segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br

Como diz o Presidente Luiz Inácio, “nunca antes nesse país se viu” um ano chegar ao final tão melancólico, embora as compras de última hora para o Natal tenham alavancado um pouco à economia, é previsto principalmente o primeiro trimestre de 2009 recessivo. Diversos são os motivos, essa marola que ronda a economia mundial está causando certo desconforto e descrédito quanto ao consumo inicial do ano. O Governo Federal, por enquanto tem tentado passar otimismo aos consumidores, mas não é o que se nota por parte do empresariado. Férias coletivas, acordos de trabalho para evitar demissões, tudo para tentar postergar o máximo o enxugamento funcional e a redução na produção. O setor alimentício que, embora não figure como inflacionário está se preparando para enfrentar novos tempos. É hora do produtor rural também rever suas metas. As notícias de clima adverso e de redução de consumo são uma constante nos noticiários. Está na hora do setor atacadista e varejista readequar seus preços, assim como outros setores, como o automotivo. Ninguém quer o fantasma da recessão, muito menos com inflação, seria o caos. Já escrevemos que o governo deveria tomar suas medidas. Algumas já foram tomadas como a redução de impostos para alguns segmentos industriais, mas fica difícil entender, enquanto o mundo todo reduz os juros praticados pelos Bancos Centrais, como forma de incentivar o consumo e com isso manter o ciclo econômico num equilíbrio razoável, o nosso teima em manter taxas altíssimas. O poder público preparou uma bela arapuca com a contratação de novos servidores, mais vereadores nas Câmaras Municipais, ah! Quem sentiu falta deles na legislatura passada? Talvez os deputados e senadores que tiveram menos cabos eleitorais. Bem previsões, críticas, e palpites são o que não faltam. Principalmente para o pior. Quem não lembra do boato da quinta-feira, para despencar o mercado na sexta-feira. Era uma prática costumeira há uns vinte e poucos anos. Vamos ser práticos e otimistas, o trabalho produtivo sempre rendeu bons dividendos. Que venha o ano de 2009, vamos recebê-lo com fé e esperança. Um feliz e venturoso ano novo a todos, não podemos nos contentar em apenas sobreviver, nosso desejo é de um crescimento tanto espiritual quanto material, é em épocas de incertezas que o homem cresce.
O apartheid dos juros
Apartheid ("vida separada") é uma palavra de origem africana, adotada legalmente em 1948 na África do Sul para designar um regime segundo o qual os brancos detinham o poder e os povos restantes eram obrigados a viver separados dos brancos, de acordo com regras que os impediam de ser verdadeiros cidadãos. Este regime foi abolido por Frederik de Klerk em 1990 e, finalmente em 1994 eleições livres foram realizadas. Hoje em nosso país o apartheid está sendo criado inversamente, aliás, inventado por um bando de aloprados, Contrariando os preceitos Constitucionais de que todos somos iguais e com um resultado imprevisível. Mas o fundamento de nosso comentário é realmente sobre os diferenciais de juros cobrados dos devedores em instituições de crédito. Para isso nos valemos de notícia sobre os juros da::“Caixa Econômica Federal reduz juros a partir de janeiro de 2009, a Caixa Econômica Federal passa a operar com novas taxas nas modalidades de crédito comercial. O banco irá reduzir os juros de 21 linhas de empréstimo para pessoas físicas e jurídicas, com base na previsão de redução do seu custo de captação projetado para o ano de 2009. Para o gerente regional da Caixa em Curitiba, Alvaro Luiz Martins, a Caixa mais uma vez se antecipa, promovendo a redução das taxas de juros e disponibilizando crédito para todas as camadas da população, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica”. No penhor, por exemplo, a taxa de juros passou de 2,99% ao mês para 2,25%, um ajuste de 24,75 pontos. No cheque especial, a taxa mínima foi de 1,47% ao mês para 1,37% ao mês e a taxa máxima reduziu de 7,98% para 7,49% ao mês. Fonte: Redação, divulgada em 27 de dezembro. Isso coloca no papel o que todos sabíamos. Existem vários tipos de tomadores de crédito. O cidadão comum, aquele que se socorre diariamente do limite no cheque especial pagará 7,49% ao mês de juros, enquanto que, outros, certamente aqueles que detêm grandes operações e dão uma reciprocidade super especial terão uma taxa se 1.37% ao mês”. Estou citando o exemplo da caixa, pois foi o divulgado, isso não quer dizer que outro estabelecimento não pratique a mesma modalidade. É difícil entender as próprias explicações dos especialistas nas finanças, que os juros dos cheques especiais são elevados porque é um numerário que está à disposição do cliente, para usá-lo a qualquer momento. Fico intrigado com a expressão: disponibilizando crédito para todas as camadas da população. Interpretem como melhor aprouver.
