quarta-feira, 30 de setembro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br
Final de tarde, terça-feira à noite, ainda aguardam alguns compromissos, estava finalizando um contato telefônico quando recebo uma chamada em meu celular, antes mesmo de atender já sabia que era o amigo, empresário e engenheiro civil Flávio Castellano Neto. De pronto me pergunta: - Vamos à Sananduva hoje? – O que vamos fazer lá? – A prefeitura em conjunto com o CDL e a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços estará promovendo uma palestra na Casa da Cultura com o Secretário Estadual do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais Márcio Biolchi, também estará presente um diretor da Caixa – RS. Os temas a serem abordados devem ser interessantes ao desenvolvimento regional. Já havia participado de palestras do Secretário Márcio Biolchi, no entanto me interessou mais saber sobre a Caixa – RS, órgão fomentador de inúmeros projetos de sucesso na região. Pensei na estrada ruim, mas o convite me pareceu irrecusável. A palestra estava organizada para as 19 horas, portanto deveríamos partir logo. O evento teve seu início praticamente no horário previsto no confortável anfiteatro da Casa da cultura, com um protocolo bem organizado, de imediato o Secretário Biolchi começou sua explanação, falando inicialmente da Junta Comercial, de sua modernização e importância para o início de um novo negócio. Uma coisa me intrigou, o Secretário perguntou: - O escritório mais próximo de vocês fica em Lagoa Vermelha? Silêncio total. Finalmente alguém murmurou: - Não Senhor, fica aqui em Sananduva. - Bem, então vocês conhecem o quanto está sendo modernizado, informatizado e com o compromisso de acompanhar o primeiro ano de atividade dos novos empreendedores. A Junta Comercial é um órgão ligado a SEDAI. A seguir passou a discorrer sobre a finalidade da Caixa – RS como instrumento para alavancar o desenvolvimento. Falou sobre as Redes de Cooperação, Arranjos Produtivos Locais, Distritos Industriais, Fundopem e Sala do Exportador e Garantias. Mostrou inúmeras formas de alcançar o desenvolvimento, também apontou alguns problemas, como a apresentação de bons projetos e como sempre, garantias.
O tema principal da palestra foi à função da Caixa RS:
• Fomento Empresarial - Financiamentos
– Indústria, Comércio e Serviços e Infra-Estrutura, Agropecuária.
• Fomento Público – Financiamentos e Serviços
– Municipal e Fundos Estaduais de Desenvolvimento
• Fomento Social – Financiamentos e Fundo Garantidor
– Microcrédito Direto e Microcrédito através de ICCs
• Agronegócio.
Com o Adroaldo Zottis, Flávio Castellano Neto, que constava no protocolo como um dos palestrantes da noite, atividade que declinou antecipadamente, devido à amplitude do tema a ser abordado pelo Secretário, costurou a possibilidade ser realizada em Lagoa Vermelha atividade semelhante em comum acordo com o poder executivo, respectiva secretaria e entidades de classe. Realmente foi um ótimo evento. Casa cheia.
ARTIGO
Pensei que não fosse possível, mas é

