terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Para Febraban, estudo da Fiesp sobre spread é absurdo

Para Febraban, estudo da Fiesp sobre spread é absurdo

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) contesta projeções de estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, segundo o qual o custo do spread bancário, a ser pago em dois anos, chegou a R$ 261,7 bilhões entre agosto de 2008 e setembro de 2009. "Desconheço a metodologia de cálculo, mas posso afirmar que esses números estão errados, são um absurdo", declara o economista chefe da Febraban, Rubens Sardenberg.
O economista argumenta que o total das receitas de crédito do sistema financeiro no período de 12 meses terminado em outubro foi de R$ 242, 2 bilhões e o lucro dos bancos, de R$ 42,8 bilhões. "É absolutamente impossível que apenas o spread seja de R$ 261 bilhões. Claramente, esse número está superavaliado."
Sardenberg admite que o spread bruto é alto no País, por causa de uma série de ineficiências da economia brasileira. "Nós temos tributação sobre intermediação financeira, que diminuiu, mas muito pouco. O Brasil tem uma inadimplência mais alta, ao contrário do que diz a Fiesp, e os custos associados também são muito altos."
Para ele, o spread líquido, resíduo final que fica com os bancos, não é tão alto em relação a outros países, como diz a Fiesp. "Quando se fala que o spread aqui é dez vezes mais alto, o que está implícito é que os bancos ficam com 10 vezes mais do que ficam em outros lugares. Não ficam. Se fosse assim, os outros bancos viriam para o Brasil".
Para ele, o que a Fiesp apresentou foi um número superestimado para causar impacto. "Eu não sei, mas imaginar que só a diferença do spread é igual a quase a metade do investimento, não faz sentido. Nem dizer que a diferença do spread equivale a 12% do consumo das famílias. Não faz sentido, é mais propaganda, não um estudo para discutir seriamente o problema." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OPERÁRIO

Interessante, depois de escrita coluna para a Folha do Nordeste comecei a refletir. Operário, palavra que desapareceu de nosso vocabulário. Só restou nos "Circulos Operários de cada cidade"

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br


O que eu penso
Quando chegamos ao final de mais um ano em que vivemos intensamente nossas atividades profissionais, sociais e familiares é importante que façamos uma pausa para reflexão. Todo o trabalhador (aqui me refiro a qualquer espécie de trabalhador: empresários, políticos, servidores e operários), se sente bem recompensado por aquilo que faz, desempenhando o seu papel dentro comunidade em que está inserido. Os computadores com a tecnologia mais recente e todos os ativos de um País, de uma empresa ou simplesmente de um trabalhador rural ou urbano, se tornam inúteis na falta que faz a todos um único elemento: o indivíduo.
A economia global em que vivemos é dividida em duas forças opostas. As empresas tecnologicamente mais avançadas com uma evolução nunca antes imaginada, com capacidade de competir nos mercados onde ninguém tinha chegado, conseguindo um crescimento, que há bem pouco tempo não podia sequer sonhar. Outros ainda não encontraram o caminho certo para atuar na era contemporânea. Por trás do velho negócio entre empregador e empregado, estado e servidor há a barganha implícita de um emprego garantido e uma aposentadoria segura em troca de lealdade e de um bom desempenho no trabalho ano após ano. Esse é o pensamento da maioria dos trabalhadores e empresários. Porém o político, o governante esquece que o melhor ativo que o Estado possui é o indivíduo. O brasileiro não é um povo indolente, nunca foi e nunca será. A força trabalhadora sempre suplantará o assistencialismo hipócrita. O que está acontecendo nos últimos tempos é o descaso para com aqueles que construíram o país e hoje deveriam ser recompensados e não massacrados. Dos cofres da previdência inúmeras foram as obras construídas. Talvez deles saia a bolsa cultura ou qualquer outro mirabolante invento, mas impossível restar algum valor a fim de repor as perdas exorbitantes que os “jubilados” tiveram, o que também acontece com referência aos educadores e aos servidores da segurança pública. Nenhum computador, por mais avançado que seja terá a capacidade de substituir o comando do ser humano. Quanto a nós, qual será o melhor ativo? É fácil responder: A família e os amigos. Quem souber cultivar e multiplicar o amor por tais ativos é um ser feliz. Assim, as partes mais sutis do capital humano estão se tornando elementos chave na estratégia de desenvolvimento da humanidade.
Fiesp: spread bancário custa R$ 261 bi aos brasileiros
Agencia Estado - Em 12 meses de crise financeira global, o chamado spread bancário custou R$ 261,7 bilhões às empresas e consumidores brasileiros, cujo pagamento deve ser feito ao longo de dois anos. Se a diferença entre a taxa de juros cobrada por bancos e financeiras e a taxa que eles pagam para captar recursos (spread) seguisse os padrões internacionais, esse custo cairia para R$ 71,5 bilhões, o que representa uma redução de R$ 190,2 bilhões.
As informações são de um estudo inédito feito por José Ricardo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Feito com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o trabalho mostra que o spread médio brasileiro é o maior em um grupo de 40 países cujas metodologias de cálculo dos juros se assemelham à adotada pelo Banco Central do Brasil (média ponderada).
Em agosto, o spread médio cobrado no País era de 26,77 pontos porcentuais, enquanto no Chile estava em 6,04 pontos e na Itália, em 4,39 pontos. O custo mais baixo foi apurado no Japão, onde o spread representava apenas 1,28 ponto porcentual. "Confirmamos o que já é um consenso: o spread brasileiro é uma aberração", afirma Roriz Coelho.
De acordo com ele, mais preocupante que isso é o "gigantesco custo" que o spread representa para os brasileiros. Supondo que todo o crédito concedido no período analisado (entre agosto de 2008 e setembro de 2009) fosse pré-fixado, o trabalho indica que a diferença entre o spread do Brasil e o da média dos cinco países da amostra que constam no Índice Fiesp de Competitividade das Nações (Chile, Itália, Japão, Malásia e Noruega) representa um custo adicional ao País de R$ 227 bilhões. "Isso equivale a 42,6% de tudo o que é investido no Brasil em formação bruta de capital fixo e a 12,3% do consumo das famílias", diz o diretor da Fiesp.
Nesse período, de acordo com o trabalho, os brasileiros pagaram spread médio de 28,4 pontos porcentuais, oito vezes mais alto que o valor cobrado nos cinco países que constam do índice de competitividade da Fiesp, cujo spread médio no período foi de 3,5 pontos porcentuais. Entre todos os 40 países pesquisados, essa média ficou em 7,3 pontos porcentuais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Inicia a colheita de soja
Em janeiro o Estado do Mato Grosso iniciará a colheita da soja plantada em setembro. A expectativa é de uma média de 58 sacos por hectare. Como o clima não está confiável, o receio dos agricultores é a continuidade das chuvas na época da colheita, com boa produtividade, falta de espaço para armazenagem e rodovias ruins, será uma corrida contra o tempo.
Concluído o plantio de soja no Rio Grande do Sul
Num Brasil continental, nosso Estado terminou o plantio de soja após a colheita da safra de inverno. A corrida era para concluir tudo antes do Natal, as chuvas do final de primavera e início do verão estavam dificultando as duas atividades. Agora é esperar que a continuidade de precipitações seja abundante, pois as culturas de soja e milho necessitam de uma certa regularidade de chuvas.
Para reflexão
Aos leitores da “folha do Nordeste” desejamos um feliz ano novo, pleno de realizações, amor e saúde.
"A educação é admirável, mas lembre-se que qualquer coisa que realmente vale a pena conhecer pode ser ensinado. Temos de aprender a aprender".
Oscar Wilde.
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

ZERO HORA

OPINIÃO DO LEITOR EDIÇÃO 16 DE DEZEMBRO DE 2009
Direito dos professores
Ao ler a matéria “Cpers programa greve e tumultua fim do ano letivo” (ZH de 11 de dezembro), meu coração quase parou. Afinal, quem está fazendo o tumulto? Os professores, que estão lutando para manter um plano de carreira, ou o governo, que teima em tratar aqueles que educam nossos filhos como se eles estivessem fazendo um favor para a sociedade ao perder seus direitos?

A reportagem diz que as famílias dos alunos estão indignadas, apreensivas, mas e as famílias dos professores? Eles podem perder seus direitos desde que os alunos não percam suas preciosas férias? Já tiraram dos professores o direito à greve, descontando dos mesmos os dias parados e depois os obrigando a repor esses dias. Agora, querem desestruturar o plano de carreira. Qual será a próxima atitude? Tornar o magistério um cargo obrigatório e sem remuneração?

Aline Andrades Zen da Silva

Engenheira – Caarapó (MS)