Crédito agrícola: governo estuda novo modelo
O governo federal tem um grupo de especialistas estudando a nova política de crédito para o setor agrícola. A afirmação foi feita pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, que participa, neste momento, de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado Federal. Segundo Stephanes, o atual modelo está esgotado e, para garantir o futuro da produção agrícola, é necessário reestruturar as políticas de crédito e de preços e o seguro rural. O ministro afirmou ainda que as áreas da agricultura e do meio ambiente têm objetivos comuns e reiterou a necessidade de se manter as discussões em nível estritamente técnico. “Tenho uma visão clara de que o atual Código Florestal não atende nem ao pressuposto de produzir, nem ao de proteger”. O ministro disse ainda que, se esta legislação for inteiramente aplicada, um milhão de pequenos produtores, que atuam em áreas consolidadas e fora do bioma amazônico, terá que suspender suas atividades. Fonte: MAPA
Educação a Distância: Rumo à Total Democratização do Ensino
No último dia 27 de novembro comemorou-se o Dia Nacional da Educação a Distância. A rigor, pode-se afirmar que essa é uma forma de educação que está apenas começando no Brasil. São vários os modelos de educação à distância: o mais antigo acontecia (ainda acontece?) via correspondência (correio). Hoje utilizamos (sobretudo) o satélite, a internet, o celular e o cinema. Essas são as "quatro telas" da educação. Hoje são 972.826 estudantes a se beneficiar da EAD e, temos o privilégio de ter em Lagoa Vermelha um pólo da única instituição que oferece o Ensino a Distância Presencial Conectado. Empresários conheçam também o sistema Treinamentos in Company..
Para reflexão de ano novo
"Se você não for melhor que hoje no dia de amanhã, então para que você precisa do amanhã?” Rabbi Nahman de Brastslav.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br



Na sociedade contemporânea, as ações de Responsabilidade Social e Cidadania correspondem a uma série de iniciativas e práticas corporativas que procuram diminuir desigualdades e ajudar no aprimoramento da cidadania, envolvendo o governo Federal, Estadual e Municipal, como agentes fomentadores de desenvolvimento, afinal é para isso que são pagos. É de responsabilidade dos agentes governamentais tomarem a iniciativa visando minorar qualquer desequilibro sócio econômico das Nações. É inacreditável que empurrados por alguns aventureiros no mundo das finanças o mundo todo venha a cair num penhasco de desespero. O mundo todo se preocupa com o sistema financeiro, imobiliário, automotivo. Mas não temos visto nenhuma ação efetiva para proteger os milhões de famílias que passarão as “Festas de final de ano” amargurando uma demissão, ou em férias coletivas, já sabendo que o retorno será marcado por um aviso prévio. Os economistas são categóricos, em termos de Estados Unidos, caso não haja um aporte astronômico de recursos, a Ford a GM e suas subsidiárias, simplesmente quebram. Quebrando lá, também quebram aqui! Mundo incompreensível, há menos de um ano apenas os Estados Unidos apresentavam algumas dificuldades, talvez uma pequena recessão, A bola de neve cresceu, a marola se tornou onda e, caso não haja por parte de nosso governo uma profunda modificação estrutural, teremos na economia o que o clima costuma fazer com certas regiões da terra. Parece-nos que os tempos de bonança para o governo estão chegando ao fim. Durou muito, oito anos de estabilidade, conseguida com muito sacrifício e de certa forma com a marcação cerrada que a oposição fez para não existirem atitudes desvairadas, como compra de aerolula, perdão de dívidas a alguns países, entrega de patrimônio a outros. Ah! O que virá depois do Natal?