Márcio Cavalca Medeiros
“Impressionante como todos nós custamos a acreditar em algo que nos é falado da boca para fora. Sempre ouvi dizer que em determinados países a conscientização no trânsito era diferente no Brasil. Sabe aquelas histórias de que o brasileiro é o pior motorista do mundo e que os estrangeiros é que são maravilhosos? Pois bem. Estive recentemente na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, e tive a oportunidade de testemunhar algo surpreendente: motorista de carro brasileiro com consciência e educação no trânsito. Isto quer dizer que eu pensava que não fosse possível ver isso, e acabei vendo e participando do fato.
A cidade de Gramado é encantadora. Nada é parecido com qualquer cidade paulista. A arquitetura é diferente, o clima é especial, as ruas e calçadas devidamente planejadas, lojas encantadoras, flores.... muitas flores.... e em todos os lugares... realmente é uma cidade nada brasileira. Dois detalhes que me chamaram muita atenção: semáforos e fios elétricos suspensos. Simplesmente não existem. A Avenida principal, chamada de Borges de Medeiros, é a mais longa, a mais larga e a que reúne os principais estabelecimentos comerciais. Toda nivelada, sem um semáforo e todos os fios (elétricos e de telefonia) embutidos.
Pode parecer coisa de arquiteto, ou urbanista maluco, mas realmente a impressão é outra sem aquela teia de fios em todos os postes de Rua. A impressão que se dá, aqui no Estado de São Paulo, é que tendo poste é para pendurar fios. Seja qual for: cordas, fios elétricos, telefonia, TV a cabo, iluminação e por ai vai. Em Gramado o poste tem somente lâmpadas. Todos eles são padronizados, e ainda de uma forma que a arquitetura da Rua absorva de forma natural, sendo imperceptível na visão do cidadão.
Uma cidade em que o turismo é o principal produto do município, táxi e carros especiais de transporte são muito comuns transitarem para lá e para cá. Existe até um restaurante que oferece uma “limusine” para buscar os clientes e levá-los de volta. Diante de tanto carro, imagina-se que qualquer cabeça de bagre é o motorista. Engano. Os que eu tive oportunidade de conhecer eram todos bem educados, solícitos e sempre demonstrando interesse em ajudar e auxiliar no que fosse preciso. Uma simpatia a toda prova.
Numa das corridas entre o local do evento que fui e o hotel, peguei um táxi e conversava com o motorista durante o trajeto. Enrolei, até perguntar: “Esta cidade não tem semáforo?”, para minha surpresa o rapaz respondeu: “Não”. Curioso que eu estava, indaguei: “Porque não?”. Pacientemente o motorista, sem se irritar e sem olhar com aquele pensamento que me acusara de imbecil, respondeu: “Aqui a gente acredita que povo educado não precisa de semáforo”. Não foi preciso me dizer mais nada. Entendi perfeitamente a mensagem e parabenizei não só ele pelo comportamento, mas a forma dele pensar.
Realmente em Gramado (em Porto Alegre também percebi isso), quando o pedestre pisa na Rua ou Avenida, o motorista reduz ou pára o veículo. A velocidade não é exagerada e existe tempo para tudo, sem a necessidade de buzinar ou gritar. Fiquei impressionado com o comportamento e a forma de pensar neste sentido daquelas pessoas, pois já assisti em São Paulo e até mesmo na cidade de Marília, cenas bárbaras de pura selvageria.
Ainda não acreditando que havia percebido isso, pensei que fosse algo de minha imaginação e ainda contaminado com o entusiasmo e ansiedade que me acompanham em todas as viagens que faço. Ao encontrar Liza, minha esposa e amada, ela faz o mesmo tipo de comentário que o meu, mas antes que eu pudesse lhe contar a experiência que presenciei. Se eu que sou um “búfalo”, percebi isso, imagine Liza, que mais parece uma “borboleta”. Conclui que o comportamento do motorista é comum naquela cidade e região, o que me faz crer que seja possível um dia enxergar isso nos motoristas paulistas.
Para aqueles que ficaram pensando o que eu fazia sozinho no Táxi? Respondo de imediato: Enquanto eu participo do evento, Liza foi conhecer todas as lojas da cidade, e para minha surpresa não comprou quase nada. Pensei que isso não fosse possível, mas é”.
Márcio Cavalca Medeiros, é empresário, radialista e ex–jornalista e diferente de alguém tem outra visão do Rio Grande do Sul e, com o tempo quem sabe nossa cidade também tenha um trânsito civilizado como ele descreve em seu artigo, transcrito na íntegra, como ele me enviou. A propósito será que tem cabimento fechar para o trânsito a quadra entre a prefeitura e a antiga Miagro, tendo como finalidade facilitar a passagem de cadeirantes? O futuro certamente nos dará a resposta.
Para reflexão
"Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância." Sócrates.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br