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER leodario.schuster@terra.com.br
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Dezembro de 1980 será que o sonho realmente acabou...
Em abril de 1970 o mundo foi abalado por uma notícia espantosa. Paul McCarteney lançava seu primeiro disco solo e dava uma entrevista anunciando que a banda dos Beatles não mais existia. Eles que provocaram uma revolução, marcando gerações no mundo todo, coisa que não se repetiu mais. É natural que outros também fizeram suas histórias, como Roberto Carlos e a jovem guarda, ou Carlos Gardel, Vicente Celestino e tantos outros... a velha guarda. Mas a popularidade dos Beatles superou todos os artistas, todas as bandas do século XX. Muitos são os que afirmam terem sido eles os responsáveis por criar a música pop e sua história. Marcaram uma geração, não só com a música, mas influenciaram no modo de vestir, no corte de cabelo, na forma de comportamento dos jovens. Venderam mais de 1,5 bilhões de álbuns no mundo todo. Naquele tempo não existiam CDs, portanto a pirataria inexistia e as gravadoras tinham influência enorme no lançamento dos artistas. Eles superaram tudo e todos. Mesmo separados continuaram a influenciar o coração dos jovens, nutrindo uma tênue esperança de que um dia voltariam a se reunir. Esperança que foi apagada na noite de 08 de dezembro de 1980, quando “John Winston Lennon” voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, no edifício Dakota, em frente ao Central Park, quando foi abordado por um rapaz, que se dizendo ser seu fã atirou com um revólver 38 e comoveu o mundo. O sonho acabou? Não, a humanidade ainda persegue sua mensagem de paz e amor. Qual o motivo dessa reminiscência? O Natal está próximo e a humanidade esperançosa de que a década que está encerrando fique lembrada apenas pelas coisas boas. Que as guerras sejam eliminadas, que os povos se encontrem e a fome seja apenas uma lembrança do passado, que não existam mais comparações de que alguém ou alguns sejam mais conhecidos do que Jesus Cristo, pois Ele, Jesus nasce em nossos corações todos os anos. E sua mensagem de “paz e amor” jamais será esquecida. Não vamos esquecer de convidar o aniversariante para a Ceia de Natal.
Agricultor e consumidor devem virar produtores de água
A opinião é de Henrique Marinho Leite Chaves, professor da Universidade de Brasília (UnB) e consultor da área ambiental, que falou sobre produtores de água durante um seminário sobre o assunto promovido pela ONG MAE. ‘‘A sociedade toda se beneficia. O uso de tecnologias apropriadas possibilitou a redução de 50% da erosão nos últimos 25 anos’’, afirma. Talvez o professor esteja se referindo ao macro uso da tecnologia. Fala-se muito no desmatamento da Amazônia, como se isso fosse o fim da humanidade. Numa rápida retrospectiva, em Lagoa Vermelha e municípios circunvizinhos quantos hectares de banhados foram drenados? Qualquer um que tenha passado pelos bancos escolares ou observado um pouco a natureza tem o conhecimento de que banhados são verdadeiros laboratórios de vida. Quantos morros foram desmatados e rebaixados, quantos capões de mato desapareceram da noite para o dia? Eles são importantes pontos de captação de água para abastecer o subsolo. E quanto às cidades? Lagoa Vermelha é um divisor de águas, alguns córregos e rios são afluentes do Rio das Antas, que abastece a bacia do Guaíba. No entanto a maior parte das águas do município corre para a bacia da Prata, banhando inúmeras cidades. Como as águas pluviais e servidas correm livremente sem nenhum tratamento. Somos os primeiros a mandar os dejetos diretos a Bacia da Prata. Algo a ser resolvido por todos, urgentemente!
Servidores públicos, professores e militares
Inúmeras foram às vezes que nos reportamos a essas classes de profissionais. Os professores nos proporcionam cultura e compartilham conhecimento, os policiais militares a segurança. No contexto de prioridades que esses importantes profissionais exercem para a sobrevivência e progresso da humanidade o Estado não demonstra reconhecimento. Grande parte da população critica suas reivindicações e não parou para pensar: Já que eles incomodam tanto, por quererem ter uma vida digna, não mais ter que fazer bicos, vender produtos de porta em porta, fazer pães e biscoitos, pintar casas, servir de seguranças, que tal extinguir as categorias? Que o governante do dia mande um projeto aos nobres deputados simplesmente extinguindo as categorias de servidores policiais e dos “intransigentes” professores. Então os(as) professores(as) vão engrossar as fileiras dos sem carteira assinada, vendendo toda espécie de bugigangas paraguaias e os policiais, também sem carteira assinada poderão dedicar todo o tempo para fazer bicos. Ao executivo não mais será necessário passar noites e mais noites fazendo projetos mirabolantes para encaminhar à Assembléia, fazer lobby junto à oposição para convencê-los de que para o progresso do Estado tudo tem que ser refeito principalmente prometer, que num Estado deficitário, se houver superávit daremos uma bonificação e que as licenças serão para aperfeiçoamento profissional. Pergunto para que aperfeiçoamento profissional? Normalmente um profissional busca o saber não só pelo prazer de ter mais conhecimento, mas para ver sua dedicação recompensada pelo vil metal. Assim voltaremos aos tempos do Império, quem quiser educar seus filhos, mande-os para a Europa, ou contrate um professor particular, (se ainda existir). Cabe lembrar que o Presidente Luizinho estabeleceu um piso para o magistério que foi contestado judicialmente pelo Governo do Rio Grande do Sul e mais dois estados da federação. Qual será o milagre proposto pela governadora? Um é piso salarial o outro é enganação, no jogo de poker isso se chama passar um “cachorro”.
Reserva legal: decreto altera prazo para averbação
Síntese do informativo do Deputado Luis Carlos Heinze: foi publicado no Diário Oficial da União, desta sexta-feira (11), o decreto 7029 que prorroga para 11 de junho de 2011, o prazo para averbação da reserva legal. A norma também criou o Programa Federal de Apoio à Regularização Ambiental de Imóveis Rurais, denominado “Programa Mais Ambiente”, e suspendeu a cobrança de algumas multas decorrentes do uso de áreas de preservação permanente ou de reserva legal. Heinze (PP/RS) acredita que a extensão da data para registro das áreas contribuirá para os debates e negociações a fim de ajustar o Código Florestal, mas ressalta que ainda há outros 153 artigos no decreto 6.514 que estão em vigor. “Tira a pressão, mas a palavra de ordem neste momento é mobilização. Precisamos continuar vigilantes e cobrar mudanças nas regras para permitir a continuidade da atividade rural”, destaca o parlamentar.
“Folha do Nordeste” confraternização
No último final de semana aconteceu o tradicional encontro de confraternização dos colunistas e funcionários da Folha do Nordeste. Foi um evento de harmonia, descontração e camaradagem. Agradecemos e nos orgulhamos em participar com pessoas tão vibrantes e altruístas. No evento cumprimentamos e agradecemos ao Cláudio Júnior Damin o convite para nos fazer presentes no momento em que defendeu a tese de mestrado Democracia e Poderes Emergenciais: O Caso da Guerra Contra o Terrorismo nos Estados Unidos. Foi aprovado com louvor sem nenhuma contestação. Parabéns Cláudio você merece!
Para reflexão
"O valor das coisas não está no tempo em que duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." Fernando Pessoa

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br
O uso do celular poderá sair mais caro
Para aqueles que costumeiramente usam o celular no trânsito, a multa poderá passar de R$ 85,13 para R$ 315,00 e passará a ser enquadrada como gravíssima. Segundo a agência Câmara, a Comissão de Viação e transportes da Câmara, aprovou alterações que tornarão o Código de Trânsito mais rigoroso. Entre as alterações está a infração de falar ao telefone celular e dirigir ao mesmo tempo, mesmo com a utilização de fones de ouvido. Em Lagoa Vermelha é comum o uso de celular no trânsito, talvez devido a baixa fiscalização, assim como o excesso de velocidade e o uso do celular ao mesmo tempo em determinados pontos centrais da cidade. Pelo que conseguimos apurar, esses mesmos motoristas, tanto masculinos quanto femininos,quando estão no trânsito em Passo Fundo, estacionam o veículo para atender uma chamada, se a legislação não fosse tão desrespeitada o Estado não teria motivos para atacar brutalmente nosso bolso.
Eleições no Uruguai amplia e esquerda no poder
Com a eleição de José Mujica – “Pepe”, ex-guerrilheiro Tupamaro e ex-Ministro de Agropecuária de Tabaré Vasquez, crescem o contingente de países latinos americanos cujo poder tem forte ascendência de esquerda. Em seu discurso de vitória, em Montevidéu Mujica defendeu a "unidade" do país. "Companheiros, (que não haja) nem vencidos nem vencedores. Nós apenas elegemos um governo, que não é dono da verdade. Meu reconhecimento aos homens que representam o Partido Nacional, o Colorado, o Independiente, compatriotas, todos", disse. Também enalteceu o atual governo de Tabaré Vasques que por sinal registra altos índices de apoio popular. No entanto alguns cientistas políticos estão intrigados com essa virada de povo.
A atual safra de soja nem sequer começou e já apresenta prejuízos
Não bastasse o enorme prejuízo na safra de inverno, pelo excesso de chuva na colheita, o retardamento no plantio das lavouras de soja já começa a apresentar prejuízos. No início de dezembro já deveria estar germinada 65% da lavoura, hoje o plantio não ultrapassa 35% e é possível haver um retardamento maior ainda. Os temporais, que atingiram o Estado no mês de novembro deixaram um rastro de destruição nunca visto. Quanto ao milho, alguns dizem que se salvou, há controvérsia, com a abundância de água na fase de crescimento, a planta não se preocupou muito em aprofundar as raízes, o receio é de que qualquer estiagem atinja a planta de forma muito mais agressiva.
A audácia de certos políticos nos levará à loucura
Depois dos golpes mirabolantes praticados em nosso Estado, falcatrua no Detran e até no selo da Assembléia conseguiram se locupletar, difícil fica falar do Governador do Distrito Federal e dos deputados Distritais, com suas propinas ocultas nas meias ou nas cuecas, com a desculpa de que não usam pasta. Mas nem tudo está perdido, nós sabemos que arruda é um santo remédio contra mau olhado, olho gordo e outras mandingas, pois para o final de ano será fornecida a todos os brasileiros a bolsa proteção, composta de um “panetone decorado com um galho de arruda”, por certo isso nos ajudará na próxima eleição em 2010 e tenhamos mais sorte ao escolher os santos candidatos (as) ao executivo e legislativo.
Petrobrás e os fertilizantes
A Petrobrás atuava no Brasil no ramo de fertilizantes através da Fosfértil e da Ultrafértil, empresas privatizadas no início da década de 1990, quando resolveu concentrar seus negócios em combustíveis e produtos para a química fina. Na época as empresas de fertilizantes foram vendidas aos lotes para diversas empresas tradicionais no ramo de fertilizantes. Recentemente, através de notícia divulgada pela Folha On Line, reproduzindo notícias da Efe de Buenos Aires divulgou que: A Petrobras Energia, subsidiária na Argentina da Petrobras, informou nesta quarta-feira que aprovou a venda de seu negócio de fertilizantes à americana Bunge. "A Petrobras Energia transfere ao comprador ativo físicos, marca, rede comercial e pessoal vinculado ao negócio em questão", disse em comunicado a companhia, que explicou que a venda vai gerar um lucro antes de impostos de 70 milhões de pesos (US$ 18,3 milhões). A decisão da Petrobras Energia de vender os ativos "responde à estratégia da companhia de avaliar recorrentemente a composição de sua pasta de negócios e ativos a fim de identificar oportunidades que permitam maximizar o valor da companhia", acrescenta a nota. A divisão de fertilizantes da Petrobras Energia possui uma unidade de produção na província de Buenos Aires que opera desde 1968 e tem capacidade de produção de fertilizantes líquidos de 474 mil toneladas anuais. Além disso, a divisão possui depósitos em cerca de dez outras cidades argentinas e uma rede de distribuidores em todo o país. Portanto, esqueçam que em algum momento o governo irá entrar novamente no mercado de fertilizantes e, se isso acontecer será para elevar os preços, como faz com a gasolina e com o óleo diesel, mesmo sendo alardeado pelo atual governo que é auto-suficiente em petróleo, pagamos pelos seus derivados um dos preços mais elevados do mundo.
Ford anuncia investimentos de R$ 4 bilhões no Brasil
A Ford anunciou no dia 20 de novembro, um investimento de R$ 4 bilhões no Brasil no período de 2011 a 2015. Segundo a assessoria de imprensa da empresa é a maior aplicação de recursos num mesmo ciclo, nos 90 anos de história da Ford no Brasil. O interessante é que a notícia foi dada na presença do Presidente Luiz Inácio da Silva e do Governador do Estado da Bahia Jaques Wagner. O novo programa tem como objetivo preparar as operações da empresa para atender o crescimento da economia brasileira e aumentar a competitividade em níveis globais. Enquanto isso o valoroso povo gaúcho vê crescer o matagal em grande parte dos 600 hectares destinados a montadora que foi mandada embora por um sábio companheiro do atual presidente.
Décimo encontro dos contadores de 1967
Sob a coordenação do dinâmico colega Sinclair Bombassaro reuniram-se os formandos da Escola Técnica de Comercio Duque de Caxias turma 1967. O evento aconteceu no dia 28 de novembro passado, no restaurante Maria do Carmo, praticamente todos os contadorandos que permanecem entre nós se fizeram presentes, com as respectivas esposas. Foi um momento inesquecível de recordações, colegas que desde a formatura não se encontravam, isso quer dizer a 42 anos. Numa noite memorável em que foi homenageada a Professora Ayde R. Sassi que se fez presente em todos os encontros, assim como o colega Sílvio Lobo por ser um dos idealizadores do evento. Na oportunidade foi entregue aos participantes, CD contendo o Hino do Ginásio Duque de Caxias, a música Lagoa Vermelha e as fotos do IX e X encontro. Os coordenadores para o próximo encontro são os colegas Luiz Lilson Langaro e esposa, Valdevino Monteiro da Silva e esposa e Maria Beloni Hartmann.
Para reflexão“As pessoas tiram da vida exatamente o que investiram nela." Joy Adason

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

(Para mais de 40)

LEITURA DA VERDADE é somente para aqueles que estão começando a sentir que as coisas estão fora do lugar ... PARA AQUELES QUE acreditar em tudo que é muito rápida e refletir Porque ele era o nosso "velho" Quando nós entramos com Modern ... O TEMPO PASSA .... VAMOS NOS ... Ficando velho ...
LIGHT














Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio
(Para mais de 40)

O que eu apenas não começa a vagar pelo mundo jogando coisas e mudá-los pelo modelo a seguir, apenas porque alguém acha de adicionar uma função ou reduzi-lo um pouco ..

Não há muito tempo com minha esposa, lavou os panos das crianças, pendurado na corda com as outras roupas, a sanadas, o doblábamos e se preparando para retornar ao solo.

E eles, os nossos filhos, só cresceu e teve seus filhos foram obrigados a deitar tudo ao mar, incluindo fraldas.

