quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ZERO HORA - LEODÁRIO - DAVID COIMBRA - SENADOR FLÁVIO ARNS

Boa tarde,
Guardei este excepcional artigo do David Coimbra para esse momento.
Hoje arquivaram todas as denúncias de falcatruas praticadas pelo Presidente do Senado Sr. José Sarney. A história com o tempo nos cobrará o resultado do acontecimento. Nenhum homem é tão bobo a ponto de aguentar os desmandos que estão acontecendo no país com a única finalidade de se perpetuar no poder. É oportuno tambem, deixar registrado o discurso dO senador petista Flávio Arns SEM ANTES FAZER REFERÊNCIA AS PALAVRAS DO PRESIDENTE LUIZINHO, MENOSPREZANDO A ATITUDE DO SENADOR EM UM PRONUNCIAMENTO NA TC. "MAIS OU MENOS ELE DISSE ASSIM: O senador Arns não tem muita importância, é um senador de primeiro mandato e sua decisão não infuirá em nada" Isso que dizer: é um senadorzinho inexpressivo tanto faz com ele como sem ele.
Senador petista Flávio Arns diz que PT rasgou “as bandeiras da ética e da justiça”

O senador Flávio Arns (PT-PR) anunciou no final da tarde desta quarta-feira que pedirá à Justiça Eleitoral para sair do PT. O senador vai esperar que a justiça decida se o mandato pertence a ele ou ao partido.

“Quero que a justiça diga que o PT foi infiel ao ideário do partido”, disse ele. O senador disse que ficou envergonhado com a decisão da bancada petista em votar pelo arquivamento das ações que foram movidas contra o presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP). “Fiquei envergonhado com o que aconteceu. Estamos dando as costas para a sociedade brasileira. Hoje as bandeiras da ética e da justiça foram rasgadas”, disse ele. Arns avaliou que o PT decidiu apoiar José Sarney na presidência do Senado unicamente porque está interessado no apoio do PMDB à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, nas eleições para sucessão do presidente Lula. “Aspectos eleitorais estão se sobrepondo a assuntos como democracia, ética e respeito à sociedade. A ordem dos valores está invertida”, disse ele. Arns é ligado à Igreja Católica e sua retórica é só para ficar bonito com o eleitorado. Os padres da Teologia da Libertação farão ele permanecer no PT. É a aposta de Videversus.

31 de julho de 2009 | N° 16048AlertaVoltar para a edição de hoje

DAVID COIMBRA
Saturação
Não aguento mais esses caras. Todos eles. Precisávamos fazer alguma coisa. Nós precisávamos. Nós, que digo, somos nós contribuintes, eleitores, trabalhadores. Nós “povo”. Para começar, vamos extinguir o Senado. Podemos fazer isso.

Direi como.

Antes, faz-se necessário sublinhar que o Senado não é o único culpado pela minha saturação, que, suponho, seja a nossa saturação. A culpa cai sobre o Legislativo inteiro, do vereador verdureiro de um povoado do Tocantins ao nababo que se elegeu deputado federal por São Paulo a golpes de euros. Os parlamentares, enfim, eles com suas barganhas espúrias, com suas viagens de turismo patrocinadas pelas burras do Estado. Com sua demagogia.

Mas não só os parlamentares. O Executivo também. Sobretudo o governo federal, que intumesce os quadros do funcionalismo para se eternizar no poder, que tolera e acalenta corruptos, que faz caridade com o dinheiro dos impostos. E também o governo estadual, com suas escolas de lata. E o municipal, com sua letargia crônica.

O Judiciário, ainda que seja menos devassável, não é menos reprovável, com seus palácios de mármore e seu nepotismo figadal.

Executivo, Legislativo, Judiciário. Se nenhuma peça funciona como devia, o defeito está no sistema. Nosso estilo de democracia não funcionou, temos que admitir. Esse modelo, baseado no norte-americano, teria de ser trocado. Mantendo-se a democracia, claro, mas de outro tipo. Um rodízio de governantes, como na Suíça. Parlamentares não remunerados talvez não fosse boa ideia... Sei lá. Sei que é preciso mudar.

Mas não vai mudar, se não fizermos nada. Por isso, a extinção do Senado. Vamos tomá-lo como um símbolo. Vamos fechá-lo para sempre e adotar o unicameralismo, que existe em tantas nações.

Como fazer? Assim: não vote para senador nas próximas eleições. Peça a seus familiares, a seus amigos, a seus colegas, peça a quem você encontrar na rua que não vote para senador. Espalhe essa mensagem pela internet, cole adesivos nos vidros do seu carro, grite que você se recusa a votar para senador. Em qualquer senador.

Os senadores dignos, que há senadores dignos, como há homens dignos em todos os três poderes putrefatos, pois esses senadores dignos deveriam tomar a peito a campanha. Deveriam renunciar. Um Cristovam Buarque, um Eduardo Suplicy, eles deveriam subir à tribuna e, num gesto grandioso, desistir do mandato em nome do povo brasileiro. Os nossos senadores, Simon, Paim e Zambiasi, homens sérios, tinham de fazer o mesmo. Que as cadeiras do Rio Grande do Sul fiquem vazias no Senado. Que nenhum gaúcho, nenhum brasileiro vote para senador nas próximas eleições. Para gritar a nossa indignação, vamos fechar aquele lugar. Vamos acabar com os senadores. Ou, pelo menos, cobri-los de vergonha.

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