sexta-feira, 19 de março de 2010

FOLHA DO NORDESTE

LEODÁRIO SCHUSTER
12.03.2010
leodario.schuster@terra.com.br
O presidente Luizinho realmente está deixando alguns brasileiros à beira da loucura. Desde que assumiu o governo triplicou o número de viagens ao exterior, isso que chamava seu antecessor de viajante. Aumentou o número de funcionários do planalto de tal forma que nem eles mesmos sabem quantos são, fato é que inúmeros recebem e não comparecem ao trabalho. O rancho do planalto é para terminar com a fome zero no mínimo por uma década, assim como a rouparia que seguramente sobreviverá até meados do século. Perdoou dívidas de países com quem não temos muita afinidade comercial, comprou o abominável avião presidencial tão combatido por ele quando era plebeu, entregou refinarias no grito, não viu nada e não sabe de nada quando seus companheiros esquecem a ética, fez alianças espúrias com um governante maluco que torrou as finanças da Venezuela. Aceitou albergar ma Embaixada brasileira um presidente deposto, lança como sua sucessora uma pessoa com um passado um tanto nebuloso e com comportamento temerário. Antes antipática e mandona agora sorridente e com habilidade para bailar com o Gari Gilson Lopes na passagem da Escola Imperatriz Leopoldinense que ao ver a ministra ofereceu sua vassoura e dançaram... dançaram... Agora, nos últimos suspiros do poder anuncia que o Brasil fará grandes investimentos em Cuba, México, Haiti e El Salvador. No México os investimentos serão em petroquímica. Hotéis e estradas em Cuba. Uma hidrelétrica no Haiti e possíveis negócios com El Salvador. O que espanta é o programa de idealizado para Cuba; "um acordo importante de investimento para recuperar o porto de Mariel". Além disso, o presidente disse ter “interesse em fazer novos investimentos e de contribuir para recuperar a rede hoteleira e as estradas de Cuba". De todo o plano presidencial anunciado na segunda-feira, no programa Café com o Presidente, o que tem mais probabilidade de ser sério é o de construir um grande projeto petroquímico entre a Braskem e uma empresa mexicana. E aqui no Brasil presidente, como ficam as nossas mazelas? A péssima condição das rodovias nacionais, a má utilização do potencial ferroviário e o baixo investimento federal na modernização dos portos brasileiros são entraves preocupantes para todo o país. A conclusão da BR 470 será depois das estradas Cubanas?
Preconceito contra o agronegócio - Artigo: Cesário Ramalho da Silva
Existem atos governamentais de extrema importância, que devem ser levados ao conhecimento dos cidadãos brasileiros, como o assunto é de grande complexidade, transcrevo na íntegra o Artigo escrito por Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e diretor do Departamento de Agronegócio da Fiesp.
-Setores atrasados do governo querem emplacar ideais pseudo-socialistas que já foram desacreditados no século passado.
O PROGRAMA Nacional de Direitos Humanos proposto pelo governo federal deveria preservar a sigla PNDH, mas trocar a descrição. Pelo seu conteúdo autoritário, anacrônico e ideológico, deveria chamar-se Programa Nacional de Discriminação Humana.
O documento, que já sofreu uma saraivada de críticas de parcelas distintas da sociedade, ameaça o direito de propriedade, a legitimidade de instituições, a liberdade de imprensa e o pluralismo religioso, só para destacar alguns pontos. É um risco à democracia.
Mesmo sendo apenas um conjunto paradoxal de propostas, sem valor legal e chance de vingar no Congresso, o programa mostra que idéias originais (revolucionárias, por sinal) de segmentos radicais do partido do governo não estavam sepultadas. O item relativo ao direito de propriedade é tão absurdo que nos faz imaginar das duas uma: ou o seu idealizador é imune a constrangimentos, por acreditar que uma idéia ridícula dessas encontraria abrigo na sociedade, ou é presunçoso ao extremo ao entender que conseguirá convencer o país a caminhar pela estrada da insensatez. Sábio, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, tachou o PNDH de preconceituoso.
Ao defender audiências públicas como primeira instância para ocorrências de invasão de propriedades, sejam rurais, sejam urbanas, o PNDH instantaneamente divide a posse do imóvel entre proprietário e invasor. Enterra o Judiciário como genuíno agente de decisão da questão e consequentemente ignoram a lei vigente. Dá as costas para a Constituição Federal. Sem poder contar imediatamente com o recurso do pedido de reintegração de posse ao Judiciário, o proprietário seria obrigado a ter que sentar à mesa com quem invadiu seu imóvel para negociar o que já é seu. Uma incoerência, que não passa de mais uma tentativa ideológica de aniquilação do frágil direito de propriedade. A concretização dessa situação irracional aumentaria a insegurança jurídica, podendo retrair investimentos nacionais e, sobretudo internacionais.
O documento ventila ainda a adoção de novas tecnologias, como biotecnologia e nanotecnologia, e a aprovação de licenciamentos ambientais ao crivo de comissões sindicais, ONGs e movimentos políticos disfarçados de sociais, entre outros, que não têm qualquer conhecimento para esse tipo de decisão. O PNDH vai de encontro à ação do próprio presidente Lula, que defende a condução dos trabalhos da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), com base no conhecimento técnico-científico.
Para a Sociedade Rural Brasileira, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, mentor do ataque institucional ao agronegócio presente no PNDH, quer debelar o setor que mais vem contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Eficiente, o agro brasileiro gera emprego e renda, produz comida segura e barata, exporta alimentos, fibras e energia para mais de uma centena de países, garantindo bilhões de dólares em reservas cambiais à nação. -Um colchão de recursos, aliás, que deu forças para o Brasil atravessar a recente crise mundial. Mesmo assim, o ministro Cassel insiste no dogma que tudo que vem da agricultura comercial é negativo e que somente a agricultura familiar merece elogios. A SRB discorda totalmente disso na sua história de 90 anos. O agro é um só. O produto rural brasileiro é um só, seja do pequeno, seja do médio, seja do grande produtor. Todos formam e têm seu papel, segundo suas características regionais e perfil de produção. Pensar de forma diferente é negar o direito de o pequeno almejar crescer e tornar-se grande, como constantemente ressalta o presidente Lula.
Ao apoiar a criação de entraves para a reintegração de posse, o ministro Cassel estimula a violência. Mais do que destruir o agro e o processo contínuo de transferência de benefícios socioeconômicos do setor para a sociedade, segmentos atrasados do governo querem emplacar na agenda pública ideais e vontades pseudo-socialistas que já foram desacreditados no século passado.
Crer que um Estado "todo poderoso" é sinônimo de melhores dias é regredir na história. O capitalismo não é perfeito, vide a recente crise financeira. Todavia, até o momento, é o modelo que melhor possibilita a busca pela independência socioeconômica a qualquer pessoa.
O que cabe questionar agora é se esse tipo de pensamento contaminaria as políticas públicas de uma eventual continuidade dessa administração. Queremos ser a Venezuela ou o Chile? Chegará à hora de escolher. Eu, na minha simplicidade confesso prefiro ser Brasil, porém com políticos éticos comprometidos com os bons costumes e o progresso dos brasileiros.
Para reflexão
"A vida se tornaria insuportável, se não nos proporcionasse mudanças." Joseph Murphy

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