Inescrupulosamente foram entregues aos descartáveis! Sim, eu sei. Nossa geração sempre custou-lhe jogar. Nenhum de nós estava muito lixo descartável! E assim caminhamos pelas ruas mantendo o nariz no lenço de pano do bolso.

Nooo! Eu não digo que era melhor. O que quero dizer é que em algum momento eu me distraí, eu caí no mundo e agora eu sei onde ele vai. A maioria provavelmente, é agora bem, eu não discuto. O que acontece é que eu não posso mudar o aparelho de som, uma vez por ano, a célula a cada três meses ou o monitor do computador a cada Natal.

Eu continuo copos de papel!

Lavar as luvas de látex, que estava a ser usado uma vez!

A coexistência de talheres de plástico com gaveta em aço inoxidável talheres!

É proveniente de uma época em que as coisas foram compradas por toda a vida!

Realmente!
Foram comprados para a vida daqueles que vieram depois!
As pessoas herdam relógios, conjuntos de copos, pratos e tigelas para a China.
E, afinal, nem tanto tempo no nosso casamento, tivemos cozinhas mais do que havia no bairro da minha infância e que mudaram três vezes mais frio.

Eles são irritantes! ! Eu descobri-los! Eles fazem isso de propósito! Quebra tudo, é usado, ferrugem, fissuras ou consumida em um curto espaço de tempo que temos de mudar isso. Nada é reparado. A fábrica é obsoleta.

Onde estão os meios de comunicação sapateiros, consertando as solas de tênis Nike?
Alguém viu um colchão colchões capina casa em casa?
Quem gere as facas elétrico? É o moinho ou o eletricista?
Will Teflon para funileiros ou lugares de avião para o seleiros?
Tudo é puxado, todas as devoluções e, enquanto isso, produzir mais e mais e mais lixo.

Outro dia eu li que havia mais lixo nos últimos 40 anos do que em toda a história da humanidade.
Quem tem menos de 40 anos não vai acreditar: Quando eu estava crescendo em torno de minha casa que não passe o lixo coletado!
Juro! E eu estou em ... anos!
Todos os resíduos orgânicos e foi parar no galinheiro, patos e coelhos (e eu não estou falando do século XVII)

Não houve plástico ou nylon. A borracha só vi nas rodas dos carros e eles não estavam rolando as queimadas na Festa de San Juan.
Os resíduos das poucas que não são consumidos pelos animais, serviu como adubo ou queimados. De "lá fora" que eu venha. Não .. que era melhor Não é fácil para um pobre rapaz que lhe ensinou a 'salvar e salvar uma vez pode servir para alguma coisa ", passou a" comprar e jogar, que já vem o novo modelo ".

Minha cabeça não resiste muito.

Agora, meus parentes e filhos dos meus amigos não alterar apenas celulares, uma vez por semana, mas também alterar o número, o endereço de e-mail e até mesmo o endereço real.

E eu estou preparado para viver com o mesmo número, a mesma mulher, a mesma casa e com o mesmo nome (menino e, era um nome para alterá-lo) Eu fui criado para salvá-lo. Aaaaaall! O que funcionou, e que não funciona. Porque um dia as coisas poderiam ser reutilizados. Nós lhe deu crédito para qualquer coisa.

Sim, eu sei, nós tivemos um grande problema: eles nunca nos disse que as coisas que poderíamos servir e que não funciona. E, em um esforço para salvar (porque fazemos caso) manter o umbigo do nosso primeiro filho, o dente do segundo, as pastas no jardim de infância e não sabe como mantemos o primeiro cocô. Como você espera que essas pessoas entendem que emerge da sua cela, poucos meses depois de comprá-lo?

Será que quando as coisas estão facilmente disponíveis, não valorizados e tornam-se descartáveis, com a mesma facilidade com que foram alcançados?

Em casa, tínhamos um armário com quatro gavetas. A gaveta de cima era para toalhas de mesa e toalhas, talheres para o segundo e o terceiro eo quarto para tudo que não seja de pano ou cobertas. E nós mantivemos .. . Como mantivemos! Tooooodo mantivemos! Mantivemos as tampas de refrigerantes! Para quê?! Fizemos o limpa-sapatos para levar em frente à porta para tirar a lama. Bent e anexado a um colhedor tornou-se cortinas para bares. Depois da escola que ele chamou de cortiça, martillábamos e clavábamos um beijinho para fazer ferramentas para a festa de fim de ano na escola. Tooodo manteve!

As coisas que nós usamos!: Lanternas cobertores, rolos, Onduline agulhas e Primus. E as coisas que eu nunca iria usar. Botões que perderam suas camisas e bobinas que correu para fora da lista de discussão foram se acumulando na gaveta da terceira e quarta. Partes de canetas que algum dia poderia retornar ao estado. Tubos de plástico sem tinta, tubos de tinta sem plástico, sem as tampas de caneta, canetas, sem a tampa. Isqueiros ou acendedores, sem perder a primavera. Springs, que perdeu seu isqueiro.

Quando o mundo está espremendo o cérebro para inventar isqueiros foram atirados no final de seu ciclo, inventou a recarga de isqueiros descartáveis. E a Gillette-up metade apara-se durante todo o ano letivo. E as nossas gavetas guardava as chaves pouco de latas de sardinha ou carne enlatada, apenas no caso de que se pode vir sem uma chave. E as baterias! As baterias do freezer Spica primeiro foi para o telhado da casa. Porque nós não sabemos se ao calor ou frio para que possam viver um pouco mais. Nós demitiu-nos para a finalização de sua vida, não podia acreditar que nada menos do que um jasmim ao vivo.

As coisas não eram descartáveis. Eles foram guardables. Os jornais! Elas serviam para tudo: para fazer moldes para botas de borracha para colocar no chão em dias de chuva e acima de tudo para quebrar. As vezes maior do que um resultado, descobrimos que a leitura do jornal presa ao pedaço de carne!

E nós mantivemos o papel de prata dos chocolates e charutos para os guias de Natal toddle e páginas de fotos e calendário de medicamentos droppers se um conta-gotas e não trouxe resultados utilizado, pois poderia acender um queimador do vulcão da que foi iluminada e as caixas de sapato que se tornou o primeiro álbum. E as caixas de charutos e cintos de Richmond tornou-se posa companheiros e frascos para injectáveis com tampa de borracha empilhados Deus sabe com que intenção, e baralhos de cartas, embora sem qualquer reutilizados, inscrito pela mão de um Jack de espada que disse que "este é um dos 4 clubes.

As gavetas mantidos peças de roupa e saiu de gancho de metal. Enquanto peças alojadas direitos só procurando sua outra metade para se tornar novamente um clipe cheio.

Eu sei o que estava acontecendo: nós tivemos um período difícil, que declara a morte de nossos objetos. Assim como hoje, a geração mais jovem decide "matar" apenas a pretensão de deixar de servir, aqueles tempos não foram declarados mortos por nada ou Walt Disney!

E quando nós vendemos sorvetes em conchas que se tornou a base da PAC e disse-nos, "Coma o sorvete e depois puxar o vidro", dissemos que sim, mas nós estávamos indo jogar minga! Colocamos-los a viver na prateleira de óculos e os óculos. As latas de ervilhas e pêssegos se panelas, e até mesmo telefones. O primeiro garrafas de plástico foram transformadas em enfeites de beleza duvidosa. O ROE tornou-se depósitos de aquarelas, as tampas de garrafas em cinzeiros, as latas de cerveja primeiro a lápis e esperou para atender as rolhas de garrafa.

E eu não mordo para traçar um paralelo entre os valores que são descartados e os preservábamos. Ah! Eu não vou fazer! Eu estou morrendo para dizer que os aparelhos de hoje não só são descartáveis, isso também até a união ea amizade são descartáveis.

Mas não cometer a loucura de comparação de objetos com as pessoas. Eu não morder a mencionar a identidade que está perdida, a memória coletiva que vai junto, passado o efêmero. Eu não vou fazer. Não vou misturar os assuntos, não vou dizer que o que se tornaram perenes decíduas e perenes fez o que é obsoleto. Posso dizer que os idosos são os estados de morte estão apenas começando a falhar nos seus deveres, que os cônjuges são trocados por modelos mais novos que as pessoas que não têm qualquer função que são discriminados ou que valorizam o belo com brilho e glamour.

Esta é apenas uma história que fala de fraldas e telefones. Caso contrário, se você misturar as coisas que teria de pensar seriamente em entregar à "bruxas", como pagamento de parte de uma senhora com poucas milhas e uma nova função. Mas eu sou lento para viajar o mundo para a reposição e correr o risco de que a 'bruxa' e entregar-me ganhar me deixe ser o único dado.

Eduardo Galeano

(Para mayores de 40)

LA VERDAD ES UNA LECTURA SOLO PARA LOS QUE EMPIEZAN A SENTIR QUE LAS COSAS ESTÁN FUERA DE LUGAR... PARA LOS QUE CREEN QUE VA TODO MUY RAPIDO Y PARA QUE REFLEXIONEMOS COMO SE SENTIAN NUESTROS "VIEJOS" CUANDO LES LLEGABAMOS CON MODERNIDADES... EL TIEMPO PASA.... NOS VAMOS... PONIENDO VIEJOS...
LUZ














Eduardo Galeano, periodista y escritor Uruguayo

(Para mayores de 40)

Lo que me pasa es que no consigo andar por el mundo tirando cosas y cambiándolas por el modelo siguiente sólo porque a alguien se le ocurre agregarle una función o achicarlo un poco..

No hace tanto, con mi mujer, lavábamos los pañales de los críos, los colgábamos en la cuerda junto a otra ropita, los planchábamos, los doblábamos y los preparábamos para que los volvieran a ensuciar.

Y ellos, nuestros nenes, apenas crecieron y tuvieron sus propios hijos se encargaron de tirar todo por la borda, incluyendo los pañales.

¡Se entregaron inescrupulosamente a los desechables! Si, ya lo sé. A nuestra generación siempre le costó tirar. ¡Ni los desechos nos resultaron muy desechables! Y así anduvimos por las calles guardando los mocos en el pañuelo de tela del bolsillo.

¡¡¡Nooo!!! Yo no digo que eso era mejor. Lo que digo es que en algún momento me distraje, me caí del mundo y ahora no sé por dónde se entra. Lo más probable es que lo de ahora esté bien, eso no lo discuto. Lo que pasa es que no consigo cambiar el equipo de música una vez por año, el celular cada tres meses o el monitor de la computadora todas las navidades.

¡Guardo los vasos desechables!

¡Lavo los guantes de látex que eran para usar una sola vez!

¡Los cubiertos de plástico conviven con los de acero inoxidable en el cajón de los cubiertos!

¡Es que vengo de un tiempo en el que las cosas se compraban para toda la vida!

¡Es más!
¡Se compraban para la vida de los que venían después!
La gente heredaba relojes de pared, juegos de copas, vajillas y hasta palanganas de loza.
Y resulta que en nuestro no tan largo matrimonio, hemos tenido más cocinas que las que había en todo el barrio en mi infancia y hemos cambiado de refrigerador tres veces.

¡¡Nos están fastidiando! ! ¡¡Yo los descubrí!! ¡¡Lo hacen adrede!! Todo se rompe, se gasta, se oxida, se quiebra o se consume al poco tiempo para que tengamos que cambiarlo. Nada se repara. Lo obsoleto es de fábrica.

¿Dónde están los zapateros arreglando las media-suelas de los tenis Nike?
¿Alguien ha visto a algún colchonero escardando colchones casa por casa?
¿Quién arregla los cuchillos eléctricos? ¿El afilador o el electricista?
¿Habrá teflón para los hojalateros o asientos de aviones para los talabarteros?
Todo se tira, todo se desecha y, mientras tanto, producimos más y más y más basura.

