quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

YouTube - Canal de climatempo

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FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
leodário.schuster@terra.com.br

Um tema que tem despertado a atenção, no momento, refere-se ao direito de viver e ao direito de morrer. Cada vez que um ser humano, em estado terminal, mantido vivo somente através de aparelhos inventados pelo homem para, momentaneamente dar uma sobrevida, até ser encontrado um meio de fazê-lo retornar ao convívio dos demais, com alguma qualidade de vida, está para ter tais equipamentos desligados, tem início uma infinidade de sugestões, palpites e opiniões. Enfim, não existe uma lógica para definir o momento em que o corpo humano não mais voltará do estado vegetativo. Não entendo nada de medicina, mas alguma coisa de direito e de agronegócios, entretanto como até o presidente Luizinho às vezes ataca de economista e outras de psicólogo, tomei a liberdade de fazer uma pesquisa histórica sobre o assunto, com a finalidade de entender melhor a ética necessária de não tentar vencer o invencível: a morte. O “direito de matar” ou o “direito de morrer” sempre teve em todas as épocas seus mais extremados defensores. Na Índia de antigamente, os incuráveis eram jogados no Ganges, depois de se lhes vedar a boca e as narinas com a lama sagrada. Os espartanos, segundo Plutarco historiador grego, no livro Vidas Paralelas, conta que do alto do monte Taijeto, lançavam os recém-nascidos deformados e até os anciãos, pois “só viam em seus filhos futuros guerreiros, que para cumprirem tais condições deveriam apresentar a máxima robustez e força”. Os Brâmanes eliminavam os velhos enfermos e os recém-nascidos defeituosos por considerá-los imprestáveis aos interesses do grupo. Em Atenas, o Senado tinha o poder absoluto de decidir sobre a eliminação dos velhos e incuráveis, dando-lhes o conium maculatum – bebida venenosa, em cerimônias especiais. Na Idade Média, oferecia-se aos guerreiros feridos um punhal muito afiado, conhecido por “misericórdia”, que lhes servia para evitar o sofrimento e a desonra. O polegar para baixo dos césares era uma indulgente autorização à morte, permitindo aos gladiadores feridos evitarem a agonia e o ultraje. Há até quem afirme que o gesto dos guardas judeus de darem a Jesus uma esponja embebida em vinagre, antes de constituir ato de zombaria e crueldade, teria sido uma maneira piedosa de amenizar seu sofrimento, pois o que lhe ofereceram segundo consta, fora simplesmente o vinho da morte, numa atitude de extrema compaixão. Segundo Pedanius Dioscorides,
(médico e cirurgião militar grego ) esta substância “produzia um sono profundo e prolongado, durante o qual o crucificado não sentia nem os mais cruentos castigos, e por fim caía em letargo, passando à morte insensivelmente”. (sic) A italiana Eluana Englaro, que estava no centro de uma polêmica no país sobre a eutanásia, morreu nesta segunda-feira na clínica Le Quiete, na cidade de Udine. A morte da mulher de 38 anos, em coma desde 1992, pegou os italianos de surpresa. A alimentação e a hidratação tinham sido suspensas no sábado passado, mas os médicos acreditavam que o processo deveria tornar-se irreversível apenas depois de uma semana. No entanto, certamente se o indivíduo está vivo deve ser tratado. Se morreu não há porque mantê-lo artificialmente ligado a aparelhos. Não há meia vida nem meia morte.
Clima extremamente adverso ao agronegócio poderá aumentar a marola
No relatório de terça-feira o USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos cortou as projeções de safra do Brasil e da Argentina. O destaque ficou por conta da demanda mundial de fevereiro, com os cortes nas estimativas para a soja na temporada 2008/09. A confirmação de que haverá uma substancial quebra nas estimativas de produção do Brasil e da Argentina, reflexo da estiagem que atingiu os dois países neste início de ano. O USDA indicou safra mundial de 224,15 milhões de toneladas, contra 233,20 milhões do relatório de janeiro. Os estoques de passagem foram reduzidos de 53,94 milhões para 49,87 milhões de toneladas. Para os Estados Unidos, a projeção permaneceu em 80,54 milhões. A estimativa para a safra do Brasil recuou de 59 milhões para 57 milhões de toneladas. A projeção para a Argentina foi cortada de 49,5 milhões de toneladas para 43,8 milhões. Principais consumidores mundiais, os chineses deverão produzir 16,8 milhões e importar 36 milhões de toneladas. Os 27 países que compõem a União Européia deverão importar 13,55 milhões de toneladas. As importações do Japão seguem em 4 milhões de toneladas. Segundo avaliação do USDA, o corte de 9,1 milhões de toneladas na estimativa de produção mundial está diretamente ligado às reduções na América do Sul, onde as regiões produtoras foram duramente castigadas pela falta de chuvas durante importantes estágios de desenvolvimento da planta. A produção do Paraguai também foi cortada em 1,6 milhões de toneladas, passando para 4 milhões de toneladas.
Presidentes e planos econômicos
As últimas notícias dão conta de que o número de pessoas que perderam e das que perderão seus empregos é algo inimaginável. O Senado Americano aprovou no início da semana o plano de estímulo à economia dos Estados Unidos, O presidente Luiz Inácio chama os prefeitos para dar fôlego às prefeituras repactuando seus débitos junto à previdência social em vinte anos. Dando condições de participarem ativamente do PAC, principalmente na construção civil. A crise que enfrentamos iniciou nos Estados Unidos com a construção civil, o grande estímulo para geração de empregos tanto lá como aqui está concentrado neste setor econômico. Penso que todos aguardam ansiosos as novidades trazidas pelo prefeito Ceriolli depois do encontro com o presidente, que pediu ousadia a ministros para combater a crise.
Mudanças climáticas
Secas extremas, inundações, furacões, nevascas, incêndios... Pessoas que perderam suas casas, suas plantações, seus animais, sua fé. Essa é a realidade enfrentada pelo homem nos mais diversos países. A Austrália tem partes de seu território em chamas, outras partes inundadas, a América do sul tem enfrentado as maiores inundações e as maiores estiagens. Brasileiros em diversas regiões do País terão que reiniciar a vida. A Argentina tem a pior estiagem registrada em sua história. O frio nos países nórticos é assustador. Qual a causa de tanta mudança no clima? Estudiosos asseguram que tanto o frio quanto o calor será mais intenso, os últimos registros mostram tal realidade. Certamente o aquecimento global, as derrubadas de florestas no mundo todo sejam a causa e o homem a conseqüência.
Para reflexão
"Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de corrigi-los." Machado de Assis.