Muitas vezes penso que minhas opiniões são mais fortes do que meu juízo, a expressão não é minha, mas serve para externar a angústia que muitos sentimos quando nos deparamos com fatos naturais incontroláveis. A vida e a morte são, dentre tantos fatos naturais, algo que estão completamente fora do controle do homem. Ah! Muitos dirão e o clima, os vendavais as enchentes e as estiagens o homem também não tem o poder de evitar. Mas são incertas imprevisíveis e ocasionais, enquanto que a vida e a morte são inevitáveis. A vida é celebrada com entusiasmo, alegria, “nós celebramos a vida”. A morte é o fim de uma jornada, é a estação fatal onde cada um de nós irá desembarcar da vida terrena para iniciar nova jornada. Nos últimos tempos a civilização agitada e impiedosa tem contribuído para ceifar muitas vidas em pleno vigor, homens e mulheres que partem sem nenhum aviso prévio. É como o jardineiro que escolhe as mais belas flores para ceifar e apresentar ao Supremo Árbitro dos Mundos como um mimo precioso. A passagem do amigo e irmão Jucimar nos faz refletir, lembrar de tantos outros, amigos e amigas que partiram do plano terreno. Não por acidente, mas por um fato absolutamente natural, a morte! O poeta, o músico, o profeta, o filósofo, o médico, o religioso e o ateu tentam explicar o final da jornada. O mestre diz: A viagem para o encontro com Deus é para dentro de nós.
Diesel em carros de passeio
A mídia já anuncia marcas de carros de passeio a diesel, a televisão anuncia que os motores diesel que movem muitos automóveis no exterior, principalmente na argentina são fabricados no Brasil. Em audiência pública da comissão de Infraestrutura do Senado, o Ministro Edison Lobão (Minas e Energia) informou que o governo está analisando a possibilidade de liberar o uso desse combustível para os carros brasileiros. Não deixa de ser curioso tal fato, até porque a justificativa do Ministro é de que o País precisa se preparar para o caso de precisar adotar o modelo europeu que permite o uso de diesel em carros de passeio. Certamente alguma artimanha está por trás disso. Será o biodiesel, ou será que já estão se preparando para utilizar o petróleo oriundo da exploração dos poços do pré-sal.
O mercado interno de trigo continua com pouca movimentação
Como sempre acontece, depois de alguma motivação para o cultivo do cereal, os compradores reduzem sua presença no mercado, A valorização do real frente ao dólar, está com as cotações beirando R$ 1,80, os preços internacionais em baixa cooperam para essa falta de ânimo. Os preços no Rio Grande do Sul indicam cotações entre R$ 380,00 a R$ 410,00 por tonelada, No Paraná os preços giram em torno de R$ 400,00 por tonelada. O atual comportamento do clima com excessos de chuvas não se mostra favorável à cultura e a intensidade da quebra provocada pelas severas geadas ainda são uma incógnita para se apurar a qualidade e produtividade. Já as lavouras de trigo da Argentina tiveram uma boa recuperação com as chuvas, embora nos últimos dias já causem preocupação. A produção Brasileira está sendo estimada em 5,5 milhões de toneladas o que certamente obrigará o país a importar algo em torno de seis milhões de toneladas. O excesso de chuvas deverá proporcionar um bom volume de cereal de baixa qualidade, destinado a ração animal, desestimulando ainda mais o plantio de milho para a safra 2009/10.
BR 470 um crime de lesa pátria
A exemplo de tantas outra obras paralisadas nesse país, em especial em nossa região o que foi feito de terraplenagem, britagem e outros trabalhos na BR 470 foram por água abaixo. Milhões de reais estão hoje assoreando rios, levados pela forte enxurrada que os mais de 200 mm de chuvas ocasionaram nas últimas semanas. Não é necessário fazer nenhuma verificação na obra, basta transitar pela rodovia que liga Lagoa Vermelha a Sananduva, ou certos trechos de nossas ruas para ter uma noção do efeito devassador da chuva que ultimamente não dá trégua, carregando na enxurrada o dinheiro público. Não seria hora de trazer alguns políticos para serem fotografados ao lado do estrago provocado pela paralisação da obra? Não faz muito os jornais publicaram fotos de homens públicos inspecionando as obras. Seria conveniente inspecionarem também os estragos. E o trecho Lagoa Vermelha - André da Rocha, ou Nova prata, (não sabemos mais o que é de competência da União ou do Estado) a licitação para o projeto já não deveria ter saído? Assim como a nova licitação para o trecho Lagoa Vermelha a Pontão?
Governo amplia restrição a estrangeiros na Amazônia
Divulgado em reportagem pela Folha de São Paulo, o governo estuda projeto para que os não brasileiros só possam ter até 10% das terras das cidades da região. Texto, que visa fechar cerco à invasão estrangeira na área, deverá ser enviado ao Congresso e não altera limite de 25% para o resto do país. Assim, a soma das terras nas mãos de estrangeiros não poderá ultrapassar a 10% das superfícies dos municípios da Amazônia Legal. O projeto está no aguardo do presidente Luizinho para ser enviado ao Congresso. Atualmente, o limite é de 25% incluindo a Amazônia. As restrições, listadas na minuta do projeto de lei obtida pela Folha, valem para três categorias: estrangeiro que vive no Brasil, pessoa jurídica estrangeira residente no país e pessoa jurídica brasileira controlada por capital estrangeiro. As limitações são as soluções jurídicas para, no papel, fechar o cerco à invasão estrangeira na Amazônia e, no discurso, falar em soberania nacional. Hoje, no cadastro do Incra, os estrangeiros aparecem com um total de 3,6 milhões de hectares, distribuídos em 34.082 imóveis rurais. No governo, imagina-se que esse número esteja subestimado, por conta da prática do uso de laranjas.
Basta saber se o governo terá tutano suficiente para retomar as áreas já adquiridas pelos estrangeiros. O que fará com elas? Talvez destine ao MST, acabando de vez com as invasões, com as cidades de lona preta, com as mortes estúpidas e consequentemente conquistar um poderoso aliado. Será auspicioso?
Para reflexão
"Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado." Albert Einstein.