El otro día leí que se produjo más basura en los últimos 40 años que en toda la historia de la humanidad.
El que tenga menos de 40 años no va a creer esto: ¡¡Cuando yo era niño por mi casa no pasaba el que recogía la basura!!
¡¡Lo juro!! ¡Y tengo menos de... años!
Todos los desechos eran orgánicos e iban a parar al gallinero, a los patos o a los conejos (y no estoy hablando del siglo XVII)

No existía el plástico ni el nylon. La goma sólo la veíamos en las ruedas de los autos y las que no estaban rodando las quemábamos en la Fiesta de San Juan.
Los pocos desechos que no se comían los animales, servían de abono o se quemaban. De 'por ahí' vengo yo. Y no es que haya sido mejor.. Es que no es fácil para un pobre tipo al que lo educaron con el 'guarde y guarde que alguna vez puede servir para algo', pasarse al 'compre y tire que ya se viene el modelo nuevo'.

Mi cabeza no resiste tanto.

Ahora mis parientes y los hijos de mis amigos no sólo cambian de celular una vez por semana, sino que, además, cambian el número, la dirección electrónica y hasta la dirección real.

Y a mí me prepararon para vivir con el mismo número, la misma mujer, la misma casa y el mismo nombre (y vaya si era un nombre como para cambiarlo) Me educaron para guardar todo. ¡¡¡Toooodo!!! Lo que servía y lo que no. Porque algún día las cosas podían volver a servir. Le dábamos crédito a todo.

Si, ya lo sé, tuvimos un gran problema: nunca nos explicaron qué cosas nos podían servir y qué cosas no. Y en el afán de guardar (porque éramos de hacer caso) guardamos hasta el ombligo de nuestro primer hijo, el diente del segundo, las carpetas del jardín de infantes y no sé cómo no guardamos la primera caquita. ¿Cómo quieren que entienda a esa gente que se desprende de su celular a los pocos meses de comprarlo?

¿Será que cuando las cosas se consiguen fácilmente, no se valoran y se vuelven desechables con la misma facilidad con la que se consiguieron?

En casa teníamos un mueble con cuatro cajones. El primer cajón era para los manteles y los repasadores, el segundo para los cubiertos y el tercero y el cuarto para todo lo que no fuera mantel ni cubierto. Y guardábamos.. . ¡¡Cómo guardábamos!! ¡¡Tooooodo lo guardábamos!! ¡¡Guardábamos las tapas de los refrescos!! ¡¿Cómo para qué?! Hacíamos limpia-calzados para poner delante de la puerta para quitarnos el barro. Dobladas y enganchadas a una piola se convertían en cortinas para los bares. Al terminar las clases le sacábamos el corcho, las martillábamos y las clavábamos en una tablita para hacer los instrumentos para la fiesta de fin de año de la escuela. ¡Tooodo guardábamos!

¡¡¡Las cosas que usábamos!!!: mantillas de faroles, ruleros, ondulines y agujas de primus. Y las cosas que nunca usaríamos. Botones que perdían a sus camisas y carreteles que se quedaban sin hilo se iban amontonando en el tercer y en el cuarto cajón. Partes de lapiceras que algún día podíamos volver a precisar. Tubitos de plástico sin la tinta, tubitos de tinta sin el plástico, capuchones sin la lapicera, lapiceras sin el capuchón. Encendedores sin gas o encendedores que perdían el resorte. Resortes que perdían a su encendedor.

Cuando el mundo se exprimía el cerebro para inventar encendedores que se tiraban al terminar su ciclo, inventábamos la recarga de los encendedores descartables. Y las Gillette -hasta partidas a la mitad- se convertían en sacapuntas por todo el ciclo escolar. Y nuestros cajones guardaban las llavecitas de las latas de sardinas o del corned-beef, por las dudas que alguna lata viniera sin su llave. ¡Y las pilas! Las pilas de las primeras Spica pasaban del congelador al techo de la casa. Porque no sabíamos bien si había que darles calor o frío para que vivieran un poco más. No nos resignábamos a que se terminara su vida útil, no podíamos creer que algo viviera menos que un jazmín.

Las cosas no eran desechables. Eran guardables. ¡¡¡Los diarios!!! Servían para todo: para hacer plantillas para las botas de goma, para poner en el piso los días de lluvia y por sobre todas las cosas para envolver. ¡¡¡Las veces que nos enterábamos de algún resultado leyendo el diario pegado al trozo de carne!!!

Y guardábamos el papel plateado de los chocolates y de los cigarros para hacer guías de pinitos de navidad y las páginas del almanaque para hacer cuadros y los goteros de las medicinas por si algún medicamento no traía el cuentagotas y los fósforos usados porque podíamos prender una hornalla de la Volcán desde la otra que estaba prendida y las cajas de zapatos que se convirtieron en los primeros álbumes de fotos. Y las cajas de cigarros Richmond se volvían cinturones y posa-mates y los frasquitos de las inyecciones con tapitas de goma se amontonaban vaya a saber con qué intención, y los mazos de naipes se reutilizaban aunque faltara alguna, con la inscripción a mano en una sota de espada que decía 'éste es un 4 de bastos'.

Los cajones guardaban pedazos izquierdos de pinzas de ropa y el ganchito de metal. Al tiempo albergaban sólo pedazos derechos que esperaban a su otra mitad para convertirse otra vez en una pinza completa.

Yo sé lo que nos pasaba: nos costaba mucho declarar la muerte de nuestros objetos. Así como hoy las nuevas generaciones deciden 'matarlos' apenas aparentan dejar de servir, aquellos tiempos eran de no declarar muerto a nada: ¡¡¡ni a Walt Disney!!!

Y cuando nos vendieron helados en copitas cuya tapa se convertía en base y nos dijeron: 'Cómase el helado y después tire la copita', nosotros dijimos que sí, pero, ¡¡¡minga que la íbamos a tirar!!! Las pusimos a vivir en el estante de los vasos y de las copas. Las latas de arvejas y de duraznos se volvieron macetas y hasta teléfonos. Las primeras botellas de plástico se transformaron en adornos de dudosa belleza. Las hueveras se convirtieron en depósitos de acuarelas, las tapas de botellones en ceniceros, las primeras latas de cerveza en portalápices y los corchos esperaron encontrarse con una botella.

Y me muerdo para no hacer un paralelo entre los valores que se desechan y los que preservábamos. ¡¡¡Ah!!! ¡¡¡No lo voy a hacer!!! Me muero por decir que hoy no sólo los electrodomésticos son desechables; que también el matrimonio y hasta la amistad son descartables.

Pero no cometeré la imprudencia de comparar objetos con personas. Me muerdo para no hablar de la identidad que se va perdiendo, de la memoria colectiva que se va tirando, del pasado efímero. No lo voy a hacer. No voy a mezclar los temas, no voy a decir que a lo perenne lo han vuelto caduco y a lo caduco lo hicieron perenne. No voy a decir que a los ancianos se les declara la muerte apenas empiezan a fallar en sus funciones, que los cónyuges se cambian por modelos más nuevos, que a las personas que les falta alguna función se les discrimina o que valoran más a los lindos, con brillo y glamour.

Esto sólo es una crónica que habla de pañales y de celulares. De lo contrario, si mezcláramos las cosas, tendría que plantearme seriamente entregar a la 'bruja' como parte de pago de una señora con menos kilómetros y alguna función nueva. Pero yo soy lento para transitar este mundo de la reposición y corro el riesgo de que la 'bruja' me gane de mano y sea yo el entregado.

Eduardo Galeano

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br
Ministro diz que reajuste de aposentados só depois do pré-sal
As palavras do ministro nos fazem retroceder ao antigo Egito e talvez tenham sido inspiradas pelo processo de mumificação usado na época: “Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que se retiravam os principais órgãos, além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição. Geralmente, os corpos eram colocados em sarcófagos de pedra e envoltos por faixas de algodão ou linho. (hoje em ataúdes de pinus) com algumas flores em volta Após o processo ser concluído eram chamadas de múmias. A mumificação era um processo bastante complexo e demorado. O sacerdote (embalsamador de nome Luizinho) começava por retirar o cérebro do morto, hoje esse processo inicia quando o candidato à aposentadoria entra na fila, portanto mais demorado e além de tudo dolorido. Depois, faziam um corte no lado esquerdo do corpo, (efetuado num ambulatório do SUS) retirando os órgãos, que eram colocados em vasos próprios e guardados no túmulo, hoje devido a crise em sacolas de supermercado, há exceção do coração, que, por ser necessário na outra vida, era recolocado no seu lugar. Existe um temor por parte dos políticos e burocratas que em outras vidas eles sejam candidatos e precisem do voto do embalsamado, portanto o coração será extremamente útil para ser ‘amolecido’ com a ladainha de sempre. Finalmente, o corpo era coberto com natrão (cristais de sal, hoje possivelmente será extraído da camada do pré-sal, por isso a afirmativa do ministro) e deixado a secar durante 40 dias. Hoje dado o avanço da ciência e das artimanhas governamentais o processo pode durar até 40 anos”. Bem, vamos deixar o passado e as comparações e tentar entender o que a Agência Estado divulgou sobre o atual processo de embalsamar aposentados.
O ministro da Previdência Social, José Pimentel, disse essa semana que a proposta de reajuste dos aposentados e pensionistas com benefícios acima do salário mínimo só será votada no Congresso depois da aprovação dos projetos relacionados ao pré-sal. “Tivemos uma reunião com todos os líderes da base do governo Lula na última semana e eles pediram um prazo para, terminada a votação do pré-sal, votar a matéria dos aposentados e pensionistas. Essa é uma demanda que vem de todos os líderes da base do governo e vamos atendê-la", disse, após se reunir com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O projeto concede a 8,2 milhões de aposentados e pensionistas um reajuste de 6,3%, que repõe a inflação do período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e acrescenta um aumento real de 2,5%, que corresponde à metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008. A proposta foi acertada com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical em agosto e deve resultar em um gasto extra de R$ 3 bilhões à Previdência. Já as demais centrais sindicais querem arrancar um reajuste real maior que o oferecido e os líderes da oposição prometem obstruir as votações referentes ao pré-sal para pressionar o governo.
Para o ministro, a demora em votar a proposta não deve prejudicar os segurados, que devem receber o benefício a partir de janeiro. "O reajuste será concedido a partir de 1º de janeiro e o pagamento será após 25 de janeiro", limitou-se a dizer. (Fonte: Agência Estado.) Assim, nós aposentados, quero dizer, mumificados, aguardaremos pacientemente, pois, ainda nem sabemos se o pré-sal é grosso para churrasco ou refinado para cozinha.
Sojicultor argentino pretende invadir lavouras brasileiras
Depois da chegada dos Americanos, europeus e chineses no cerrado brasileiro, chegou à vez dos argentinos que por inúmeros fatores, alguns deles relatados pelo: Diário Comércio, Indústria & Serviços, os quais procuraremos sintetizar: As retenções (imposto sobre exportações) e os efeitos negativos do clima estão fazendo com que grandes grupos argentinos intensifiquem um movimento migratório, expandindo sua área de produção no Brasil e no Uruguai. MSU, El Tejar e Los Grobo são exemplos de empresas que estão apostando no cultivo de soja para além da fronteira e, ampliando, em média, 80% da área plantada no Brasil. O fenômeno se apresenta de forma tão significativa que em alguns casos a Argentina deixou de ser a principal plataforma de plantio.
Oscar Alvarado, presidente da El Tejar, afirmou ao jornal La Nación que a aposta no plantio em países vizinhos tem um claro significado para a companhia. "Incrementamos nossa presença no Brasil e no Uruguai. No Brasil, com um incremento de 80%. No Uruguai, subimos entre 15% e 20%", disse. A empresa luta para manter a produção na Argentina, o que está cada dia mais difícil em razão das altas taxas para exportação cobradas pelo governo e pela estiagem.
A Los Grobo, segunda maior produtora de soja da Argentina, também divulgou que pretende duplicar a extensão de suas terras em um período de três a quatro anos e o Brasil será o principal foco dessa expansão. Hoje a companhia realiza 50% de sua produção na Argentina, 30% no Uruguai e 20% no Brasil. "O crescimento terá de ser feito principalmente através do Brasil, porque o Brasil é onde há a maior parte do espaço físico disponível para crescer", avaliou Gustavo Grobocopatel, presidente da Los Grobo. "Nossas terras atualmente ocupam 250 mil hectares e acreditamos que a empresa deveria operar o dobro dessa área no prazo de três a quatro anos", destacou o presidente do grupo. A empresa produz 2,5 milhões de toneladas de soja ao ano, e pretende colher pelo menos 4 milhões de toneladas até a safra 2013/2014.
Grobocopatel explica que a produção na Argentina caminha para a estagnação e restam apenas 3 ou 4 milhões de hectares para expandir as lavouras, e essas são áreas, na maioria, de qualidade inferior, enquanto no Brasil há 20 milhões de hectares de áreas de primeira qualidade prontas para serem desenvolvidas. O principal executivo da Los Grobo salienta que o preço da terra é importante, mas o grau de desenvolvimento do setor agrícola no Brasil é um grande atrativo.
Assim como o Brasil, o Uruguai também sofre uma verdadeira invasão argentina. De acordo com levantamento feito pela Federação Rural do Uruguai cerca de 35% do 1 milhão de hectares cultiváveis no país pertencem a produtores argentinos. Os uruguaios até criaram a expressão "sojização" para apontar o fenômeno.
"Nossa produção de soja vem se superando ano a ano e irá atingir um recorde nessa safra. Grande parte disso se deve a entrada de produtores argentinos no Uruguai. É uma presença cada vez mais importante e que acontece de forma crescente", avaliou Diego Risso, secretário-geral da Associação de Sementes das Américas (SAA), órgão uruguaio que controla a comercialização de sementes no país.
Além das altas taxas para exportação cobradas pelo governo argentino, o clima também tem se mostrado um importante complicador. Dez dos 30 milhões de hectares agrícolas da Argentina correm o risco de não produzirem nada este ano.
A persistente estiagem que prejudica o país há meses, especialmente na região oeste, começa a colocar em dúvida até mesmo a produção recorde de soja. Na Bolsa de Cereais de Buenos Aires as expectativas são negativas. Há um estado de alerta pelo clima ruim, restam cerca de dez dias para semear a soja de primeira (a de maior rendimento) na região central do País. Resta a pergunta: e o agricultor brasileiro, com parcos recursos e endividado, como ficará?
Para Reflexão
"Sempre houve o suficiente no mundo para todas as necessidades humanas; nunca haverá o suficiente para a cobiça humana." Gandhi.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