A festa continua
Talvez já existam algumas respostas para a pergunta. A Polícia Federal prendeu o “empresário” Enivaldo Quadros, desembarcando no aeroporto de Guarulhos, numa madrugada, com 361 mil euros não declarados à Receita. Antes os dólares saiam nas cuecas, agora os euros entram em maços de dinheiro vivo escondidos nas meias, ma cintura, na cueca e em uma pasta de mão. O rico importador de euros é um dos 40 réus do escândalo do mensalão. Ao descobrirem os maços de euros os policias prenderam o empresário sócio da corretora Bônus-Banval em flagrante pelo crime de “falsidade ideológica”. Coisa estranha, os euros eram verdadeiros! Será que vai acontecer com ele o mesmo que aconteceu com a Bispa Sônia e seu marido quanto tentaram entrar nos Estados Unidos com dez mil dólares não declarados? Duvido! Afinal estava apenas repatriando um pouco daquilo que tinha sido levado nos tempo de abundância. Quando estourou o mensalão, a Bônus-Banval teria sido uma das corretoras que intermediou os repasses de dinheiro para parlamentares em troca de apoio político ao governo federal.
Soja transgênica avança na União Européia
Quase 80% da soja que será consumida na União Européia em 2008 será transgênica, aponta levantamento da consultoria brasileira Céleres com base em dados oficiais do bloco e de seus principais fornecedores do grão no exterior - Brasil, Argentina e Estados Unidos, nesta ordem. Em 2007, o percentual atingiu 77%. A partir desse diagnóstico, Anderson Galvão, diretor da Céleres, sente-se seguro para afirmar que "não existe restrição ao consumo de soja transgênica" nos 27 países-membros da UE, apesar da sobrevivência de alguns focos de resistência aos organismos geneticamente modificados (OGMs) no velho continente. Nesse contexto, a consultoria alerta que o Brasil, como principal exportador do grão para o bloco, "precisa avaliar com critério suas posições nas discussões internacionais, como no caso do Protocolo de Biossegurança que trata, entre outros itens, do comércio internacional de produtos transgênicos". A sugestão, aqui, é que se o país aceitar travas rígidas a esse comércio, pode acabar prejudicado. "É claro que sempre haverá um nicho que desejará consumir soja não transgênica, mas a verdade é que, hoje, mais de três quartos da população daqueles países [da UE] estão consumindo soja transgênica e vêm fazendo isso de forma estável nos últimos dez anos", Para chegar às conclusões apresentadas, Anderson Galvão cruzou dados de produção, exportação, importação e consumo. Ele mostra, por exemplo, que as exportações brasileiras de farelo de soja - e de grão posteriormente convertido em farelo dentro do bloco - deverão saltar de 3,155 milhões de toneladas, em 2003, para 9,697 milhões em 2008. Nesse mesmo intervalo, a participação da soja transgênica no plantio total do grão no país passou de 18% para 62%. São semelhantes os comportamentos envolvendo as vendas argentinas e americanas para a UE. Para a Céleres, "isso significa que a indústria de ração animal da UE está gradualmente substituindo o uso da soja convencional pelo da soja transgênica, sem prejuízo para o mercado, visto que a produção total de rações no bloco encontra-se estabilizada". Apesar do avanço, há espaço para todo mundo. Recentemente foi criada no Brasil a Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), justamente para explorar, sobretudo o apetite europeu por grãos convencionais. Fonte: Valor Econômico
Levantamento divulgado pelo IBGE da Safra 2008
A produção brasileira de grãos registrou em novembro 145,7 milhões de toneladas, resultado 9,4% superior ao obtido em 2007 (133,1 milhões de toneladas). Segundo levantamento divulgado nesta segunda, dia 8, pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o volume é apenas de 86,61 mil toneladas superior ao previsto em outubro. O IBGE também realizou em novembro o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2009, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos Estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. A produção de grãos em 2009 está estimada em 140,2 milhões de toneladas, 3,8% menor que a de 2008. Com a redução de crédito aos agricultores, talvez os números não sejam tão otimistas, outro fator muito importante é o clima que tem se mostrado extremamente adverso à agricultora.
Para reflexão
Dedicado a nossos vizinhos Catarinenses.
"A esperança é o único bem comum a todos os homens: aqueles que nada mais têm ainda a possuem." Tales de Mileto