LEODÁRIO
SCHUSTER
Uma no cravo outra na ferradura
Sabem o que é o cravo? Nem mais nem menos que
o prego que prega a ferradura na pata do burro ou do cavalo. Para que a ferradura
fique bem pregada é necessário que o ferrador acerte sempre no cravo e não na
ferradura. O ferrador (pode ser um ferreiro especializado ou um prático gaúcho)
É um provérbio português, já foi muito usado, hoje um pouco abandonado, mas
serve para o momento. Diz-se então que quem não sabe do que fala, ou do que
faz, dá uma no cravo outra na ferradura, ou seja, acerta pouco. Assim está o
governo e em especial a Presidente da República, dando uma no cravo e diversas
na ferradura. Seus últimos pronunciamentos identificam uma pessoa que “está
viajando em outro mundo”, fazendo comparações sofríveis e de extremo mau gosto.
Já tivemos presidente que “preferia o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo”, que
expressou o desgosto com os aposentados chamando-os de “vagabundos”. Mas foi
num passado distante e que queremos esquecer. Portanto “nem que a vaca tussa” não
pode ser a âncora de uma grande mentira, ou melhor, de várias mentiras, engodos
e cinismos institucionalizados.
Mas, enfim estamos partindo novamente para um
processo duro e penoso de convencimento de que o país precisa mudar. – Isso
aconteceu “recentemente” (sic) com a - Marcha da Família com Deus pela Liberdade, foi
o nome dado para uma série de manifestações públicas que aconteceu entre 19 de
março e 08 de junho de 1964, dando resposta a uma suposta ameaça comunista que
representou o discurso realizado em um comício pelo então presidente da
República João Goulart em 13 de março daquele ano. – incrível as coincidências
de datas. – Movimento das Diretas Já foi um movimento político democrático com
grande participação popular que ocorreu no ano de 1984. Movimento favorável à
emenda do deputado Dante de Oliveira para o restabelecimento das eleições
diretas para a presidência da república. - Os
caras-pintadas nome pelo qual ficou conhecido o movimento provocado pelos
estudantes brasileiros e realizado no decorrer o ano de 1992 com o objetivo
principal de articular o impeachment do presidente da república Fernando Collor
de Melo, baseado nas denúncias de corrupção e de medidas impopulares, teve esse
nome como marca registrada pelos jovens se apresentarem com o rosto pintado com
as cores da bandeira do Brasil em suas manifestações.
Tudo isso aconteceu quando grande parte do
atual eleitorado brasileiro sequer havia nascido e que, a história recente não
gosta de mostrar. Por isso a natural dificuldade da atual Presidente em
entender o processo contraditório às suas ideias. Ela é fruto de um tempo
“escuro e duvidoso” em que determinados grupos de pessoas alimentadas por
ideias Marxistas buscavam a tomada do poder. Então, na história tudo se repete,
aqui e acolá e se “alguém ou alguns” gritam aos quatro ventos que lutaram pela
democracia é mais uma mentira que como um mantra, cantado diversas vezes, quer
“enfiar” na cabeça do povo exatamente o contrário do que pensavam. O Marxismo, Leninismo,
Lrotskismo, Stalinismo ou o Comunismo Chinês jamais se coaduna com Democracia.
Babel
O povo foi
para as ruas também em junho e julho de 2013 e, como agora pediu uma coisa e
veio outra. A capacidade que os atuais governantes têm de confundir a decodificação
dos pedidos é incrível. O que o povo está pedindo agora? Fora Dilma! Deve ser entendido
como fora esse modo de governar,
prometer uma coisa para se eleger e entregar o contrário, pintar o mundo de cor
de rosa e entregá-lo preto e fedorento. Constitucionalmente e democraticamente
não existe outra saída a não ser um ajuste de rumos, suavizar nas medidas
corretivas, o tesouro absorver os principais reajustes que são de combustíveis
e energia elétrica de forma a não impactar tão violentamente na economia e, com
isso frear a inflação que, se continuar assim, ultrapassarão os dois dígitos no
segundo semestre. A presidente passou a falar em humildade como mágica, que
tenha humildade de reconhecer seus erros enquanto ainda é tempo.
Enquanto não houver uma
decodificação correta do grito das ruas, elas tendem a permanecer cheias de
protestos. Ouvir as vozes das ruas é diferente de ouvir vozes do além. Isso é
tarefa para o presidente da Venezuela, Maduro ouve muito o Chaves. Falar em
humildade e dialogo é pouco e contraditório aos pedidos. Está na hora de mudar
o compasso “uma no cravo e outra na ferradura”, pois, já não serve para os
momentos em que vivemos. Acabar com a torre de Babel é o grande motivo das
manifestações. Se o povo pede pão, quer pão e não circo. No entanto, pela
celeridade com que as coisas têm acontecido, novamente será lançada uma cortina
de fumaça e as medidas serão inoperantes.
Primeiros estudos de perdas no pós-colheita iniciam este mês
A Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) reúne-se, nos dias 17 a 19 de março, com os
coordenadores dos três projetos contratados pelo CNPq para o Estudo das Perdas
Quantitativas e Qualitativas na Pós-colheita e no Transporte de Grãos, em
Brasília-DF. A reunião marca o início do estudo, que determinará os aspectos
relacionados às perdas durante o transporte e na armazenagem de grãos de arroz
e trigo, estocados em armazéns localizados nas principais regiões produtoras
brasileiras: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Tocantins.
Para a
execução das atividades, a Conab vai investir um total de R$ 4 milhões, durante
o tempo de vigência do Termo de Cooperação, que é de 5 anos, podendo ser
prorrogado por mais 12 meses. Nesse encontro, os pesquisadores irão apresentar
os projetos de pesquisa e discutir com representantes da Conab a metodologia
que será implantada em atendimento às necessidades e expectativas da Companhia.
Histórico - A
Conab e o CNPq assinaram o Termo de Execução Descentralizada, no dia
08/09/2014, para selecionar e contratar os projetos de desenvolvimento
científico, tecnológico e inovação, voltados para a análise das perdas
agrícolas. "Esse estudo é uma demanda antiga do agronegócio brasileiro e
de outros países produtores", explica o superintendente de Armazenagem da
Conab, Rafael Bueno. "Quando concluídos, os trabalhos vão produzir informações
fundamentais para a tomada de decisão e implementação de políticas para
minimizar essas perdas", avalia. Fonte Conab
Para reflexão
Quando os
ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem
moinhos de vento. Erico Veríssimo
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