Maçonaria, Loja Maçônica e Maçom▲

Maçonaria, Loja Maçônica e Maçom▲

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER

leodario.schuster@terra.com.br


A convite do Rotary Club o comandante da Brigada Militar, Capitão Rodrigo Schuwaab da Silva, responsável pelo policiamento dos municípios de Lagoa Vermelha, Capão Bonito do Sul, Caseiros e Ibiraiaras realizou importante palestra. O assunto abordado, como não poderia deixar de ser foi à segurança pública em Lagoa Vermelha. Com muita propriedade explanou sobre a atuação da Brigada Militar no momento atual. Hoje as cidades de menor porte estão sendo o alvo preferido dos meliantes, essa é a preocupação dos integrantes do Rotary, até porque a própria população está menos precavida contra a violência urbana. O Capitão Rodrigo expôs sobre o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) que é uma iniciativa da Polícia Militar de prevenção para crianças do Ensino Fundamental até o Ensino Médio; quando os pais também recebem orientações em reuniões e palestras, representando um esforço cooperativo entre as Escolas, Pais e Polícia Militar. O PROERD é baseado no Programa Americano chamado D.A.R. E (Drug Abuse Resistance Education). No entanto é muito difícil de ser posto em prática, uma vez que depende de policiais voluntários para sua realização e, tendo em vista o efetivo militar sob seu comando estar ajustado às atividades de rotina não dispõe de voluntários, o que não deixa de ser uma lástima, tendo em vista que o programa também se propõe a aproximar o policial de sua comunidade. Após sua palestra o Capitão Rodrigo passou a responder perguntas dos presentes, inúmeros foram os temas discutidos e ficou muito claro que a Brigada Militar está fazendo o melhor possível para dar segurança ao povo Gaúcho, uma vez que não só abordou problemas locais como regionais.
Enquanto nós vivemos a euforias da Expointer os Argentinos amarguram sua política agrária
O mercado de carnes e grãos esteve paralisado na Argentina até o inicio da semana e promete se estender por mais quatro dias. A greve comercial contra as taxas de exportação, os programas emergenciais e outras questões reviveram um conflito amargo entre os fazendeiros e o governo que paralisou os mercados locais durante meses no ano passado no país que é um dos maiores fornecedores mundiais de carne, soja e milho. Os produtores afirmaram que o conflito prolongado afetou profundamente a indústria agrícola do país. "As fábricas de máquinas agrícolas estão fechadas, os caminhoneiros esperam para ver se arrumam um trabalho e os trabalhadores rurais estão sem ocupação", noticiou uma estação de rádio local.
Também no Brasil alguns setores que retomaram suas atividades começam a mostrar certa insegurança. A Expointer, assim como a Expodireto sempre foram balizadores da prosperidade do campo. Até agora os números apresentados, como venda de Máquinas e implementos tem se mostrado animadores, embora muitos dos contratos não venham a se concretizar em virtude da dificuldade que o produtor rural está enfrentando em ter acesso ao crédito rural. Mas nada que a criatividade brasileira e a proximidade do ano eleitoral não possam contornar.
O milho continua sendo a assombração dos agricultores
Os preços de milho da safra 2008/9 continuam estagnados o que poderá provocar uma redução acentuada na próxima cultura. Os altos custos da cultura anterior, os baixos índices de produtividade devido à estiagem, os preços baixos e a falta de demanda devido à estagnação de carne de frango são os motivos que levam o agricultor a apostar na cultura de soja, embora essa seja muito perigosa para o próximo ano. A China, que é o maior consumidor da oleaginosa está muito bem abastecida e continua sendo o maior comprador no momento. Existem dúvidas sobre a permanência dos preços nos níveis atuais. O que está sustentando as posições futuras é a incerteza quanto à próxima safra americana.
Reserva legal
Na expointer acontecerá dia 4 de setembro, promovida pela comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, encontro com o objetivo de debater sobre a questão ambiental, reserva legal e a proposta para modificar o código florestal. Certamente será concorrida, pois, é um tema importantíssimo para a economia do país e em especial do Estado do Rio Grande do Sul.
Para reflexão
"Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontra todos os segredos, inclusive o da felicidade." Charles Chaplin