quinta-feira, 9 de agosto de 2012

FOLHA DO NORDESTE ed 10.08.2012 - Considerações sobre ferro velho-fábula do camelo

LEODÁRIO SCHUSTER leodario.schuster@terra.com.br

Não se deve prometer nunca mais tocar em determinado assunto, pois, o tempo se encarrega de fazer as devidas correções. Há alguns anos nossa cidade era conhecida por ter um ferro-velho ao leste e um lixão a oeste, tanto o poder executivo quanto o legislativo, assim como a imprensa e o povo de um modo geral, gastaram horas e mais horas até que tais locais fossem devidamente limpos. Não pretendia voltar ao assunto, mas, lamentavelmente um novo depósito de carros velhos e parcialmente destruídos foi inaugurado na av. Presidente Vargas, saída para Passo Fundo.

São centenas de veículos a céu aberto, recebendo as chuvas do inverno e certamente as da primavera e verão, se transformando num verdadeiro criatório de todo tipo de insetos, ratos e répteis, além de poluir o visual de Lagoa Vermelha que, a cada dia que passa está mais aprazível. Conclamo as Secretarias Municipais de Saúde, Indústria e Comércio, Meio Ambiente a repensarem o assunto. Conceder alvará de localização e funcionamento para esse tipo de atividade é complicado. A fiscalização ambiental é bastante ativa quanto ao controle do mosquito transmissor da dengue e deve ter lá muitas armadilhas, pois, o local deve ser farto em água parada.

Ministério apoiará iniciativas para expansão do milho no Brasil

Governo estudará a possibilidade de firmar contratos de longo prazo para garantir renda aos produtores. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apoiará a expansão da cadeia produtiva do milho no Brasil nos próximos anos. O potencial de crescimento da cultura e os problemas que impedem o aumento da produção foram apresentados por integrantes da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) ao secretário-executivo, José Carlos Vaz, e ao secretário de Política Agrícola Caio Rocha durante uma reunião nessa terça-feira, 7 de agosto, em Brasília. “O milho é uma cultura que tem uma volatilidade maior do que a soja e que acaba sofrendo mais com problemas como a estiagem, mudança cambial e taxas de juros, entre outros fatores. Acho que o governo pode auxiliar o setor privado por meio de contratos de longo prazo e encontrar formas de premiar o produtor que apostar na cultura”, analisa Vaz.

Baseados num estudo que integra o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Milho no Brasil – que fará um levantamento da situação atual das lavouras em 563 microrregiões do país –, os integrantes da Abramilho planejam definir ações para recuperar o “atraso” da cultura em relação à soja e estimular o plantio do cereal tendo como modelo o que ocorre nos Estados Unidos, que colhe quatro toneladas do cereal para cada tonelada da oleaginosa. Além do Mapa, a iniciativa também envolverá a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “O governo sabe da importância que o milho tem para o desenvolvimento agrícola do Brasil. Pretendemos tomar as decisões junto com a cadeia produtiva para ampliar o cultivo em áreas que hoje são importadoras e reduzir os custos do transporte para estados de menor produção”, afirma Rocha.

Segundo o presidente-executivo da Abramilho e ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, os principais gargalos que comprometem a cadeia são o crédito de comercialização insuficiente, falta de um seguro para o setor privado e de preço de garantia. O restante, na opinião dele, é “logística”.

“Temos que verificar a posição que o Brasil já detém e o que é necessário para que o país se torne um grande player no mercado internacional”. Há 10 anos o milho vem se firmando como uma lavoura competitiva. “O clima tropical nos permite produzir durante 12 meses e estamos próximos de conseguir uma terceira safra”, destaca Paolinelli. Fonte: Mapa

Em cinco anos, tudo pode ocorrer

Para enfrentar o julgamento do mensalão, a CPI do Direito Constitucional de manter o silencio, quero dizer, do Cachoeira, que até “musa” tem, separamos uma fábula, muito ilustrativa:

Um poderoso sultão, sábio entre os sábios, possuía um camelo muito inteligente. Obedecia a todas as ordens que nem precisavam ser emitidas de viva voz. Faltava-lhe apenas o dom da palavra. Esse detalhe entristecia sobremaneira o sultão. Um dia, decidiu convocar o Grande Conselho e chamou o grão-vizir.

- Quero que ensine meu camelo a falar!

- Mas isso é impossível.

- Cortem-lhe a cabeça! Tragam-me o adjunto!

Mesma afirmação de desejo sultanesco, mesma resposta, mesma sentença. A cena repetiu-se diversas vezes e cabeças rolaram. Exasperado o sultão declarou.

- Aquele que ensinar meu camelo a falar será meu grão-vizir.

Silêncio! O sultão repetiu a exortação. Eis que surgiu um humilde ajudante de cozinheiro. Disse:

-Dá-me, ó incomparável senhor, um prazo de cinco anos, e farei falar teu camelo.

Estupefação geral. Seguida do cumprimento da promessa.

-Doravante, és meu grão-vizir! Mas se falhares sabe o que te espera!

- Bem sei!

Encantado, o jovem fez profunda reverência e saiu correndo para dar a boa notícia à esposa.

- Infeliz, acabas de assinar tua condenação.

- Não é bem assim, meu bem. Pedi cinco anos. Você sabe que muitas coisas poderão acontecer em cinco anos: morre o camelo, morre o sultão... (Por isso sete anos para julgar o mesalão...)

Para reflexão

"A felicidade não entra em portas trancadas." Chico Xavier.