FOLHADO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br
O homem é o único predador de si mesmo
Nós, ao contrário dos outros animais existentes sobre a face da terra, possuímos além de inteligência, racionalidade, ou seja, raciocinamos e usamos conhecimentos resultantes de princípios. Talvez seja esse o único diferencial que Deus legou ao homem para diferenciá-lo dos demais seres vivos resultantes de sua vontade. No entanto a cada dia que passa a cada notícia que a mídia divulga maior é o convencimento de que a moeda de troca, ou seja, o dinheiro provoca no homem o mais vil dos instintos, o de destruição de seu semelhante. É impressionante o número de temas que pode ser desenvolvido com tal raciocínio, porém o mais aflitivo de todos, ao menos no momento é a proliferação das drogas e de seu alto poder destruidor. Penso que os governantes de nossa pátria ainda não se deram conta de que estão reféns de traficantes, maiores e menores de idade. Tal qual outros países, a exemplo do México, segue o Brasil um caminho de difícil retorno. Desnecessário dizer que o estatuto do desarmamento, muito festejado por alguns, não atingiu os marginais, traficantes e assaltantes de bancos que estão com aparato bélico em igualdade com as forças armadas e muito superiores aos agentes policias que são a linha de frente para o combate. A história nos reporta às barbáries humanas, normalmente motivadas por conquistas de territórios, por ideologias, por motivos religiosos. Hoje o homem quer lucrar com o desespero do viciado. O direito a vida perdeu o sentido. Cada vez me convenço mais: roubaram-nos a liberdade de sermos livres e o Estado Democrático de Direito é impotente e omisso.
Reportagem nacional mostra que diretores de escolas públicas desconhecem gestão
Interessante pesquisa divulgada pela agenda 2020 – o Rio Grande que queremos - tendo como fonte a matéria publicada na última Revista Veja (01/11/2009) –A qual, devido sua importância transcrevo. “Está provado que a presença de um bom diretor não é apenas desejável - mas decisiva - para um elevado nível de ensino numa escola, seja ela pública, seja particular.
Por isso, merece atenção uma nova pesquisa que traz à luz o mais completo perfil já feito sobre esses profissionais no país. Antes do levantamento, que ouviu 400 diretores de colégios públicos no país inteiro, o conhecimento que se tinha sobre eles era, basicamente, intuitivo.
Agora, tratou-se de mensurar a realidade - e dimensionar os problemas. Logo de saída, a pesquisa, conduzida pelo Ibope em parceria com a Fundação Victor Civita, mostra que 64% dos diretores reconhecem, sem rodeios, não estar suficientemente preparados para exercer o cargo que ocupam.
Quando eles versam sobre o ofício, as fragilidades ficam ainda mais evidentes. A pesquisa indica que os diretores não costumam basear suas decisões em nenhuma meta acadêmica e chegam a ignorar a nota de sua escola nos rankings oficiais.
Talvez o mais preocupante de todos os dados, no entanto, diga respeito à visão que eles têm da função: apenas 2% deles se sentem responsáveis pelos maus resultados de sua própria escola, ao passo que os outros 98% culpam pais, professores, alunos, o colégio e até o governo.
Conclui o especialista Francisco Soares, da Universidade Federal de Minas Gerais:
- É preciso mudar urgentemente esse cenário para começar a pensar em bom ensino.
Não é tarefa simples. Há, no Brasil, pelo menos dois grandes obstáculos. A começar pela formação dos diretores - a maioria egressa da carreira de professor -, dos quais não se requer nenhuma experiência como gestores nem a passagem por um curso em que desenvolvam habilidades como a liderança de equipe.
A pesquisa mostra que 21% deles só estão no cargo porque algum político os indicou, enquanto apenas 5% ascenderam por critérios técnicos.
- Não há no país um sistema eficiente para escolher e treinar profissionais de modo que se tornem bons líderes nas escolas - avalia Mário Aquino, especialista em administração pública.
O segundo ponto que atrapalha no Brasil é o excesso de tarefas burocráticas delegadas aos diretores, situação que leva a uma total inversão de prioridades.
Para 90% deles, a supervisão da merenda fornecida pelo governo é uma das atividades que mais consomem tempo, além da limpeza do prédio e da fiscalização na entrega do material didático pelas secretarias de ensino.
São informações que escancaram a absoluta desconexão dos diretores brasileiros com a sala de aula.
- Só sobra tempo para a educação se eu deixar de lado as tarefas administrativas pelas quais também sou cobrada - resume Maria de Fátima Borges, 55 anos, diretora da escola Olavo Pezzotti, em São Paulo.
- Estou sempre devendo relatórios à secretaria.
Aos diretores brasileiros, faltam praticamente todos os pré-requisitos que os especialistas definem como básicos para o desempenho da função.
Além de boa formação e experiência em gestão, já se sabe que o diretor deve conseguir manter sua atenção voltada para as salas de aula e ser capaz de traçar objetivos acadêmicos claros, que servirão de norte para os professores.
Também se espera dele que envolva os pais na vida escolar, passo decisivo para o avanço dos alunos. No mundo todo, é esse o tipo de diretor que alcança os melhores resultados no ensino - inclusive no Brasil, segundo mostra uma recente pesquisa feita por especialistas da Fundação Getulio Vargas (FGV), também em parceria com a Fundação Victor Civita.
O estudo, que comparou escolas de bom resultado nas avaliações oficiais às de ensino mediano, concluiu que à frente dos melhores colégios estão justamente aqueles diretores com visão de longo prazo.
Diz o cientista político Fernando Abrucio, coordenador da pesquisa:
- Os diretores mais eficazes entendem que um plano pedagógico ambicioso precisa de tempo para ser concluído. Estes chegam a ficar até catorze anos numa mesma escola, enquanto um típico diretor de escola pública no Brasil troca de emprego a cada cinco anos.
A experiência internacional chama atenção para um conjunto de práticas que tem contribuído para formar e manter bons diretores à frente das escolas.
Elas podem funcionar também no Brasil. Uma medida eficaz é proporcionar aos aspirantes ao cargo uma experiência prévia, como um período em que atuam como assistentes de diretor.
Em alguns países, como Singapura, chega-se a exigir dos candidatos até estágio numa grande empresa privada, período em que se espera que absorvam os conceitos básicos de gestão.
Ao assumirem o cargo, há meios para livrar os diretores do excesso de atribuições burocráticas, tão maçantes no Brasil. Quem faz boa parte dessas tarefas nos Estados Unidos, por exemplo, é uma espécie de auxiliar administrativo, o que permite ao diretor mirar o ensino.
Caso fracasse, ele pode até ser demitido, o que já ocorreu com 80% dos diretores da cidade de Nova York desde 2002. Tornar-se diretor de escola é, em geral, a maior ambição de um professor.
No Brasil, significa, em média, um aumento de 50% no salário - que, na nova função, pode chegar a 7 000 reais.
Foi uma das motivações para que Andréa Tavares, 39 anos, hoje no comando de uma escola municipal de Taboão da Serra, em São Paulo, trilhasse esse caminho. Há apenas dois anos no cargo, ela diz:
- Com uma formação melhor, sei que eu e meus colegas teríamos mais chances de acertar.” (Reportagem - Cíntia Borsato e Roberto Setton)
No entanto, a pesquisa não leva em consideração a forma de escolha dos diretores de escolas do Rio Grande do Sul a qual é feita democraticamente por eleição, cujo colégio eleitoral é constituído por professores, funcionários, alunos e pais, portanto presume-se ser o eleito o mais capacitado.
Para reflexão
"Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um ajuda a ganhar a vida, o outro a construir uma vida." Sandra Carey

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br
Muito além do pão e circo

Emocionado o Presidente vai às lágrimas quando anunciam que o Rio de Janeiro foi escolhido para os Jogos Olímpicos de 2016. Foi nas Grécia antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os jogos olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos desenvolveram uma rica mitologia que até nos dias de hoje também é empregada para estudos e livros. Os Gregos também atingiram um desenvolvimento surpreendente na filosofia, Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos e citados para esboçar qualquer grau de conhecimento filosófico. Presente de Grego também é fruto dessa época e dispensa qualquer comentário. Pois é! Segundo nosso presidente o Brasil gastará cerca de 30 bilhões com os tais jogos. Cidades ricas como Chicago, Tóquio e Madrid, não fizeram nenhum esforço para ganhar a disputa.
Na Grécia antiga a civilização se desdobrava em três diferentes classes sociais: a primeira constituída dos plebeus, força braçal do país que, ao mesmo tempo em que tem baixas exigências (dê-lhes alimento, água e moradia, e está tudo certo), também não pagava impostos; depois, vinha a classe média, que trabalhava nos serviços públicos, tinha necessidades um pouco mais elaboradas e também não contribuía para os cofres; e, finalmente, havia os patrícios, que não trabalhavam, queriam tudo do bom e do melhor, e contribuíam para as contas.
No entanto, hoje a realidade é outra, pobre quer ascender à classe média e esta luta desesperadamente para manter-se como tal. Os 30 bilhões poderão se multiplicar várias vezes, tantas quantas forem necessárias para satisfazer o egocentrismo primitivo, que aflora no primeiro mandatário do país, que não vê nada e não sabe de nada, se orgulha em ser analfabeto e diz estufando o peito que não precisou estudar geografia para conhecer o mundo. Agora ele conhece o mundo ao vivo que é muito mais “empolgante” que ler livros e mais livros.
Os últimos acontecimentos, na cidade maravilhosa nos levam a um exercício de imaginação, talvez se inaugure um novo tipo de esporte em 2016. O abate de helicópteros, o treinamento já começou. Ou quem sabe a contagem de hospitais falidos, ou de nascimentos de gaúchos no Uruguai, como tem acontecido nos últimos dias, pois a Santa Casa de Livramento está fechada por não ter as mínimas condições de atender a população. Já não nos basta sediar a copa do mundo em 2014? Olimpíadas e Realidade, artigo escrito pelo Promotor de Justiça Nilton Kastin dos Santos, justamente por ser de uma comarca do interior, relata a cruel realidade e encerra com o seguinte comentário: “Tomara que o Comitê Olímpico Internacional e a comunidade estrangeira nunca conheçam a realidade por aqui, para que se não ofusque a “visibilidade internacional” do Brasil nem se apague das mentes o esplendor da fantástica cena na bela e rica Copenhague”.
Assim, completamos o ciclo “pão e circo” e ao imperador Romano: Ave César!

