonte: Agência Estado.
Perdigão nega fusão e Sadia vende R$ 1,5 bi em ativos para saldar dívida
Alguns órgãos de divulgação já apontam como certa a fusão da Perdigão com a Sadia, no entanto a Agência Estado divulgou a seguinte notícia: Os resultados da Perdigão em 2008 apontam uma retração de 83% no lucro líquido da empresa, de R$ 321 milhões em 2007, para os atuais R$ 54,4 milhões. Esse desempenho não tirou o otimismo de Leopoldo Viriato Saboya, diretor financeiro e relações com investidores da companhia, que destacou o aumento de 69% no faturamento, para R$ 13,2 bilhões, e negou veementemente qualquer tipo de fusão e aquisição com a concorrente Sadia e a cooperativa Aurora. "Este será um ano muito complicado e qualquer decisão desse porte é difícil de ser tomada", disse. Ele afirmou ainda que tudo o que está sendo divulgado sobre o assunto trata-se de especulação e que não há nenhum tipo de negociação. Saboya divulgou o caixa da companhia, da ordem de R$ 1,9 bilhão, destacando que seria maior que a dívida de curto prazo, de R$ 1,6 bilhão. A dívida total é de R$ 5,3 bilhões. Enquanto isso, durante inauguração da primeira planta da Sadia no Nordeste, Luiz Fernando Furlan, presidente da empresa, disse estudar a venda de ativos não operacionais para levantar recursos de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões para ajudar a saldar dívidas. José Antonio do Prado Fay, presidente da Perdigão, informou que até a próxima sexta-feira será retomado o abate de suínos no complexo agroindustrial de Rio Verde, em Goiás. No último sábado, a planta, que tem a maior capacidade de abate de suínos da empresa, foi atingida por um incêndio. Para manter o abastecimento Fay afirmou que as unidades de Mineiros, em Goiás, e Capinzal, em Santa Catarina, que estão operando com capacidade ociosa, irão ajudar no fornecimento. A planta de Jataí, em Goiás, deverá operar aos domingos. Apontada como futura fusão ou aquisição da Perdigão, a Sadia inaugurou uma unidade no Município de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Com investimentos da ordem de R$ 300 milhões na fábrica que irá processar embutidos, a empresa espera obter uma receita adicional da ordem de R$ 390 milhões por ano. O projeto prevê a criação 1,5 mil empregos e uma capacidade de produção de 147 mil toneladas ao ano. A planta é a primeira fábrica da empresa a ser instalada no Nordeste. "Estamos dando um passo muito importante ao instalar essa nova fábrica em uma região de extrema importância para os nossos negócios", afirma Furlan. Ao comentar a possível fusão das gigantes, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que não tem informações de como a Sadia tentará sua recuperação. É salutar aos produtores a permanência das duas empresas no mercado. A concorrência sempre foi uma grande aliada do desenvolvimento do setor primário. Esperamos que não haja mudanças e a notícia se confirme.
Senado Federal
Cada dia uma nova notícia bombástica. Alguém seria capaz de explicar aos brasileiros o real custo da Câmara Alta? E qual a sua utilidade?
Para reflexão
"Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito." Cardeal de Retz•.