quinta-feira, 24 de março de 2011

FOLHA DO NORDESTE ed. 25.03.2011

LEODÁRIO SCHUSTER
leodario.schuster@terra.com.br
Em certos momentos é impossível deixar de lembrar o passado, naturalmente que não podemos viver do passado, mas ele foi nossa história, por isso sua importância. Algumas cidades estão vivendo seu inferno astral, com as denúncias que a imprensa fez sobre os controladores de velocidade. E, vamos fazer essa retrospectiva com uma única finalidade, o homem não muda! Mas porque isso? Em qualquer reunião de pessoas não deixaram de ser assunto “os editais de concorrência, as multas por desrespeito às leis de trânsito”, enfim tudo o que diz respeito às denúncias efetuadas pelo quarto poder. Fui professor por muitos anos e, sempre dizia aos estudantes daquela época quando um fato semelhante era noticiado, - “calma crianças, estamos iniciando um novo ciclo político, dentro de uns vinte anos isso não acontecerá mais”! Ledo engano, ainda hoje os professores escutam de seus alunos –“não adianta professora isso nunca vai mudar”. Conclusão: como conseguir explicar para a juventude que o certo é ser correto se a cada instante estão sendo noticiadas bandalheiras de norte a sul, dos escalões mais altos aos mais baixos. Enquanto os adultos não deixarem de ser gananciosos e hipócritas não conseguiremos incutir na mentalidade dos jovens que ser honesto ainda é uma virtude e não um defeito.
Coleta seletiva de lixo
Havia prometido a mim mesmo nunca mais tocar no assunto do lixo, mas instigado em determinada reunião no último final de semana, vejo-me na obrigação de transcrever o relato de uma senhora –“eu vou continuar separando o lixo, mas não sei se vale a pena.Tenho o cuidado de separar latas, vidros, plásticos e orgânicos, colocar nos dias certos de coleta conforme o folheto distribuído.Para chegar o caminhão de coleta e jogar tudo misturado lá dentro”. Segundo ela, o caminhão que faz a coleta de lixo reciclado não passa com assiduidade, chega a demorar mais de dois meses. A palavra está com a empresa responsável, se existe um cronograma de coleta vamos respeitá-lo, sinto que a população está interessadíssima em manter a coleta seletiva, não vamos desanimá-la.
Posto da Junta Comercial
Diversos movimentos foram feitos para que a Junta Comercial do Estado abrisse um posto em nossa cidade, poupando as cansativas e perigosas viagens dos profissionais do ramo à Sananduva. Quando éramos Presidente da CICAS colocamos a disposição do Executivo a estrutura da entidade para tal fim. A administração que me sucedeu fez uma grande investida, até parecia que a coisa estaria sendo resolvida e finalmente teríamos aqui um posto da JC,mas nada mais se fala.
Brasil pode economizar até US$ 80 bilhões com a biotecnologia
A adoção da biotecnologia nas lavouras brasileiras de soja, milho e algodão nos próximos dez anos pode gerar uma economia de US$ 80 bilhões, estimou o estudo apresentado pela Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) e pela empresa de consultoria Céleres Ambiental. Além disso, os ganhos em produtividade por hectare podem evitar novas ampliações de área de até 27%, como é o caso do milho, que sem o uso dos transgênicos precisaria semear 189,3 milhões de hectares no acumulado nos próximos 10 anos para atender a demanda. Com o uso da biotecnologia essa necessidade cairá para 149,2 milhões de hectares com a mesma produção.
Nos últimos dez anos o estudo mostrou que o País economizou com o uso dos transgênicos US$ 5,9 bilhões, representada pela economia de 16,2 bilhões de litros de água, além de 134,6 milhões de litros de combustível. No período analisado, a redução de emissão de CO2 foi de 357 mil toneladas. Neste novo levantamento, até 2020, a estimativa leva em consideração a redução do uso de água em 133,95 bilhões de litros, a economia de 1,1 bilhão de litros de combustível e 127 mil toneladas de ativos de defensivos. A redução na emissão de CO2 pode chegar a 2,9 milhões de toneladas. "A preocupação com o aumento na demanda por alimentos e a preservação do meio ambiente é do mundo inteiro. Com a previsão das novas tecnologias liberadas, maior adoção da tecnologia por parte dos produtores e o aprimoramento das tecnologias atuais, o benefício total nos próximos dez anos poderá ser de US$ 80,3 bilhões", disse Anderson Galvão, agrônomo da Céleres.
Conforme Galvão a situação dos estoques mundiais destes três produtos requer uma atenção especial. Entre eles a soja é a única em uma situação pouco menos preocupante, pois o estoque do ano agrícola 2009/2010 foi praticamente 40% da média dos estoques dos últimos 10 anos. "O algodão estava com 12% do estoque médio. Já com o milho a situação é no mínimo alarmante, porque os níveis globais de milho hoje são muito baixos. Se os EUA tiverem um problema em sua safra, o mundo corre grande risco de escassez desse produto. Eles que são os maiores produtores de milho do mundo terminaram o ano com estoque para 18 dias de consumo", frisou.
O Brasil é o segundo país na produção de transgênicos, com destaque para o milho que nesta safra semeou mais de 57% da sua área com transgênicos. "O milho chama a atenção, pois em menos de três anos da introdução dessa tecnologia para o grão no País, nessa safra 2010/2011, os produtores plantaram 57% da área com transgênicos. A soja levou quase 10 anos para atingir esse patamar. E essa rápida adoção é consequência do fato que o produtor após o lançamento de uma nova tecnologia, a testa por algum tempo", garantiu Galvão.
Nos próximos dez anos, caso o produtor adote os transgênicos, as áreas semeadas com o milho devem ultrapassar a casa dos 149,2 milhões de hectares no acumulado até 2020. Caso os produtores do País não adotem a biotecnologia, o acumulado deve saltar para 189,2 milhões de hectares. Para o caso da soja, considerando o período de 2010/2011 a 2019/2020, 273,0 milhões de hectares deverão ser semeados com a soja nesse período. Entretanto, a não adoção da soja transgênica levaria a uma necessidade de 280,4 milhões de hectares a mais, no acumulado do período. O algodão com previsão de adoção da biotecnologia na cultura nos próximos dez anos, 19,1 milhões de hectares deverão ser semeados. "Em um cenário da não adoção da biotecnologia no Brasil, também para os próximos dez anos, tem-se que o esforço de área adicional a ser cultivada chega a 49,5 milhões de hectares", finalizou. Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria. Pobre País penou tantos anos, quantas foram às lavouras queimadas como Joana D’Arc em nome de uma ideologia medíocre.
Para reflexão
Espero que o estudo de “mobilidade urbana” contemple o espaço para desembarque e embarque de pessoas com necessidades especiais.