Produção de petróleo da Petrobras no país cresce 1,2% em setembro e é recorde mensal


A produção média de petróleo da Petrobras no Brasil, em setembro, foi de 2 milhões 3 mil e 940 barris diários, volume 1,8% maior do que o produzido em agosto deste ano e 5,6% superior a de setembro do ano passado. O resultado é ainda um novo recorde mensal de produção ao superar em 12 mil barris o recorde anterior obtido em março deste ano. (Fonte: Agência Brasil) No entanto, o Ministro de Minas e energia assegura que o Brasil não é auto-suficiente em diesel, o combustível brasileiro é altamente poluidor, uma vez que possui dez vezes mais enxofre que o diesel europeu e será muito difícil liberar a fabricação de automóveis com motores movidos a diesel.

O frio nos Estados Unidos

Impressionante, nunca imaginei ver fotos de colheitadeiras colhendo soja sob severa nevasca. As geadas e agora a neve se antecipou em muitos estados produtores abrangendo grandes áreas a serem colhidas. Penso que esse é mais um motivo para manter as cotações acima de dez dólares o bushel. Embora as ofertas de compradores estejam entre US$ 20.00 e US$ 21.00 por saco de 60 kg, pagamento em abril ou maio. Com o Real supervalorizado é um exercício de futurologia prever o mercado da próxima safra.

Roubaram-nos a liberdade de sermos livres

Quem roubou? O homem é o grande larápio de sua própria liberdade. A cada dia que passa mais é tolhida essa “tal liberdade” que sonhamos. Quer seja pelo governo ou pelos marginais. Pelo clima ou pelo sistema. Escravizamos-nos de tal forma que a fuga é não pensar. Deixar rolar sem procurar interferir nos acontecimentos. É uma bobagem, mas pensem nisso, pensem em tudo o que nos privamos nos últimos cinqüenta anos, meio século, somente meio século.
Neste final de semana teremos um importantíssimo acontecimento, a realização da feira do livro, quem sabe esse seja um tema para debate.

Para reflexão


“Existem apenas duas maneiras de ver a vida: uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre." Albert Einstein

sábado, 10 de outubro de 2009

ZERO HORA - AVE OLIMPÍADA

03 de outubro de 2009 | N° 16113 edição de hoje
PAULO SANT’ANA
Ave, Olimpíada!


Só festeja Olimpíada em 2016 no Rio de Janeiro quem nunca visitou as enfermarias do Hospital Conceição, como eu visitei, onde não existe à noite cirurgião cardíaco, mas existem pacientes cardíacos à espera, todas as noites, de cirurgiões cardíacos. Ou melhor, pacientes à espera da morte.


***


Só comemora com estrépito a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016 quem nunca visitou recentemente o atual ou ex-hospital penitenciário do Presídio Central, onde vegetavam ou ainda vegetam 95% dos pacientes de aids, doença que eles adquiriram dentro dos muros da prisão.

***

Só exulta com a Olimpíada no Brasil quem não conhece as ruas mais trágicas da pobreza no território de Porto Alegre, onde começam a se prostituir as meninas com 12 anos de idade.

E nessas mesmas ruas começam o seu aprendizado de ladroagem ou de tráfico de entorpecentes os meninos-mula, com 11 anos de idade.

Quem não sabe que sua cidade é palco dessa atrocidade genocida e social saúda com efusão de contentamento a Olimpíada no Rio de Janeiro, onde dizem que o Brasil gastará R$ 25 bilhões, mas, como se sabe, gastará 10 vezes mais.

***

Só podem saudar a Olimpíada no Rio de Janeiro os que desconhecem ou fingem desconhecer as filas de cirurgias e consultas do SUS, onde a cada dia morrem cem pessoas por falta de atendimento, umas querendo apenas uma cirurgia que lhes faça transitar novamente o sangue pelas veias, outras implorando simples cirurgias que lhes salvem os braços ou as pernas de lesões adquiridas há dois anos, outras querendo salvar suas bexigas, seus fígados, seus rins, seus olhos, seus ouvidos, miseravelmente sem atendimento, vão morrendo destas e de outras doenças em que se transformaram aquelas.

Todos os dias, morrem nas filas dos SUS dezenas de gaúchos sem atendimento de saúde, são milhares em um mês, são dezenas de milhares em um ano.

Quem não sabe disso ou finge desconhecer isso saúda a Olimpíada! Oh, bendita Olimpíada, que vem para salvar os Lázaros do SUS.

***

Os gladiadores se dirigiam em fila e marcha, antes dos combates na arena do Coliseu, onde 90% deles morreriam, e faziam por um deles, o porta-voz, a saudação ao imperador: “Ave, César, os que vão morrer te saúdam”.

Faço-me porta-voz do povo brasileiro e grito e proclamo: “Ave, Olimpíada, os brasileiros que vão morrer nas margens do SUS te saúdam

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br
Final de tarde, terça-feira à noite, ainda aguardam alguns compromissos, estava finalizando um contato telefônico quando recebo uma chamada em meu celular, antes mesmo de atender já sabia que era o amigo, empresário e engenheiro civil Flávio Castellano Neto. De pronto me pergunta: - Vamos à Sananduva hoje? – O que vamos fazer lá? – A prefeitura em conjunto com o CDL e a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços estará promovendo uma palestra na Casa da Cultura com o Secretário Estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais Márcio Biolchi, também estará presente um diretor da Caixa – RS. Os temas a serem abordados devem ser interessantes ao desenvolvimento regional. Já havia participado de palestras do Secretário Márcio Biolchi, no entanto me interessou mais saber sobre a Caixa – RS, órgão fomentador de inúmeros projetos de sucesso na região. Pensei na estrada ruim, mas o convite me pareceu irrecusável. A palestra estava organizada para as 19 horas, portanto deveríamos partir logo. O evento teve seu início praticamente no horário previsto no confortável anfiteatro da Casa da cultura, com um protocolo bem organizado, de imediato o Secretário Biolchi começou sua explanação, falando inicialmente da Junta Comercial, de sua modernização e importância para o início de um novo negócio. Uma coisa me intrigou, o Secretário perguntou: - O escritório mais próximo de vocês fica em Lagoa Vermelha? Silêncio total. Finalmente alguém murmurou: - Não Senhor, fica aqui em Sananduva. - Bem, então vocês conhecem o quanto está sendo modernizado, informatizado e com o compromisso de acompanhar o primeiro ano de atividade dos novos empreendedores. A Junta Comercial é um órgão ligado a SEDAI. A seguir passou a discorrer sobre a finalidade da Caixa – RS como instrumento para alavancar o desenvolvimento. Falou sobre as Redes de Cooperação, Arranjos Produtivos Locais, Distritos Industriais, Fundopem e Sala do Exportador e Garantias. Mostrou inúmeras formas de alcançar o desenvolvimento, também apontou alguns problemas, como a apresentação de bons projetos e como sempre, garantias.
O tema principal da palestra foi à função da Caixa RS:
• Fomento Empresarial - Financiamentos
– Indústria, Comércio e Serviços e Infra-Estrutura, Agropecuária.
• Fomento Público – Financiamentos e Serviços
– Municipal e Fundos Estaduais de Desenvolvimento
• Fomento Social – Financiamentos e Fundo Garantidor
– Microcrédito Direto e Microcrédito através de ICCs
• Agronegócio.
Com o Adroaldo Zottis, Flávio Castellano Neto, que constava no protocolo como um dos palestrantes da noite, atividade que declinou antecipadamente, devido à amplitude do tema a ser abordado pelo Secretário, costurou a possibilidade ser realizada em Lagoa Vermelha atividade semelhante em comum acordo com o poder executivo, respectiva secretaria e entidades de classe. Realmente foi um ótimo evento. Casa cheia.
ARTIGO
Pensei que não fosse possível, mas é

Márcio Cavalca Medeiros
“Impressionante como todos nós custamos a acreditar em algo que nos é falado da boca para fora. Sempre ouvi dizer que em determinados países a conscientização no trânsito era diferente no Brasil. Sabe aquelas histórias de que o brasileiro é o pior motorista do mundo e que os estrangeiros é que são maravilhosos? Pois bem. Estive recentemente na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, e tive a oportunidade de testemunhar algo surpreendente: motorista de carro brasileiro com consciência e educação no trânsito. Isto quer dizer que eu pensava que não fosse possível ver isso, e acabei vendo e participando do fato.
A cidade de Gramado é encantadora. Nada é parecido com qualquer cidade paulista. A arquitetura é diferente, o clima é especial, as ruas e calçadas devidamente planejadas, lojas encantadoras, flores.... muitas flores.... e em todos os lugares... realmente é uma cidade nada brasileira. Dois detalhes que me chamaram muita atenção: semáforos e fios elétricos suspensos. Simplesmente não existem. A Avenida principal, chamada de Borges de Medeiros, é a mais longa, a mais larga e a que reúne os principais estabelecimentos comerciais. Toda nivelada, sem um semáforo e todos os fios (elétricos e de telefonia) embutidos.
Pode parecer coisa de arquiteto, ou urbanista maluco, mas realmente a impressão é outra sem aquela teia de fios em todos os postes de Rua. A impressão que se dá, aqui no Estado de São Paulo, é que tendo poste é para pendurar fios. Seja qual for: cordas, fios elétricos, telefonia, TV a cabo, iluminação e por ai vai. Em Gramado o poste tem somente lâmpadas. Todos eles são padronizados, e ainda de uma forma que a arquitetura da Rua absorva de forma natural, sendo imperceptível na visão do cidadão.
Uma cidade em que o turismo é o principal produto do município, táxi e carros especiais de transporte são muito comuns transitarem para lá e para cá. Existe até um restaurante que oferece uma “limusine” para buscar os clientes e levá-los de volta. Diante de tanto carro, imagina-se que qualquer cabeça de bagre é o motorista. Engano. Os que eu tive oportunidade de conhecer eram todos bem educados, solícitos e sempre demonstrando interesse em ajudar e auxiliar no que fosse preciso. Uma simpatia a toda prova.
Numa das corridas entre o local do evento que fui e o hotel, peguei um táxi e conversava com o motorista durante o trajeto. Enrolei, até perguntar: “Esta cidade não tem semáforo?”, para minha surpresa o rapaz respondeu: “Não”. Curioso que eu estava, indaguei: “Porque não?”. Pacientemente o motorista, sem se irritar e sem olhar com aquele pensamento que me acusara de imbecil, respondeu: “Aqui a gente acredita que povo educado não precisa de semáforo”. Não foi preciso me dizer mais nada. Entendi perfeitamente a mensagem e parabenizei não só ele pelo comportamento, mas a forma dele pensar.
Realmente em Gramado (em Porto Alegre também percebi isso), quando o pedestre pisa na Rua ou Avenida, o motorista reduz ou pára o veículo. A velocidade não é exagerada e existe tempo para tudo, sem a necessidade de buzinar ou gritar. Fiquei impressionado com o comportamento e a forma de pensar neste sentido daquelas pessoas, pois já assisti em São Paulo e até mesmo na cidade de Marília, cenas bárbaras de pura selvageria.
Ainda não acreditando que havia percebido isso, pensei que fosse algo de minha imaginação e ainda contaminado com o entusiasmo e ansiedade que me acompanham em todas as viagens que faço. Ao encontrar Liza, minha esposa e amada, ela faz o mesmo tipo de comentário que o meu, mas antes que eu pudesse lhe contar a experiência que presenciei. Se eu que sou um “búfalo”, percebi isso, imagine Liza, que mais parece uma “borboleta”. Conclui que o comportamento do motorista é comum naquela cidade e região, o que me faz crer que seja possível um dia enxergar isso nos motoristas paulistas.
Para aqueles que ficaram pensando o que eu fazia sozinho no Táxi? Respondo de imediato: Enquanto eu participo do evento, Liza foi conhecer todas as lojas da cidade, e para minha surpresa não comprou quase nada. Pensei que isso não fosse possível, mas é”.
Márcio Cavalca Medeiros, é empresário, radialista e ex–jornalista e diferente de alguém tem outra visão do Rio Grande do Sul e, com o tempo quem sabe nossa cidade também tenha um trânsito civilizado como ele descreve em seu artigo, transcrito na íntegra, como ele me enviou. A propósito será que tem cabimento fechar para o trânsito a quadra entre a prefeitura e a antiga Miagro, tendo como finalidade facilitar a passagem de cadeirantes? O futuro certamente nos dará a resposta.
Para reflexão
"Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância." Sócrates.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br



Muitas vezes penso que minhas opiniões são mais fortes do que meu juízo, a expressão não é minha, mas serve para externar a angústia que muitos sentimos quando nos deparamos com fatos naturais incontroláveis. A vida e a morte são, dentre tantos fatos naturais, algo que estão completamente fora do controle do homem. Ah! Muitos dirão e o clima, os vendavais as enchentes e as estiagens o homem também não tem o poder de evitar. Mas são incertas imprevisíveis e ocasionais, enquanto que a vida e a morte são inevitáveis. A vida é celebrada com entusiasmo, alegria, “nós celebramos a vida”. A morte é o fim de uma jornada, é a estação fatal onde cada um de nós irá desembarcar da vida terrena para iniciar nova jornada. Nos últimos tempos a civilização agitada e impiedosa tem contribuído para ceifar muitas vidas em pleno vigor, homens e mulheres que partem sem nenhum aviso prévio. É como o jardineiro que escolhe as mais belas flores para ceifar e apresentar ao Supremo Árbitro dos Mundos como um mimo precioso. A passagem do amigo e irmão Jucimar nos faz refletir, lembrar de tantos outros, amigos e amigas que partiram do plano terreno. Não por acidente, mas por um fato absolutamente natural, a morte! O poeta, o músico, o profeta, o filósofo, o médico, o religioso e o ateu tentam explicar o final da jornada. O mestre diz: A viagem para o encontro com Deus é para dentro de nós.
Diesel em carros de passeio
A mídia já anuncia marcas de carros de passeio a diesel, a televisão anuncia que os motores diesel que movem muitos automóveis no exterior, principalmente na argentina são fabricados no Brasil. Em audiência pública da comissão de Infraestrutura do Senado, o Ministro Edison Lobão (Minas e Energia) informou que o governo está analisando a possibilidade de liberar o uso desse combustível para os carros brasileiros. Não deixa de ser curioso tal fato, até porque a justificativa do Ministro é de que o País precisa se preparar para o caso de precisar adotar o modelo europeu que permite o uso de diesel em carros de passeio. Certamente alguma artimanha está por trás disso. Será o biodiesel, ou será que já estão se preparando para utilizar o petróleo oriundo da exploração dos poços do pré-sal.
O mercado interno de trigo continua com pouca movimentação
Como sempre acontece, depois de alguma motivação para o cultivo do cereal, os compradores reduzem sua presença no mercado, A valorização do real frente ao dólar, está com as cotações beirando R$ 1,80, os preços internacionais em baixa cooperam para essa falta de ânimo. Os preços no Rio Grande do Sul indicam cotações entre R$ 380,00 a R$ 410,00 por tonelada, No Paraná os preços giram em torno de R$ 400,00 por tonelada. O atual comportamento do clima com excessos de chuvas não se mostra favorável à cultura e a intensidade da quebra provocada pelas severas geadas ainda são uma incógnita para se apurar a qualidade e produtividade. Já as lavouras de trigo da Argentina tiveram uma boa recuperação com as chuvas, embora nos últimos dias já causem preocupação. A produção Brasileira está sendo estimada em 5,5 milhões de toneladas o que certamente obrigará o país a importar algo em torno de seis milhões de toneladas. O excesso de chuvas deverá proporcionar um bom volume de cereal de baixa qualidade, destinado a ração animal, desestimulando ainda mais o plantio de milho para a safra 2009/10.
BR 470 um crime de lesa pátria
A exemplo de tantas outra obras paralisadas nesse país, em especial em nossa região o que foi feito de terraplenagem, britagem e outros trabalhos na BR 470 foram por água abaixo. Milhões de reais estão hoje assoreando rios, levados pela forte enxurrada que os mais de 200 mm de chuvas ocasionaram nas últimas semanas. Não é necessário fazer nenhuma verificação na obra, basta transitar pela rodovia que liga Lagoa Vermelha a Sananduva, ou certos trechos de nossas ruas para ter uma noção do efeito devassador da chuva que ultimamente não dá trégua, carregando na enxurrada o dinheiro público. Não seria hora de trazer alguns políticos para serem fotografados ao lado do estrago provocado pela paralisação da obra? Não faz muito os jornais publicaram fotos de homens públicos inspecionando as obras. Seria conveniente inspecionarem também os estragos. E o trecho Lagoa Vermelha - André da Rocha, ou Nova prata, (não sabemos mais o que é de competência da União ou do Estado) a licitação para o projeto já não deveria ter saído? Assim como a nova licitação para o trecho Lagoa Vermelha a Pontão?
Governo amplia restrição a estrangeiros na Amazônia
Divulgado em reportagem pela Folha de São Paulo, o governo estuda projeto para que os não brasileiros só possam ter até 10% das terras das cidades da região. Texto, que visa fechar cerco à invasão estrangeira na área, deverá ser enviado ao Congresso e não altera limite de 25% para o resto do país. Assim, a soma das terras nas mãos de estrangeiros não poderá ultrapassar a 10% das superfícies dos municípios da Amazônia Legal. O projeto está no aguardo do presidente Luizinho para ser enviado ao Congresso. Atualmente, o limite é de 25% incluindo a Amazônia. As restrições, listadas na minuta do projeto de lei obtida pela Folha, valem para três categorias: estrangeiro que vive no Brasil, pessoa jurídica estrangeira residente no país e pessoa jurídica brasileira controlada por capital estrangeiro. As limitações são as soluções jurídicas para, no papel, fechar o cerco à invasão estrangeira na Amazônia e, no discurso, falar em soberania nacional. Hoje, no cadastro do Incra, os estrangeiros aparecem com um total de 3,6 milhões de hectares, distribuídos em 34.082 imóveis rurais. No governo, imagina-se que esse número esteja subestimado, por conta da prática do uso de laranjas.
Basta saber se o governo terá tutano suficiente para retomar as áreas já adquiridas pelos estrangeiros. O que fará com elas? Talvez destine ao MST, acabando de vez com as invasões, com as cidades de lona preta, com as mortes estúpidas e consequentemente conquistar um poderoso aliado. Será auspicioso?
Para reflexão
"Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado." Albert Einstein.

Maçonaria, Loja Maçônica e Maçom▲

Maçonaria, Loja Maçônica e Maçom▲

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br


A convite do Rotary Club o comandante da Brigada Militar, Capitão Rodrigo Schuwaab da Silva, responsável pelo policiamento dos municípios de Lagoa Vermelha, Capão Bonito do Sul, Caseiros e Ibiraiaras realizou importante palestra. O assunto abordado, como não poderia deixar de ser foi à segurança pública em Lagoa Vermelha. Com muita propriedade explanou sobre a atuação da Brigada Militar no momento atual. Hoje as cidades de menor porte estão sendo o alvo preferido dos meliantes, essa é a preocupação dos integrantes do Rotary, até porque a própria população está menos precavida contra a violência urbana. O Capitão Rodrigo expôs sobre o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) que é uma iniciativa da Polícia Militar de prevenção para crianças do Ensino Fundamental até o Ensino Médio; quando os pais também recebem orientações em reuniões e palestras, representando um esforço cooperativo entre as Escolas, Pais e Polícia Militar. O PROERD é baseado no Programa Americano chamado D.A.R. E (Drug Abuse Resistance Education). No entanto é muito difícil de ser posto em prática, uma vez que depende de policiais voluntários para sua realização e, tendo em vista o efetivo militar sob seu comando estar ajustado às atividades de rotina não dispõe de voluntários, o que não deixa de ser uma lástima, tendo em vista que o programa também se propõe a aproximar o policial de sua comunidade. Após sua palestra o Capitão Rodrigo passou a responder perguntas dos presentes, inúmeros foram os temas discutidos e ficou muito claro que a Brigada Militar está fazendo o melhor possível para dar segurança ao povo Gaúcho, uma vez que não só abordou problemas locais como regionais.
Enquanto nós vivemos a euforias da Expointer os Argentinos amarguram sua política agrária
O mercado de carnes e grãos esteve paralisado na Argentina até o inicio da semana e promete se estender por mais quatro dias. A greve comercial contra as taxas de exportação, os programas emergenciais e outras questões reviveram um conflito amargo entre os fazendeiros e o governo que paralisou os mercados locais durante meses no ano passado no país que é um dos maiores fornecedores mundiais de carne, soja e milho. Os produtores afirmaram que o conflito prolongado afetou profundamente a indústria agrícola do país. "As fábricas de máquinas agrícolas estão fechadas, os caminhoneiros esperam para ver se arrumam um trabalho e os trabalhadores rurais estão sem ocupação", noticiou uma estação de rádio local.
Também no Brasil alguns setores que retomaram suas atividades começam a mostrar certa insegurança. A Expointer, assim como a Expodireto sempre foram balizadores da prosperidade do campo. Até agora os números apresentados, como venda de Máquinas e implementos tem se mostrado animadores, embora muitos dos contratos não venham a se concretizar em virtude da dificuldade que o produtor rural está enfrentando em ter acesso ao crédito rural. Mas nada que a criatividade brasileira e a proximidade do ano eleitoral não possam contornar.
O milho continua sendo a assombração dos agricultores
Os preços de milho da safra 2008/9 continuam estagnados o que poderá provocar uma redução acentuada na próxima cultura. Os altos custos da cultura anterior, os baixos índices de produtividade devido à estiagem, os preços baixos e a falta de demanda devido à estagnação de carne de frango são os motivos que levam o agricultor a apostar na cultura de soja, embora essa seja muito perigosa para o próximo ano. A China, que é o maior consumidor da oleaginosa está muito bem abastecida e continua sendo o maior comprador no momento. Existem dúvidas sobre a permanência dos preços nos níveis atuais. O que está sustentando as posições futuras é a incerteza quanto à próxima safra americana.
Reserva legal
Na expointer acontecerá dia 4 de setembro, promovida pela comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, encontro com o objetivo de debater sobre a questão ambiental, reserva legal e a proposta para modificar o código florestal. Certamente será concorrida, pois, é um tema importantíssimo para a economia do país e em especial do Estado do Rio Grande do Sul.
Para reflexão
"Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontra todos os segredos, inclusive o da felicidade." Charles Chaplin

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ZERO HORA - LEODÁRIO - DAVID COIMBRA - SENADOR FLÁVIO ARNS

Boa tarde,
Guardei este excepcional artigo do David Coimbra para esse momento.
Hoje arquivaram todas as denúncias de falcatruas praticadas pelo Presidente do Senado Sr. José Sarney. A história com o tempo nos cobrará o resultado do acontecimento. Nenhum homem é tão bobo a ponto de aguentar os desmandos que estão acontecendo no país com a única finalidade de se perpetuar no poder. É oportuno tambem, deixar registrado o discurso dO senador petista Flávio Arns SEM ANTES FAZER REFERÊNCIA AS PALAVRAS DO PRESIDENTE LUIZINHO, MENOSPREZANDO A ATITUDE DO SENADOR EM UM PRONUNCIAMENTO NA TC. "MAIS OU MENOS ELE DISSE ASSIM: O senador Arns não tem muita importância, é um senador de primeiro mandato e sua decisão não infuirá em nada" Isso que dizer: é um senadorzinho inexpressivo tanto faz com ele como sem ele.
Senador petista Flávio Arns diz que PT rasgou “as bandeiras da ética e da justiça”

O senador Flávio Arns (PT-PR) anunciou no final da tarde desta quarta-feira que pedirá à Justiça Eleitoral para sair do PT. O senador vai esperar que a justiça decida se o mandato pertence a ele ou ao partido.

“Quero que a justiça diga que o PT foi infiel ao ideário do partido”, disse ele. O senador disse que ficou envergonhado com a decisão da bancada petista em votar pelo arquivamento das ações que foram movidas contra o presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP). “Fiquei envergonhado com o que aconteceu. Estamos dando as costas para a sociedade brasileira. Hoje as bandeiras da ética e da justiça foram rasgadas”, disse ele. Arns avaliou que o PT decidiu apoiar José Sarney na presidência do Senado unicamente porque está interessado no apoio do PMDB à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas eleições para sucessão do presidente Lula. “Aspectos eleitorais estão se sobrepondo a assuntos como democracia, ética e respeito à sociedade. A ordem dos valores está invertida”, disse ele. Arns é ligado à Igreja Católica e sua retórica é só para ficar bonito com o eleitorado. Os padres da Teologia da Libertação farão ele permanecer no PT. É a aposta de Videversus.

31 de julho de 2009 | N° 16048AlertaVoltar para a edição de hoje

DAVID COIMBRA
Saturação
Não aguento mais esses caras. Todos eles. Precisávamos fazer alguma coisa. Nós precisávamos. Nós, que digo, somos nós contribuintes, eleitores, trabalhadores. Nós “povo”. Para começar, vamos extinguir o Senado. Podemos fazer isso.

Direi como.

Antes, faz-se necessário sublinhar que o Senado não é o único culpado pela minha saturação, que, suponho, seja a nossa saturação. A culpa cai sobre o Legislativo inteiro, do vereador verdureiro de um povoado do Tocantins ao nababo que se elegeu deputado federal por São Paulo a golpes de euros. Os parlamentares, enfim, eles com suas barganhas espúrias, com suas viagens de turismo patrocinadas pelas burras do Estado. Com sua demagogia.

Mas não só os parlamentares. O Executivo também. Sobretudo o governo federal, que intumesce os quadros do funcionalismo para se eternizar no poder, que tolera e acalenta corruptos, que faz caridade com o dinheiro dos impostos. E também o governo estadual, com suas escolas de lata. E o municipal, com sua letargia crônica.

O Judiciário, ainda que seja menos devassável, não é menos reprovável, com seus palácios de mármore e seu nepotismo figadal.

Executivo, Legislativo, Judiciário. Se nenhuma peça funciona como devia, o defeito está no sistema. Nosso estilo de democracia não funcionou, temos que admitir. Esse modelo, baseado no norte-americano, teria de ser trocado. Mantendo-se a democracia, claro, mas de outro tipo. Um rodízio de governantes, como na Suíça. Parlamentares não remunerados talvez não fosse boa ideia... Sei lá. Sei que é preciso mudar.

Mas não vai mudar, se não fizermos nada. Por isso, a extinção do Senado. Vamos tomá-lo como um símbolo. Vamos fechá-lo para sempre e adotar o unicameralismo, que existe em tantas nações.

Como fazer? Assim: não vote para senador nas próximas eleições. Peça a seus familiares, a seus amigos, a seus colegas, peça a quem você encontrar na rua que não vote para senador. Espalhe essa mensagem pela internet, cole adesivos nos vidros do seu carro, grite que você se recusa a votar para senador. Em qualquer senador.

Os senadores dignos, que há senadores dignos, como há homens dignos em todos os três poderes putrefatos, pois esses senadores dignos deveriam tomar a peito a campanha. Deveriam renunciar. Um Cristovam Buarque, um Eduardo Suplicy, eles deveriam subir à tribuna e, num gesto grandioso, desistir do mandato em nome do povo brasileiro. Os nossos senadores, Simon, Paim e Zambiasi, homens sérios, tinham de fazer o mesmo. Que as cadeiras do Rio Grande do Sul fiquem vazias no Senado. Que nenhum gaúcho, nenhum brasileiro vote para senador nas próximas eleições. Para gritar a nossa indignação, vamos fechar aquele lugar. Vamos acabar com os senadores. Ou, pelo menos, cobri-los de vergonha.

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br
Estamos vivendo tempos difíceis, penso que em momento algum, nós gaúchos estivemos encurralados por notícias de um fato invisível, mas que cerceia a liberdade e provoca tanto constrangimento como a gripe A. O normal de nos cumprimentar é de mão pegada, beijos e abraços afetuosos. Os meios de comunicação alertam para certos cuidados, após um aperto de mão, usar álcool gel, lavar diversas vezes as mãos. “Ta certo”, em época de epidemia que isso seja observado, mas que não fique como um costume adquirido.
Embora o momento não seja propício a reuniões elas acabam acontecendo e, certa noite um acalorado grupo discutia sobre algumas peculiaridades que a cidade apresenta. Dentre elas o churrasco, desnecessário dizer que em nenhum lugar se come um churrasco como em Lagoa Vermelha e essa era a opinião dos visitantes que nos acompanhavam. A grande incógnita para eles é o motivo de não termos uma churrascaria típica. É certo que existem bons restaurantes, que oferecem um suculento churrasco, mas não é exatamente uma churrascaria. É uma boa questão para o Conselho Municipal de Turismo, embora tenhamos algumas suspeitas do motivo, seria interessante uma pesquisa sobre o assunto. Alguns dirão: - mas o CTG está se preparando para isso. Ótimo, porém ainda não chegamos lá. O que os visitantes querem é ver, comer, sentir o aroma e o sabor do churrasco lagoense.
Um fato que está preocupando, embora exista norma específica é a tomada indiscriminada dos passeios públicos pelas construções. O plano diretor estabelece do trânsito e uso de logradouros nos art. 8º e seguintes as regras para isso e muitas outras coisas que, já causaram sérios acidentes, mas continuam sem fiscalização, dentre as quais a circulação de bicicletas sobre o passeio público ou na contra mão. É fácil, está tudo no site de Lagoa Vermelha. Vamos cumprir a lei e viver em harmonia, cada coisa em seu lugar. Já temos um trânsito um tanto complicado, mas deixem o passeio paras os pedestres.
Reserva Legal: a Insustentabilidade econômica e social do setor produtivo
Por ser um tema de grande interesse das classes produtoras e de nossa cidade em especial, vamos procurar condensar o artigo do Deputado Luis Carlos Heinze que trata com extrema clareza sobre o assunto. Dentre outras coisas diz ele: - A pretendida e descabida ampliação das áreas de proteção permanentes (APPs), caminho que o país pretende percorrer, é a contramão da realidade financeira internacional e terá como consequência inevitável a insustentabilidade econômica e social do setor produtivo primário brasileiro. Os números que irei disponibilizar aqui são alarmantes, para não dizer trágicos. Indicam claramente a ruína do agronegócio brasileiro, com gravíssimas consequências para toda a economia do país. Chamo a atenção para o perigo que está rondando o Brasil neste exato momento.
O caso específico do Rio Grande do Sul, que tem uma área de 28,2 milhões de hectares, corre o risco de perder 20% dela, como é o desejo de ONGs internacionais que tentam forçar o governo brasileiro a ceder às suas exigências. O caos que se avizinha vai atingir em cheio a lavoura de fumo, que tem hoje 95 mil produtores envolvidos. Seguramente, 60% deles deixarão de plantar, pois estão em área de declividade de até 45 graus. Pior ainda ocorrerá com produtores de videira e de alho, com 80% deles sendo obrigados a abandonar as plantações. Vai acontecer o mesmo com a lavoura de arroz em várzea, uma atividade que congrega cerca de 15 mil produtores e a metade será inevitavelmente atingida pelas medidas que se pretende adotar.
A economia brasileira será terrivelmente abalada. Imaginemos da porteira para dentro, o grande prejuízo que aguarda o produtor rural. Agora, se olharmos da porteira para fora, vamos de encontro à saúde financeira do país, pois o setor agropecuário é – comprovadamente – o grande responsável pelo saldo da balança comercial brasileira e um dos setores que mais gera empregos. Para se ter uma idéia, a cada posto de trabalho aberto no campo, outros dois são criados na cidade.
Não há na lei que define as áreas de proteção permanente nada em consoante com a modernidade, não passando de um “abuso ambientalista”, patrocinado por ONGs radicais e carecendo de um estudo técnico e científico mais profundo.
O fato é que precisamos manter as áreas já consolidadas e uma política séria e responsável que não venha a se curvar diante de uma simples pressão de ONGs internacionais, que insistem em adotar no Brasil as restrições que não querem em seus países de origem. Se a nação brasileira dobrar os joelhos diante da imposição destas ONGs será o maior retrocesso econômico e social da história do país. Retrocesso que não tem nem amparo legal, se levarmos em conta o dispositivo do “direito adquirido”.
Só no Rio Grande do Sul a perda de área produtiva chegará a 5,6 milhões de hectares, caso tenha que entregar 20% de seu território. Não será preciso nem uma calculadora para contabilizar o tamanho do custo ao produtor. Considerando o preço médio do hectare a R$ 5 mil, o prejuízo totalizaria R$ 28 bilhões. Se o acham incomensurável, então acrescentem a ele as despesas com georeferenciamento, agrônomos, averbação nos cartórios de registro e com o próprio restabelecimento das florestas, pois além de entregar suas terras o proprietário rural terá ainda de cercar e plantar árvores. Um valor que elevaria a despesa em mais R$ 10 bilhões, totalizando a incrível cifra de R$ 38 bilhões.
Aí, surgem uma constatação e uma indagação: O produtor rural já é penalizado historicamente com a falta de políticas consistentes e ele não terá como arcar com mais um prejuízo. Então, quem deveria pagar? No nosso entendimento, se prevalecer a reserva legal, o custo tem de ficar com a União. Afinal, é ela que está aceitando as exigências impostas por segmentos estrangeiros, mesmo cientes do imenso prejuízo que causará à economia nacional. O que não pode acontecer é o produtor ser obrigado a pagar pelo problema que foi criado por outros. É uma questão de justiça, independente do tamanho da propriedade.
Se o estado entender que não pode indenizar, que transfira a conta para as ONGs como WWF ou Greenpeace. É o mais lógico, pois se elas querem transformar o Brasil na maior floresta do mundo, então que paguem por isso. Dinheiro elas tem. Basta verificar o número de veículos que compram exclusivamente para fiscalizar os agricultores brasileiros. É preciso deixar claro que APPs e reserva legal tem custos. Aliás, custos altíssimos. Não é brincadeira ambiental. É coisa séria, com danosos reflexos na economia nacional, que não tem a mínima importância para as ONGs, todas estrangeiras, que não exigiram em seus países o que querem impor por aqui. É interessante conhecer todo o teor do artigo. É um tema que diz respeito a todos nós.
Para reflexão
"A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga." Provérbio Japonês